(Rita)
Mãe-Concordo
plenamente.Assim após a cerimonia podem tirar as fotos no jardim….irão ficar
fantásticas.
Anabela-Mas
como é óbvio temos de ter um fotografo à altura,pois as fotos de casamento são
sem dúvida algo para a vida.
Mãe-Verdade.-sorriu.-Agora
não sei se fica melhor na Rita branco ou pér…filha.-reparou que estava ali a
ouvi-las já à algum tempo.-Ainda bem que estás aqui,eu e a Anabela estávamos
aqui a falar só.
Rita-Eu
ouvi.-interrompi-as,ainda meia pasmada perante tal situação.-Eu ouvi o que
estavam a falar.
Mãe-Ainda
bem.-sorriu.-E então que vais querer branco ou pérola?-eu nem sabia que lhe
responder.
Rita-Eu..eu
já venho.-afastei-me já que ali não sabia que falar.Chamei pelo o Rúben.Ele
acompanhou-me até à sala.-Rúben..não sei se já reparaste mas as nossas mães
estão ali a conversar à horas.-apontei pelo o grande vidro para as cadeiras onde estavam sentadas.
Rúben-É
verdade.-teve a mesma reacção que eu quando as
vi pelo primeira vez a porem conversa.-Ainda
bem…era só isto amor?
Rita-Só
isto?!Pode não parecer mas aquilo é um problema dos grandes!
Rúben-Hãn?
Rita-A tua
mãe e a minha mãe estão para ali a falar à horas sobre o nosso casamento.
Rúben-O
nosso casamento?
Rita-Sim,a
escolher flores,lugares,vestidos e sabe Deus lá mais o quê.Eu até fiquei sem
saber que lhes dizer.
Rúben-Eles
podem falar o que quiserem que no fim de contas é algo que nós é que decidimos.
Rita-Dizes
isto porque ainda não ouviste..também da tua mãe.-ele olhou-me com uma
cara.-Pronto desculpa!Eu estou a tentar dar me melhor com ela só que ela sempre
te falou de isto.
Rúben-Como
a tua mãe.
Rita-Agora
a culpa é da minha mãe?!-interrompi-o.
Rúben-Não,não
foi isto que quis dizer.O que quis dizer foi que elas são muito parecidas…e
isto de andarem a falar de casamentos é por que querem as duas a mesma coisa.
Rita-Acho
que vou ter de por um ponto final nisto.-olhei para elas e vias todas felizes
da vida a falarem.
Rúben-Não.-olhei-o.-Deixa
elas falarem…assim a minha mãe está ocupada e já não nos chateia com aquelas
conversas nem a tua mãe com coisas do casamento.-sorriu.
Rita-Eu só
espero que isto corra bem.
Rúben-Elas
não nos vão obrigar a nada,por isto no máximo só podem por conversa.
Ele parecia
estar bastante convencido de que elas duas estarem tão “amiguinhas” não ia ser
problema nenhum para nós.E aquela confiança toda acabou por também me
“contagiar” e despreocupou-me um pouco acabando por desfrutar do churrasco.
(Rúben)
Ao sair da
sala em direcção ao jardim a Carolina “saltou” para o meu colo.Pediu para
ir buscar sumo.Ao aproximar-me da mesa vi que quem também lá estava era o pai
da Rita.Se não estivesse com a miúda ao colo tinha dado meia volta e voltava
mais tarde mas lá tive de ir.
Alberto-Então
Rúben,como tem estado?
Rúben-Bem.-coloquei
a Carolina ao meu lado.-E consigo?-perguntei aquilo mais por “obrigação” do que
por outra coisa.
Alberto-Muito
bem.Está a habituar-se a viver cá em casa?-olhei-o,já que aquele assunto nem
devia ser falado aqui,mas se havia coisa que o pai da Rita adorava fazer era tentar trocar-me as voltas.
Rúben-Sim,já
estava mais do que habituado à Rita e aos miúdos.
Alberto-Pois
mas agora é diferente.-peguei no copo e dei à Carolina.Que se afastou.-Espero
que saiba do que estou a falar.
Rúben-Sim
sei,e como disse nós já éramos uma família antes de eu me mudar cá para casa.
Alberto-Pois
uma família..-disse aquilo cá com uma cara que até metia medo ao susto.-O George chega daqui a uns dias,e para que
saiba isto vai mexer muito com os miúdos.Não só
quando ele cá está,mas quando vai embora…Geralmente é a Rita que tem
estas todas responsabilidades.
Rúben-Mas
agora são as nossas responsabilidades.-interrompi-o.-Pode ficar descansado que
os miúdos estão em boas mãos.-coloquei a minha mão no seu ombro enquanto
falei,fazendo com que ele me olhou-se pois não esperava tal coisa.Mas não
estava para deixar o pai da Rita me “subestimar” .Ele acabou
por ficar sem palavras e eu afastei-me já que tinha dito o suficiente para
deixar bem claro a minha posição.
O churrasco
correu muito bem,sem dúvida que a Rita teve toda a razão,e isto foi uma óptima
ideia.
XXX
Com o fim
do campeonato o tempo para estar em casa com os miúdos e com a Rita era maior e
eu aproveitava-o.A Rita à cerca de uma semana que andava um pouco mais
nervosa..e eu nem precisava de perguntar o porquê.A chegada do pai dos
miúdos,pelo os vistos deixava-a desta forma,e eu tentava ao máximo acalmá-la e
ajudá-la em tudo o que podia.
Hoje seria
o “grande dia” e isto notava-se não só por os miúdos o dizerem mas por que a
Rita andava uma pilha de nervos.
Carolina |
Simão |
Rita |
Rúben-Rita
toma calma.-estávamos a arrumar a mesa,depois do almoço,e ela tinha acabado
deixar cair um dos pratos.
Rita-Eu tou
calma.-ela abaixou-se para ir buscar o cacos do prato,mas puxei-a para mim.
Rúben-Deixa
tar eu trato disto,quero só que te acalmas…afinal não é a primeira vez que ele
cá vem.
Rita-Pois
não,mas eu não sei como os miúdos irão reagir à medida que crescem….E também por que quero te apresentar ao George.
Rúben-Sim
mas isto não é razão para ficares assim.O George está no seu lugar e eu no meu.
Rita-Tens
razão.-juntou os nossos lábios.
Tratei
depois de arranjar o resto da cozinha e a Rita foi com os miudos aos quartos
para mudarem de roupa.
Voltei para
a sala e os miúdos estavam já prontos para receber o “pai”.A Rita andava às
voltas e por isto os miúdos andavam meios esquisitos e com muitas perguntas
quanto à mãe e então fui me sentar com eles para o sofá.
Tocaram à
campainha e a Rita saiu da cozinha que nem um foguetão.
Rita-Eu vou
lá.
Carolina-Deve
ser o pai.-ouvi ela dizer aquilo,mesmo ali no meu colo,e tenho de confessar que
foi um pouco difícil de “engolir”.Eles também levantaram-se e a Rita abrir a
porta.
(Rita)
Ao por a
mão na maçaneta respirei fundo e abri.
Rita-Olá.-vi
o George com aquelas suas malas e o seu sorriso habitual.
George-Olá
Rita!-falou com um sorriso e deu alguns passos em frente dando-me um valente
abraço.-Como tens estado?
Rita-Bem
bem.-sorri-lhe.-Entra.-ele colocou as suas malas perto da porta.
George-Os
miúdos?-ainda nem tinha terminado e os miúdos apareceram.Estavam com um grande
sorriso e agarram-se a eles.Cada um teve o seu tempinho a cumprimentar o pai
que olhava para cada centímetros deles ,notando a “mudança” desde a ultima vez
que os viu.Os miúdos quiseram ir até à sala.Deixámos as malas do George na
entrada e fomos até à sala.
Ao lá
chegar demos de caras com o Rúben que estava de pé à nossa espera,de braços
cruzados com um ar sereno.
Rita-Bem…-olhei
para o lado e vi que o George tinha ficado bastante surpreendido por ver outro
homem ali.-George, este é o Rúben,o meu namorado.Que vive aqui em casa
connosco.-o George olhou-me boquiaberto enquanto falei e ao terminar olhou para
o Rúben.
Rúben-Prazer.-estendeu
a mão em direcção do George,que depois
de lhe olhar por breves segundos a apartou.
George-Igualmente.
Simão-O pai
trouxe presentes?-falavam já indo em direcção das malas.
George-Sim..sim.-sorriu.-Vá
vamos lá buscar os presentes.
O George
foi com os miúdos buscar as malas,trouxe-as para sala.Sentou-se com eles aos
seus pés,esperando para que o pai abrisse as malas e lhes desse os ansiados
presentes,enquanto eu e o Rúben lhes observávamos. Perguntei
ao George se queria comer alguma coisa, afinal tinha acabado de chegar.Ele
aceitou e eu fui até à cozinha.
Segundos
depois de ter entrado,enquanto abria o frigorífico,vi o George a entrar na
cozinha.
George-Não
te importas que fique aqui a fazer te companhia?-sorriu.
Rita-Não,não.-sorri-lhe.-Por
onde tens andado?-se havia coisa que o George gostava de fazer era viajar.Tinha
já ido a imensos lugares que eu nunca conhecera e era uma das coisas que achava
“engraçada” nele.
George-Nestes
últimos meses estive pela América do Sul…-ao contrário das outras vezes não
notei aquele entusiasmo que ele tinha nas suas viagens mas mesmo assim não
questionei.
Rita-Parece
ser giro.-ia falando com ele enquanto lhe preparava um pequeno lanche.
George-Sim,sem
dúvida que são países fantásticos.Mas acho que as novidades não sou eu que tenho
de as contar.
Rita-O que
queres dizer com isto?-sorri-lhe.
George-Não
esperava que tivesses um namorado.
Rita-Há assim tão poucas possibilidades de eu encontrar alguém é?
George-Não,não
é isto.É só que sempre estiveste sozinha…e até porque quando decidiste ter os
miúdos da forma que falaste não parecia que ia haver mais alguém na tua vida.
Rita-Eu
nunca tirei esta opção….
George-Humm.-vi
que ele tinha ficado a “moer” naquilo que eu tinha terminado de dizer.
Rita-Até
parece que não ficaste feliz por eu ter alguém comigo.
George-Não,não.Não
é isto.Só que quando vieste falar comigo para termos os miúdos pensei que a
família como todos nós conhecemos não era essencial para ti…se naquela altura
tivesses pensado desta forma as coisas podiam ter sido diferentes.
O que
quererá o George dizer com isto?
E o que
dirá a Rita ?
Finalmente conhecemos o pai dos miudos! E que gato, o Ruben que abra bem a pestana xD
ResponderExcluirFico á espera do próximo :)