sexta-feira, 26 de julho de 2013

Capitulo 41 - "E aposto que foi com estas conversas que lhe fez aquela lavagem cerebral."





(Rúben)

Rita-Então a Carolina não pode ter namorados?-estávamos no quarto quando ela “chuta” aquilo e fiquei sem saber porque o disse.

Rúben-Hãn?

Rita-A Carolina disse que lhes tinha dito que não podia ter namorado….à hora de almoço. -Pousou a sua cabeça no meu peito.

Rúben-Não lhe disse que não podia ter um namorado,só que ela é muito nova para estas coisas. Não achas?

Rita-O que eu acho ,é que estás feito de cão de guarda.

Rúben-Ela é uma menina, é nova, não precisa de ter a cabeça nos namorados, e como o pai não está presente ,sim eu prefiro ficar a controlar.

Rita-Controlar?-riu.

Rúben-Tu entendeste o que quis dizer.

Rita-Sabes que a mãe dela também consegue afastar qualquer rapazinho que tenta a sorte não.

Rúben-Mas eu consigo mais por medo.-ela voltou a rir.-E tu podias parar de rir,até parece que não o consigo fazer.

Rita-Não é isto Rúben,mas tem imensa piada ver-te tipo pavão com o peito todo inchando..-voltou a gargalhar.-Ela só diz aquelas coisas por causa daqueles filmes da Disney.

Rúben-Olha aí está,ela devia deixar de ver aquilo.-ela levantou a cabeça e olhou-me.-É verdade,aquilo é só princesas que não fazem mais nada da vida a não ser andar a trás do namoradinho..depois dá nisto.

Rita-Rúben a Carolina não é a primeira rapariga a ver aqueles filmes,e que eu saiba até agora ninguém teve problemas por causa de uns filmes para crianças.

Rúben-O Simão não fala em ter namoradas,e isto acontece por uma razão..não vê aqueles filmezinhos.

Rita-Ele é um rapaz ,é diferente.

Rúben-Não,não é diferente.A Carolina se anda a falar em namorados por alguma razão é.

Rita-Ela só disse aquilo porque te viu a comprar flores para mim, e como disseste que não ,fez com que ficasse com mais vontade de te contradizer.

Rúben-Pois,mas não precisa falar mais neste assunto.Ela é muito nova, e não se vai pensar mais nisto.-ela riu.

Rita-Tens piada quando estás aborrecido.

Rúben-Não tou aborrecido.-ela aproximou os seus lábios dos meus.

Rita-Que ideia.-assim que terminou de falar uniu.

Levei as minhas mãos até às suas coxas,puxando um pouco mais para cima,deixei depois as minhas mãos irem subindo parando de novo nas suas nádegas.Puxei-a para mim e deixei-as ficarem ai pousadas.Eles separou os nossos lábios e foi descendo até ao meu pescoço..senti o toque nos seu lábios na minha pele,descendo depois até ao peito.Algum tempo depois voltou a subir unindo de novo os nossos lábios.

Rúben-Fogo!-separei os nossos lábios rapidamente.

Rita-O que foi?

Rúben-A minha mãe…

Rita-Estavas mesmo agora a pensar na tua mãe?!-olhou-me.

Rúben-Não, o que quis dizer é que hoje tinha dito à minha mãe que ia falar com ela.

Rita-É verdade,a senhora Anabela queria ir fazer “queixinhas”.

Rúben-Rita.-ela olhou-me.

Rita-Desculpa mas é verdade.-voltou a unir os nossos lábios.-E tu não precisas de lá ir.-beijou-me.-Só te quer contar aquilo que já te disse.-voltou a beijar-me.

Rúben-Ela não vai achar piada.-ela sentou-se no meu colo.

Rita-Oh Rúben,eu gosto mesmo muito de ti,mas isto de menino da mamã não dá.Não podes estar sempre preocupada com a mamã,e ela sempre a tirar-te o juízo…que eu saiba ela não anda sempre em cima do teu irmão,por isto tens de começar de uma vez por todos a por a tua mãe no seu lugar.

Rúben-A por a minha mãe no seu lugar?

Rita-Rúben o que quis dizer é que ela não pode estar sempre a telefonar,sempre cá em casa,a dizer o que deves fazer,como deve educar os miúdos,nem a ordenar que faz ter com ela …e ainda por cima se não o fizeres ficar amuada.

Rúben-É minha mãe Rita,não é assim tão fácil.Sempre fomos muito próximos,o meu irmão também o é..mas acho que a minha mãe sabe que no que diz respeito a ele há certos limites.

Rita-Exactamente da mesma forma que o teu irmão o fez tens de o fazer.A tua mãe tem de entender que agora tens me a mim e aos miúdos,e que já não tens 16 anos.

Rúben-Eu sei..-ela colocou os braços sobre os meus ombros e aproximou-me um pouco.

Rita-Mas vais mesmo falar com ela?

Rúben-Smi vou.

Rita-E achas que posso estar presente?

Rúben-Oh Rita.

Rita-É que sei que o menino dificilmente vai falar com ela por isto,prefiro estar o teu lado.E como sei que a tua mãe vai me insultar de alguma forma prefiro estar presente.

Rúben-Ela não te vai insultar.

Rita-Deixa estar,ela apenas com um olhar já o faz.

Rúben-Também nenhuma de vós dá o braço a torcer…

Rita-Desculpa,para quê?Para ela continuar com as suas coisinhas…promete só uma coisa.-apontou-me o indicador.-Quero umas férias da tua mãe!

Rúben-Hãn?

Rita-Foi isto que ouviste,os meus pais não estão aqui em casa a toda a hora,nem me ligam a toda a hora por isto não quero que a tua mãe cá esteja 24 horas por dia.E tu vais ter que lhe dizer isto.

Rúben-Eu?

Rita-Sim menino da mamã,se for preciso estou lá também com todo o gosto.-ia falar mas ela não me deixou.-E estou mesmo muito a sério Rúben,tens de entender que esta não é só a minha casa como a casa dos meus filhos,e como tenho a minha família não posso deixar que alguém venha cá a casa mudar as “normas” pelo qual me regulo.Quer querias quer não,a tua mãe tem estado muito presente..demais!E tu como filho tens de lhe dizer que não estamos confortáveis com isto.

Via que não afinal mesmo forma de esta “coisa” entre elas ter tréguas…

Notei que a Rita não ia deixar esta sua ideia ficar em “águas de bacalhau” e como tal não  tive outra escolha senão,na hora de almoço do dia seguinte ir ao spa.


Rita


Rúben-A mãe onde está?

Mauro-No escritório,olá Rita.-sorriu-


Rita-Olá Mauro.-depois olhou-me-Vamos?

Rúben-Acho que sim.

Ela agarrou-me a mão fazendo com que desse alguns passos,parámos perto da porta do escritório da minha mãe  olhou-me e fez sinal para abrir a porta.Bati duas fezes e abri.

Rúben-Mãe.-abri a porta,e olhei para dentro do escritório.-Posso?

Mãe-Estava à tua espera Rúben.-ao ver a Rita entrar foi mais que notório que para a minha mãe que foi uma “surpresa”.-Rita..

Rita-Boa tarde.-sorri-lhe.

Mãe-Filho eu vou querer falar contigo,mas a sós.-a Rita olhou-me,como se esperando para que eu falava com a atitude que já à muito me pedia para ter.

Rúben-Mãe,a Rita vai ficar.Não tenho segredos para ela,logo o que tiver para me dizer ela pode ouvir.-sentámos-nos os dois em frente da secretária da minha mãe.

Anabela-Neste caso.-sentou-se.-Ontem pensei que vinhas aqui a casa tal coo te pedi,mas não apareceste.

Rúben-Eu.

Rita-Peço desculpa Anabela.-falou antes de eu terminar.-Mas ontem estive a trabalhar,e como o Rúben estava de folga esteve com os miúdos.

Anabela-Pelo o que a Rita me disse eles ficavam com uma amiga sua,o meu filho não preciso de estar de baby sitter.

Rúben-Eu não estava de bays itter.-falei antes que a Rita o fizesse .-Quis estar com os miúdos,falei com a 
Rita e como ela autorizou passei o dia com a Carolina e o Simão.

Anabela-Mas podias ter ao menos telefonado à mãe.-a Rita deu-me o mesmo olhar que ontem quando falava de como tinha de deixar de ser “menino da mamã”.

Rúben-Mãe eu tenho estado com a Rita,e com os miúdos.Não é que a mãe seja segundo prioridade ,pois nunca será.-senti a Rita a apertar-me a mão,como sinal que me estivesse a “desviar”.-Mas agora estou com a Rita e as coisas são diferentes.

Anabela-Diferentes?

Rita-Sim Anabela,o seu filho gosta imenso de si,e acredito que o sei pois é notório…mas nós precisamos de ter tempo para nós.

Anabela-Mas sou alguma distração para o meu filho?-olhou-me.

Rúben-Não és distração nenhuma.O que a Rita quis dizer é que nós já dividimos o nosso tempo a dois com os miúdos,e que eu não me vou afastar da mãe…só que tenho estado em casa da Rita,e queremos poder aproveitar ao máximo o tempo a dois,como também com os miúdos.

Anabela-Vais deixar de vir ver a mãe é?

Rúben-Não claro que não,só lhe peço para compreender que agora estou numa relação séria com a Rita,e como ela tem os miúdos há mais repsonsabilidades do que outra relação que eu tenha tido.

Anabela-Como queiras Rúben.-vi que ela não tinha ficado “ok” com aquilo,e a forma com olhava para a 

Rita,quase como se ela fosse a culpada disto tudo,mostrava que só não falava mais anda por a Rita estar ali e por estarmos no spa.-A mãe agora vai almoçar.-levantou-se e pegou na sua mala.

Rita-Nós também temos de ir andando,que tenho de voltar para o Caixa.

(Rita)

Aquela conversa apesar de ter acabado como acabou era necessária.A D.Anabela teria de entender que não é necessário estar todo o dia a saber do seu “menino”.

Ao sair do seu escritório ouvia resmungar enquanto fechava a porta.

Rita-Precisa de alguma coisa Anabela?-ela olhou-me com uma cara de poucos amgos,o que não querendo ser embirrenta ,me deu grande gozo.

Anabela-A menina deve pensar que eu não sei o que está a fazer.

Rita-O que estou a fazer?

Anabela-Sim,deu a votla por completo ao meu filho..sim porque o meu Rúben nunca me teria dito tal coisa quando estava com a Laura,

Rita-Pois mas a Laura já cá não está.-assim que terminei de falar já “fumo saída das suas orelhas”.-E o seu filho é bem crescidinho,foi apenas isto que lhe falou.Que não precisa de estar em contacto consigo 24 horas por dia.

Anabela-E aposto que foi com estas conversas que lhe fez aquela lavagem cerebral. -dei uma gargalhada.

Rita-Lavagem cerebral?

Anabela-Rita por agora fica por aqui,mas eu posso lhe avisar que não vou perder um filho por sua causa.

Falou,trancou a porta e saiu o mais rapidamente de perto de mim..sinceramente tinha vontade de rir por achar aquela conversa tão parva, especialmente a parte da “lavagem cerebral” mas pronto..

Cheguei perto do Rúben que estava a conversar com o Mauro,e fomos para o carro.

Rúben-Estavas a falar com a minha mãe?

Rita-Tu nem me digas nada..ela veio com cada uma.-não tinha segredos para o Rúben e esta conversa com a sua mãe não ia ficar “escondida”.

Rúben-Como assim?

Rita-Disse que eu te fiz uma lavagem cerebral ,que não te ia perder por causa de mim,que nunca terias dito aquilo se estivesses com a Laura.-voltei a gargalhar.-É que sinceramente ,lavagem cerebral?!

Qual será a opinião do Rúben quanto a esta conversa da sua mãe?



Será agora o “fim” deste “conflito”?


sábado, 20 de julho de 2013

Capitulo 40 - "Agora podes ter amigos, mas namorados não"





(Rita)
O dia de ontem tinha sido tudo menos o planeado..não tinha aproveitado para estar em casa a descansar,sem fazer nenhum…Em vez de isto tive “visitas” e acabei por vir ao jogo na Luz.

Daniela-Rita.-abriu a porta da nossa pequenina salinha onde tomávamos as nossas refeições.-Tens aqui alguém para ti.-estava a meio do meu café da manhã,quando ela apareceu.

Rita-Alguém?

Daniela-Sim.-sorriu.

Posei a chávena ,e vim até cá fora .Do outro lado do balcão vi Rúben com um sorriso que fez com que no meu rosto também nascesse um.

Rita-Precisa de alguma coisa?

Rúben-Por acaso preciso..tenho de entregar algo a uma menina que trabalha aqui.-sorri ao ouvi-lo.

Rita-Ai sim?

Rúben-É ,uma baixinha ,cabelo cor de mel, olhos castanhos ,muito resmungona .-deu-me um sorriso como se tivesse a ter grande gozo com aquela “brincadeira”.

Rita-Não estou a ver quem será ,mas deixe lá o que tem para ela que depois lhe entrego.

Rúben-Não sei..

Rita-Rúben ,dá cá. -ele viu que eu estava mesmo muito curiosa para saber o que ele tinha trazido ,ao ponto de ter parado com esta brincadeira .

Rúben-Não disse que era uma resmungona  .-sorriu e colocou em cima do balcão um ramo de flores lindo.Tinha rosas vermelhas,brancas e rosa bebé.




Rita-São lindas.-peguei no ramo. Lembrei-me de que não estávamos sozinhos e ao olhar para o lado vi que outras duas meninas nos olhavas…sendo que logo disfarçaram ,mas como é obvio deram nas vistas .-Vamos até lá dentro.

Levei-o até à pequena salinha e ao lá entrar procurei algo que pudesse colocar as flores.

Rita-A que se deve este presente?

Rúben-Por nada.-olhei-o, pois era obvio que isto trazia água no bico.-Agora não te posso oferecer flores sem ser uma altura especial ,é?

Rita-Não é isto,só que esperei que querias algo em troca ou assim..-encontrei um pequeno jarro e enchi com água.

Rúben-Não é que quisesse.-aproximou-se.-Mas nem um beijinho me deste…

Rita-Coitadinho. -fiz-lhe uma festinha na cara.-Tínhamos publico foi só por isto.- aproximei os meus lábios dos seus e beijei-o.-Mas hoje vais passar o dia aqui colado a mim,é?

Rúben-Não posso?

Rita-Dado que estou a trabalhar ,é melhor não.

Rúben-Então vou me colar noutro lado…-olhei-o.

Rita-Ai sim?

Rúben-Humm.-disse aquilo de prepósito  para me deixar daquela forma e ainda por cima nem queria abrir mais a boca quanto ao “ir para outro lado”.

Rita-E vais para onde?-“cedi” algum tempo depois e lá perguntei para onde ele iria de seguida.

Rúben-E porque queres saber?

Rita-Por nada.-ele riu.

Rúben-Eu digo, estava a pensar ir ter com os miúdos…

Rita-E não achas que deverias falar com a mãe deles antes?

Rúben-Acho que a mãe deles não se ia importar assim tanto…

Rita-Por acaso ia.

Rúben-Ai sim?

Rita-Sim, vais estar com os meus meninos enquanto eu fico aqui fechada o dia todo…não é justo.-fiz beicinho.

Rúben-Por mim passavas o dia todo comigo,mas trabalho é trabalho Rita.

Rita-Tu queres te ver livre de mim é?-ele riu.

Rúben-Não é isto,só que acho que posso estar um dia com os miúdos ,não?

Rita-Podes se me dizeres o que vão fazer?

Rúben-Oh..

Rita-Oh nada,diz lá.

Rúben-Eu prometo que no fim do dia, vamos cá voltar para te vir buscar ,e que eles vem sã e salvos.- tinha os seus braços em volta da minha cintura.- Mas para tal a menina tem de em dar autorização para os ir buscar a casa da Sónia.

Rita-Eu dou ,mas se houver problemas Rúben quem fica em maus lençóis é o menino.

Rúben-Está bem.

Ele parecia ter ali alguma coisa planeada ,mas como me disse que iria estar com os miúdos o mais certo seria ser alguma “surpresa” para eles. Disse-lhe que poderia os ir buscar,e já depois de ele ter saído telefonei à Sónia para lhe avisar que o Rúben iria lá a casa buscar a Carolina e o Simão.

(Rúben)

Como a Rita me tinha deixado ir buscar os miúdos ,sem sequer suspeitar que ia estar com os miúdos para lhe preparar algo.

Cheguei a casa da Sónia ,e soube a Rita tinha telefonado lá para casa,a avisar que eu iria buscar os miúdos.

Simão-Rúben porque foste buscar a gente?

Carolina-A mãe sabe?

Rúben-Sim a tua mãe sabe.-olhei para eles por breves segundos.-E já vão ver.

Simão-Mas porque não ficamos em casa da Sónia?

Rúben-Porque hoje vão ficar comigo.

Carolina-Oh!-ela falou num tom que fez com que até ficasse preocupado.

Rúben-O que foi?

Carolina-A minha flor ficou em casa da Sónia!

Rúben-Amanhã trazes.

Carolina-Não Rúben,vamos buscar hoje.

Rúben-Carolina…

Carolina-Por favor Rúben..-fez beicinho…

Rúben-Ok,pronto..-pelos vistos a Rita tinha razão e eu não conseguia mesmo dizer “não” à miúda,mas ela fazinha aquela carinha e pronto.

Lá dei meia volta e voltei para a casa da Sónia.Entrei apenas com a Carolina,pois fui apenas buscar a rosa que lhe tinha comprado e voltámos para o carro.

Como tinha algumas dúvidas quanto ao que deveria fazer para a Rita, levei os miúdos a almoçar primeiro .Eles “refilaram” ao ver que não íamos jantar fora a um dos seus locais favoritos, mas sabia que a Rita não gostava nada quando que eles andassem a comer “porcarias” então  levei-os a um restaurante.

Sentei cada um deles numa das cadeiras ficando a Carolina ao meu lado,e o Simão na minha frente.

Carolina-Rúben.-ouvia chamar  olhei para o meu lado esquerdo.-Porque só tive uma flor,e mãe teve muitas..ela nem faz anos.

Rúben-Porque quis oferecer um ramo de flores à tua mãe,e é diferente.Sou namorado da tua mãe foi por isto.

Carolina-Mas tu disseste que a princesa era eu.-olhou-me como se fosse ela aqui que tivesse toda a razão.

Rúben-Pois,mas as princesas não podem ter tudo o que querem.

Carolina-Eu  só queria ter muitas flores..como a mãe tem.

Rúben-Vais  ter, ainda és muito pequena.-peguei num menu e dei ao Simão que já estava de braços esticados à espera dele..não sabia ler,mas aquilo devia lhe parecer uma grande “atração” ,e no outro peguei-o eu.

Carolina-Vai ser quando eu tiver um namorado.-olhei-a.

Rúben-Não tens de ter pressa,estas coisas de namorados é para fores mais velha.

Carolina-Mas eu quero ter um namorado,para me dar flores,e beijinhos como nos filmes das princesas.

Rúben-Hei.-posei o menu.-Agora podes ter amigos,mas namorados não.

Carolina-Porquê?

Rúben-Porque és muito nova.-era mesmo o que faltava..a miúda andar ai com “ideias” de namoradinhos,o que era resultado de aqueles filmes todos que ela via-Isto é coisas para mais tarde não para agora…O que vão querer?

Eles bem tentaram ir pelas hamburguês com batatas fritas e aqueles molhos todos, mas como estava decidido a dar-lhes um almoço que seria aprovado pela Rita,tiveram direito a sopa,segundo e só no fim poderem ter algo “doce” ,escolhendo assim um gelado.

Levei-os de seguida,a uma loja onde podíamos dar “assas à imaginação”.Desde bonecos prontos a serem coloridos,até todos tipos de materiais para trabalhos manuais.

Rúben-O que vão querer levar?-eles olharam-me.

Carolina-O que a gente vai fazer?

Rúben-Pensei que em vez de comprarem algo para a vossa mãe,pudessem fazer alguma coisa para ela.

Simão-Eu já sei o que vou fazer.-falou e foi até perto de umas prateleiras.

Carolina-Eu não sei o que vou levar.-olhou-me.

Rúben-Vamos só ajudar o teu irmão,e depois escolhes o teu.-peguei nela ao colo,e fui ter com o Simão.

Ele já tinha uma ideia do que queria levar….escolheu uma caneca branca,e disse-me que a queria pintar.Escolhemos então uns pinceis e algumas tintas.Enquanto ele levava tudo o que tinha escolhido,dentro de um pequeno cesto,fui procurar com a Carolina o que deveria levar.

Carolina-Não gosto de nada Rúben.

Cada coisinha que eu dizia para ela levar,respondia sempre com um “não”….estava-se a tornar difícil saber o que a miúda iria fazer.

Rúben-Tem de haver algo que gostes…

Carolina-Quero fazer outra coisa.

Rúben-Podes me ajudar a fazer o jantar,queres?-ela olhou em volta e depois falou.

Carolina-Sim,pode ser.

Ela não estava  convencida daquela ideia de fazer algo para a mãe,por isto o melhor mesmo era apenas me ajudar com o jantar comigo,e seria “surpresa” suficiente.

(Rita)
Ao sair do Caixa mandei uma mensagem ao Rúben ,pois como sai mais cedo não havia necessidade de ele sair de casa com os miúdos para me vir buscar, e poderia ir já até lá a casa.

Quando lá cheguei,ao abrir a porta,notei logo que já se preparava o jantar.

Simão-Mãe!!-ao ver-me saltou para o meu colo.

Rita-Como estás meu amor?

Simão-Bem,tenho uma coisa para a mãe.

Rita-Uma coisa para mim?

Simão-Sim.

Coloquei-o no chão e ele levou-me até à sala,deu-me uma caneca  que deu a entender ser feito por ele.
  
Contou-me o que tinha feito esta tarde com o Rúben e com a Carolina…pelo os vistos alguém tinha andando a planear certas coisas sem eu saber.

O jantar tinha sido “obra” do Rúben e da Carolina,que se gabou imenso de ter ajudado o Rúben a 
preparar tudo para quando eu chegasse.

Como hoje tinha tido tudo pronto ao chegar a casa,fiquei encarregue de tratar da loiça.O Rúben tinha ficado na sala com o Simão,e a Carolina veio me fazer companhia.

Carolina-Mãe.-olhei-a.-O Rúben disse que eu não podia ter um namorado.

Rita-O quê?

Carolina-Hoje quando estávamos a comer no restaurante,o Rúben disse que só podia ter um namorado quando fosse grande.-não pode deixar de sorrir ao ver que o Rúben tinha estas “preocupações”.

Rita-O Rúben estava só a dizer isto porque se preocupa contigo,e isto dos namorados não é para as crianças.

Carolina-Mas as princesas tem todas namorados.

Rita-E tu também vais ter ,mas não precisas ter pressa ,sim?

Ela parecia ter entendido o que lhe tinha dito,afinal o que lhe devia estar a fazer mais confusão era o que  o que o Rúben lhe tinha falado.

Coloquei-os na cama,e como tinha o  Rúben  por perto não pode deixar de o “picar” com aquilo de a 
Carolina,poder ou não ter um namorado.

Rita-Então a Carolina não pode ter namorados?


Como irá o Rúben responder à Rita?


quinta-feira, 18 de julho de 2013

Capitulo 39- "Desculpe mas continuo a achar que eles deveriam ter um pai presente…"





(Rita)

A visita surpresa da mãe do Rúben não tinha sido lá muito bem vista por mim…e por uma razão apenas…a senhora não gostava de mim logo por mais que fizesse, ela  não me ia ver com bons olhos por isto, apenas serviu para vir cá ver cada detalhe da minha casa.

Para me deixar ainda “melhor” aparece com aquela proposta de ir com os meus filhos ao jogo de futebol. 

Ela sabia que já lhes tinha dito que não iriamos ao jogo, mas mesmo assim apareceu no meu quarto, já depois de ter falado com os miúdos, para irem todos ao jogo. Como é obvio eu tentava me controlar para não “explodir” ali ,nem à frente dele, nem dos meus filhos…e por isto pedi que saíssem.

Rita-Rúben a tua mãe não vai com os meus filhos a lado nenhum.

Rúben-Rita..

Rita-Rita nada!-tentava controlar o meu tom de voz, porque conhecendo a mãezinha do Rúben como conhecia era bem capaz de agora estar à espera de ouvir aquilo que tanto queria.-Eu já tinha dito que não íamos a jogo nenhum, porque ela veio com esta ideia?!

Rúben-Porque viu que os miúdos queriam ir ao jogo.

Rita-Pois, pois .O que eu sei é que eles não vão!

Rúben-Até parece que a minha mãe não sabe tomar conta de crianças ,ela educou-me a mim e ao meu irmão.

Rita-Exatamente , ela tratou dos seus filhos, eu trato dos meus! E se não quero, tem é de respeitar.

Rúben-Os miúdos já estavam todos entusiasmados por irem.-olhei-o.-Vais  agora dizer que não…e a minha mãe.

Rita-Por favor Rúben!-lembrei-me que não estávamos sozinhos e voltei a baixar o tom. -A tua mãe só está a fazer isto porque lhe dá jeito ,e eu  já te disse que não quero que eles vão com ela ao jogo!Mas deixa estar…arrumo só esta tua roupa e vamos.- continuei a arrumar a roupa.

Rúben-Também vais?

Rita-Sim vou ,era o que faltava ir a tua mãe com os meus filhos ao teu jogo.

Ele não me falou mais nada ,apenas me ajudou a arrumar a roupa que tinha trazido. Quando o saco já estava vazio, dei meia volta e fui me vestir.

Não é que não tivesse paciência para ir a um jogo do Rúben, mas ir com a mãe do Rúben era simplesmente terrivel! Vesti-me sem qualquer vontade de o fazer e quando sai da casa de banho tinha o Rúben sentado na minha cama.

[foto 1]

Rúben-Vesti os miúdos, acho que estão prontos…-reparei que ele queria ajudar, e a verdade era que tinha de colocar os “pés no chão” e ver que ele não o fazia de propósito. Afinal era a mãe dele que insistia a não gostar de mim.- Quando estiveres. -ia sair do quarto mas puxei-o pelo o braço fazendo virar, ficando de frente para mim.
Rita-Desculpa, mas a tua mãe tira me do sério.
Rúben-Rita eu bem que tento mas ela pôs aquela ideia na cabeça….mas vais ver que com o tempo ela muda. -coloquei os meus braços em volta do seu pescoço.
Rita-Espero que sim, mas ela quando começa com as suas coisas fico sem saber que lhe dizer..
Rúben-Não respondas da forma como ela quer ,e aí ela nota que és diferente .-aproximou os nossos lábios.
Rita-Vou tentar.- tocou com os seus lábios nos meus.
Anabela-Rúben ,temos de ir filho!-abri a porta, sem sequer bater e encontrou-me a mim e ao Rúben aos beijos ,e foi bem visível que não era algo que quisesse ver.- Afinal vens connosco Rita?
Rita-Sim vou. -controlei a minha vontade de a mandar dar uma volta, e respondi-lhe da forma mais educada possível.
Anabela-Então neste caso, deixem-se disto e vamos.
A senhora Anabela fez questão de esperar perto da porta que eu e o Rúben saíssemos para fazer o mesmo.
Simão

Carolina
Os miúdos nem notava nesta “tensão” que pairava no ar e queriam era ir até à Luz. O pior desta noite seria estar sozinha com a mãe do Rúben ,e quando isto aconteceu o mais esperado tornou-se a realidade…silencio total.

Apenas os miúdos, que sentados ao meu lado, iam falando sobre aquele ou outro jogador.O jogo decorria na sua normalidade ,e nós continuávamos da mesma forma .O que até nos ia entretendo, mas ao chegar ao intervalo estávamos com o mesmo “problema”.

Anabela-Então Rita. -ouvia dizer o meu nome. E até tive medo do que vinha dali.- Vive naquela casa há muito tempo?

Rita-Sim desde que eles nasceram .-apontei para a Carolina e para o Simão que comiam ,o lanche que eu tinha trazido.

Anabela-Ai sim?!Pensei que tinha ido para lá recentemente..-falou tão baixinho, como para si própria mas como é claro teve atenção de o fazer num tom para o ouvir. -Os seus pais vivem perto da sua casa?

Rita-Sim,não fica muito longe.

Anabela-Tem irmãos?

Rita-Não ,sou filha única, mas tenho uma amiga, a Sónia que é como minha irmã..aliás é ela que fica com os miúdos enquanto estou a trabalhar.

Anabela-Porque não os coloca num infantário?

Rita-Irei o fazer, mas no fim de este ano escolar.

Anabela-Estar com outras crianças não lhes iria fazer mal nenhum.- se havia coisa que eu não suportava ,era que me “ensinassem” como educar os meus filhos, podia não ser uma mãe perfeita mas preferia aprender com os meu erros do que ter outra pessoa, seja lá quem ela fosse, a dizer o que acham ser melhor para os meus filhos. Respirei fundo e lá ouvi o que a senhora tinha para dizer….-Assim vão aprender várias coisas ,é fundamental para eles, acho que deveria os colocar num infantário.

Rita-Não querendo ser mal educada Anabela, irei o fazer quando achar que o deva fazer. E como já tomei a minha decisão. -sorri-lhe.

Anabela-Você é que sabe. -olhou para a frente, mas segundos depois voltou a olhar-me  e vi que tinha em mente outro tema de conversa. -Sei que não a conheço assim tão bem Rita,e não leve a mal fazer tal pergunta, mas com todo o respeito onde está o pai da Carolina e do Simão?-eu não queria acreditar que ela tinha feito tal pergunta…quer dizer primeiro aquilo do infantário e agora esta…eu olhei para a frente ,e relembrei o  que falei com o Rúben no quarto ,olhei para o relvado por breves segundos e ao vê-lo respirei fundo e voltei a olhar para a Anabela.

Rita-Com todo o respeito Anabela, este não é um assunto que goste de falar. Os meus filhos sabem onde está o seu pai e isto para mim é o que interessa. Mas como não tenho qualquer vergonha da escolha que fiz ,posso lhe dizer que o pai deles nunca foi meu companheiro, escolhi ter os meus filhos através de inseminação artificial. -ela ficou de “boquiaberta” mas mesmo assim continuei. -Eles sabem ,e tem contacto com o pai, tal como eu .E posso ainda dizer que apesar de não estar presente o pai deles sabe muito bem onde os encontrar e sempre que necessário está com eles.

Anabela-Isto de forma alguma vai ser algo positivo para os miúdos.

Rita-Aí é que se engana ,os meus filhos são pequenos é verdade ,mas sempre souberam que o pai não iria estar presente vinte e quatro horas por dia, mas isto nunca os fez menos ou mais felizes, tal como muitas outras crianças que passam pelo o mesmo.

Anabela-Desculpe mas continuo a achar que eles deveriam ter um pai presente…

Rita-É a sua opinião, eu tenho a minha e é com ela que educo os meus filhos.

O jogo começou e como o Simão e a Carolina tinham estado até agora a comer deixei aquela conversa, na minha opinião parva ,com a mãe do Rúben e fui tratar de os arranjar. A Carolina saltou para o meu colo, enquanto o Simão apenas se encostou a mim.

(Rúben)

A minha cabeça tinha estado todo o tempo no jogo, mas sempre que olhava para os camarotes e via a minha mãe a menos de meia metro da Rita ,dava tudo por ser uma mosca e saber o que aquelas duas falavam.

A tarde não tinha sido nada agradável, já que a minha mãe não queria facilitar a coisa entre ela e a Rita, e a 
Rita que não gostava lá muito daquilo que a minha mãe dizia sem pensar duas vezes.

Cheguei perto delas e depois de cumprimentar a Rita ela logo me pediu para ir embora.

Rúben-Já?

Rita-Sim, Rúben. Os miúdos já estão cheios de sono e estou cansada.

O seu tom de voz mostrava que ali se tinha passado alguma coisa, e quando finalmente reparei no olhar que a minha mãe tinha confirmei as minhas suspeitas…Despedi-me da minha mãe, com ela a pedir que amanha fosse a ver, pois precisava de falar comigo. Disse-lhe que o faria no dia seguinte e fui ter com a Rita que parecia querer chegar a casa o mais rápido possível.

Rúben-Rita passou-se alguma coisa?-perguntei quando já estávamos os dois na cama, e com os miúdos deitados.

Rita- Passou-se…e como é obvio foi com a tua querida mãezinha.

Rúben-O que foi desta vez?


Rita-Quis saber mais do que devia, foi o que foi.

Rúben-Ah?

Rita-É isto mesmo. Primeiro pôs se a dizer que devia por os miúdos num infantário,que era o melhor para eles, conviver com outras criança..como me fosse ensinar como educar os meus filhos, e depois veio me perguntar onde estava o pai da Carolina e do Simão.

Rúben-O quê?-não queria acreditar que a minha mãe tinha perguntado tal coisa ,mas dado a curiosidade que ela tem quanto à Rita era de esperar.

Rita-Foi isto mesmo que ouviste, perguntou-me onde estava o pai dos miúdos.

Rúben-E o que respondeste ?

Rita-A verdade. Que eles estão com  o pai quando é preciso apenas, e como é obvio que recorri a inseminação artificial.

Rúben-E ela?

Rita-Ela disse que um pai presente faz a diferença na vida de um filho,e mais não sei o quê..mas também depois não falou mais nada.

Rúben-Ela calou-se?-conhecia a minha mãe e depois daquilo que a Rita lhe tinha dito achava que ela não comentar mais o assunto por livre vontade era quase impossível.

Rita-Ok, pronto eu disse-lhe algo que fez com que ela não falasse mais nada….

Rúben-Então foi por isto…-lembrei-me de quando ela disse para ir ter com ela,pois precisávamos de falar.

Rita-Isto o quê?

Rúben-Não é nada.

Rita-Rúben diz.

Rúben-É só que,a minha mãe pediu para falar com ela com urgência.Mas deve estar a exagerar.

Rita-Deve ir a querer te contar tudo,mas como é obvio à maneira dela!-encostei os meus lábios aos seus,ela ficou um pouco sem saber o porquê do que tinha feito, mas sinceramente já estava um pouco farta desta coisa toda entre a minha mãe e a Rita e esta era a melhor forma de a calar.


XXX

Ontem tinha feito a Rita não poder aproveitar a sua folga, e isto tinha me deixado a sentir um pouco culpado e por isto hoje ia tentar ajudar-lhe a tornar o dia de hoje melhor.

Disse –lhe, depois do pequeno almoço que poderia ir descansada até ao Caixa, que eu deixaria os miúdos em casa da Sónia. Ela achou estranha a minha sugestão, mas depois de insistir um pouco, e de usar “estou de folga” como desculpa lá me safei.

Simão
Carolina

Rita



Ela saiu,e como já tinha arrumado, tudo peguei nas mochilas dos miúdos e saímos.

Para dar inicio a este meu dia,fui tratar do primeiro “mimo”. Eles vieram comigo a uma florista, e como é obvio puseram-se logo com perguntas.

Carolina-O que estamos aqui a fazer?

Rúben-Vim comprar umas coisas para a vossa mãe.

Simão-Mas a mãe não faz anos hoje..

Rúben-Eu sei,mas quero lhe comprar flores.

Carolina-Vais comprar só para ela?-vi que ela olhava para as flores,com os olhinhos daquele que quase suplicam.

Rúben-Achas que deva comprar para mais alguém?

Carolina-Quem vai comprar é tu.-ela não queria parecer muito interessada,mas mesmo depois de eu já ter escolhido as flores ela ainda olhava para aquelas rosa,enquanto o puto levava as flores que tinha escolhido para a sua mãe.

Rúben-Acho que vou levar mais uma.-peguei numa rosa que estava dentro de um recipiente,que tinha sido até agora admirado pela Carolina.Era umas rosas já bastante abertas com um rosa mais “leve”.

Carolina-Para quem?-perguntou logo.

Rúben-Para quem é que achas que é?-abaixei-me perto dela com a rosa na mão,para onde ela olhava.

Carolina-Não sei…

Rúben-Se eu te dizer que é para uma princesa sabes quem é?

Carolina-Há muitas princesas…-gargalhei ao notar que ela não entendeu que me estava a referir a ela,pois pensou que me referia às princesas dos seus contos.

Rúben-Eu estou a falar da princesa que está agora a falar comigo.-ela olhou-me toda envergonhada,como se quisesse ficar já com a rosa mas tivesse vergonha de a pegar.-Queres?


Carolina-Sim.-sorriu e pegou na rosa.

rosas escolhidas pela Carolina.
Fui ao balcão pagar as flores,e depois já com os putos comigo fui até ao carro.Ela todo o caminho não deixou o seu peluche da princesa,e a rosa na outra mão.

Despedi-me deles em casa da Sónia,e depois segui para o Caixa…hoje não era de esperar que lá aparecesse mas queria surpreender a Rita logo teria de lá ir.

Como vai a Rita reagir à surpresa do Rúben?

E o que fará ele mais neste dia “especial”?

terça-feira, 16 de julho de 2013

Capitulo 38-Mas só deverias levar roupa para lá se fosses viver com ela…se estivessem casados.


(Rúben)

Rita-Anda comigo.- Entrelaçou a  minha mão na sua e levantei-me.

Rúben- Mas onde vamos?

Rita-Aqui.- apenas demos alguns passos e ficámos em frente de um móvel.

Rúben-Aqui?

Rita-Sim…o que tenho para ti é isto.- puxou uma gaveta,olhei para dentro esperei encontrar algo lá dentro, mas nada. Abaixei-me para ver se tinha algo no fundo da gaveta mas nada.

Rúben-Uma gaveta?

Rita-É como uma metáfora.

Rúben-Não é por mal Rita.-sorri-lhe.-Mas não estou a entender nada.

Rita-Então ultimamente tens ficado cá em casa, mas é sempre mais difícil pois tens de ir a casa buscar roupa, ou sair mais cedo para te arranjares em casa…e como tal para isto não acontecer mais vezes, usei a gaveta como metáfora para agora arranjar um espaço para ti cá em casa. Não significa que vais te mudar completamente para aqui, apenas que podes deixar aqui o que quiseres,  que já tens aqui umas gavetas para teres as tuas coisinhas.-não esperava mesmo nada que ela fizesse tal coisa.

Rúben-Isto significa que vou poder deixar alguma da minha roupa em tua casa ?

Rita-Sim, para puderes cá ficar quando quiseres, sem teres de andar de um lado para o outro.-assim que terminou de falar, coloquei os meus braços em volta do seu corpo e puxei-a até senti-la colada a mim. Juntei os nossos lábios ,e pouco depois fomos dando alguns passos até cairmos sobre a cama…

Simão-Mãe!!!!!!!!!!!!!!Rúben!!!!!!!!!!- ouvimos chamar e separamos os nossos lábios.

Rita-Acho melhor levantarmos-nos.-sorriu.

Rúben-É, eles devem precisar de algo.

Rita-Bem, não vais treinar?-levantou-se e foi arranjando a camisola.

Rúben-Não hoje ,temos jogo ou seja não tenho treinos.E tu?

Rita-Hoje estou de folga.

Rúben-Então vamos poder estar juntos.-tocou o meu telemóvel,tirei do meu bolos.-É a minha mãe.

Rita-O que será que quer….-ela falou entre os dentes mas foi suficiente para eu lhe ouvir.
Atendi ,e a minha mãe disse que estava à porta da minha casa, e como não me encontrou telefonou-me para saber onde eu estava. Disse-lhe que em quinze minutos estava lá, porque se não o fizesse ela não ia achar piada, e ainda ficaria mais chateada por preferir ficar em casa da Rita do que ir ao seu encontro.

Rita-Tens de ir?

Rúben-Sim vou ter de ir a casa.

Rita-E porque ela não espera?

Rúben-Rita.

Rita-Ok,como querias.

Despedi-me da Rita e dos miúdos, e segui até à minha casa o mais rápido possível.

Anabela-Estava a ver que não chegavas filho.- aquele meu esforço de chegar cedo não foi suficiente e ela lá “refilou”.

Rúben-Fiquei a dormir em casa da Rita, mãe.- abri a porta, ela entrou primeiro e de seguida entrei. 
Coloquei as chaves em cima do móvel da entrada e despi o casaco.

Anabela-Ficas lá em casa desta tua namorada?

Rúben-Sim fico.

Anabela-Hum…

Ela mudou de assunto, mas com tinha vindo até cá a casa aproveitei para já levar algumas roupas até ao meu novo espaço em casa da Rita. Ela acompanhou-me até ao meu quarto,abri a porta do roupeiro e comecei a tirar alguma roupa. Ela fez uma pausa no que dizia e vi que tinha ficado meia surpreendida.

Anabela-O que estás a fazer Rúben?

Rúben-Vou só levar umas coisas até à casa da Rita.

Anabela-Mas vives aqui, porque vais levar roupa para lá?

Rúben-Porque como tenho ficado lá a dormir várias vezes, é mais fácil já ter roupa minha em sua casa, em vez de andar a trazer roupa de um lado para o outro. Ela até deixou umas gavetas livres para mim.- sorri-lhe.

Anabela-Ai foi? Mas só deverias levar roupa para lá se fosses viver com ela…se estivessem casados.

Rúben-Oh mãe por amor de Deus!

Anabela-É bom que chames Deus, porque faço o mesmo sempre que penso em ver te casado com aquela mulher…credo.

Rúben-A Rita é boa pessoa, não sei porque haja o contrário.

Anabela-Eu não acho má rapariga, só não gosto que ela já tenha família! Consegues arranjar muito melhor filho..

Rúben-Eu gosto da Rita, e pare se faz favor com esta conversa.

Anabela-Como queiras…E hoje vais lá  ficar?

Rúben-Talvez...

Anabela-Mas hoje não vais ter jogo?

Rúben-Sim vou .-falei e ela não me respondeu, continuei  a tirar algumas roupas, e ela apenas me olhava. 
Mas por o fazer de uma certa forma vi que queria dizer algo, mas permanecia em silencio.-Está tudo bem mãe?

Anabela-Sim está ,só que.-“pronto aqui vamos nós”, pensei quando ouvi aquele “só que”.-Não tens passado tempo nenhum com a mãe.

Rúben-Mãe não tenho 15 anos.

Anabela-Pois não, mas mesmo quando estavas com a Laura estavas mais tempo comigo, falavas sobre como corriam as coisas contigo ,os treinos, tudo… agora que tens esta namoradinha com dois filhos raramente te vejo. E quando te vejo é lá no spa.

Rúben-Mãe é verdade que não lhe tenho visto tantas vezes, mas gosto de estar com a Rita e com os miúdos.

Anabela-E por causa disto a tua mãe é excluída da tua vida.

Rúben-Não mãe, és incluída na minha vida tal como de antes.

Anabela-Nota-se..desde que estás com a Rita, que não te vejo. Quanto mais ser incluída em alguma coisa.

Rúben-Mãe.-respirei fundo.-Quer…quer vir comigo levar estas roupas a casa da Rita?

Anabela-Vais lá ficar toda a tarde?

Rúben-Sim devo ficar até à hora do jogo.

Anabela-Está bem posso te ajudar.-sorriu, posou a mala sobre a minha cama, e mesmo estando a roupa que tinha escolhido levar já dobrada, ela voltou a fazer este trabalho, mas agora à sua maneira.
Arranjei uma pequena mala preta ,e com a sua ajuda ,sim porque ela insistiu ,coloquei-tudo lá dentro 

.Naquela mala coloquei um pouco de “tudo” não iria levar todo  o meu roupeiro por isto tirei um pouco de cada coisa.

Com a mala já pronta ,fui com a minha mãe até à casa da Rita. Ponderei em mandar lhe uma mensagem a avisar que ia levar a minha mãe comigo ,mas dado que elas não se davam assim tão bem a Rita ainda ia ficar toda nervosa por a minha mãe lá ir a casa.

Ela abriu a porta e assim que viu ao meu lado a minha mãe ficou apenas a olhá-la.

Rúben-A minha mãe veio comigo, te visitar.- sorriu-lhe.

Rita-Ah…-a minha mãe fazia questão de ficar calada,enquanto eu tentava “equilibrar” aquele ambiente entre elas as duas.- Olá Anabela.

Anabela-Boa tarde Rita.

Rita-Entrem. -ela desviou-se e tal como à pouco a minha mãe foi a primeira a entrar e logo depois eu. 

Quando o fiz a Rita olhou-me do tipo “O que se está a passar aqui?!”..a minha mãe olhava em volta ,a observar cada detalhe da entrada de casa da Rita.- Fique à vontade.

Rúben-Trouxe algumas roupas, posso por no quarto?

Rita-Claro.

Fui ao quarto ,apenas colocar o saco sobre a cama e quando voltei encontrei os miúdos sentados num dos sofás a ver televisão ,a minha mãe a passear pela sala (ou melhor a ver tudo o que a Rita tinha colocado na sua casa),e a Rita na cozinha sozinha.

Rita-O que é que a tua mãe está aqui a fazer?-falou num tom mais baixo que o normal.

Rúben-Ela estava lá em casa ,e começou a queixar-se que eu não estava com ela à imenso tempo,e não tive outra escolha senão a trazer.

Rita-Ótimo porque nada melhor do que passar a minha tarde com a tua mãe que me “adora”..

Rúben-Eu compreendo que ela não seja a pessoa mais simpática,mas dá lhe uma oportunidade.

Rita-Eu estou a tentar Rúben.- colocou café numa chávena.-E podes lhe avisar que já tem o seu café pronto.

Avisei a minha mãe,tal como a Rita pediu e aí ficamos os 3 na cozinha.A conversa não ia fluindo mas pelo  o menos elas iam falando o que já não era mau.Ao verem-nos a lanchar os miúdos vieram até à cozinha e disseram que estavam com fome.

Rita-O que querem?

Simão-Cereais.

Carolina-Eu também quero cereais mãe!

Rita-Está bem.Sentem-se que vou tratar disto.-ela levantou-se e os miúdos ocuparam dois dos três lugares que restavam na mesa.

Carolina-Porque vieste há nossa casa?-falou para a minha mãe.

Rita-Carolina não se trata por “tu” a mãe do Rúben.

Carolina-Desculpa..porque a senhora veio à nossa casa?

Anabela-Vim com o meu filho fazer vos uma visita.

Simão-Rúben hoje vais jogar não é?-o Simão não estava mesmo nada incomodado ou curioso por a minha mãe estar lá em casa,e mantinha a conversa no seu habitual.

Rúben-Sim é.

Simão-Vamos ver?

Rúben-Não sei,Simão.

Simão-Podemos ir mãe?

Rita-Acho que hoje vamos ficar por casa.- vi pela forma que ela falou que ela não estava lá muito contente,mas também não estando nós os dois sozinhos,teria de esperar para mais tarde falar com ela.

O Simão como é obvio refilou pela resposta que a mãe lhe deu ,mas disse-lhe que depois falava com a Rita ,e ele lá não tocou no assunto. Depois do lanche os miúdos voltaram para a sala e a Rita disse que iria ao quarto arrumar a roupa que eu tinha trazido..disse-lhe que daqui a pouco o faria mas ela insistiu dizendo que ficaria com a minha mãe e ela tratava do resto.

Anabela-Achas que posso ver a casa Rúben?-a minha cabeça estava com aquilo que a Rita tinha dito, e por ter ido logo embora, que nem ouvi a minha mãe falar.-Rúben!

Rúben-Diga.

Anabela-Posso ver a casa?

Rúben-Claro..eu vou ter com a Rita se passar alguma coisa com os miúdos avise.

Anabela-Está bem.

Rúben-Está tudo bem,Rita?-abri a porta do quarto e vi,ela a abria a minha mala.

Rita-O que achas?

Rúben-Ficaste chateada por trazer cá a minha mãe?

Rita-Rúben por mais que tentes fazer com que a tua mãe se dê bem comigo vai ser difícil, e não é por mim, ela é que simplesmente não me quer ver por perto. Mas tu mesmo assim trazes ela cá a minha casa, como se ela alguma  vez quisesse me conhecer melhor.

Rúben-Já te disse que ela queria estar mais algum tempo comigo, por isto tive de a trazer.

Rita-Desde que cá entrou que não para de olhar para tudo, tudo mesmo! Até parece que não sei ter uma casa arrumada…sempre que olha para casa canto está à procura de algo para me apontar o dedo.

Rúben-Ela não o faria.

Rita-Por favor Rúben, ela não quer que estejas comigo..aposto que “adorou” ter visto a trazeres roupa cá para casa.- como a minha mãe tinha feito os comentários que tinha feito em minha casa enquanto guardava a roupa na mala, nem consegui dar resposta à Rita.-Pois quem cala consente, mas deixa estar que já o tinha notado.

Rúben-A minha mãe não tem de achar nada, eu quero estar contigo, e só a minha vontade é que interessa .-ela parou e olhou-me. -Sabes que ela gostava mesmo muito da Laura, para além de ser minha namorada era grande amiga da minha mãe, são muito parecidas. Quando me separei dela ,a minha mãe achou mesmo que aquilo fosse “sol de pouca dura”, e que dali a alguns dias estaríamos juntos…mas eu encontrei-te e o que sinto por ti é do mais puro que há ,tal como  os miúdos. Ela um dia vai entender que por teres filhos não significa que és menos ou mais mulher para mim.

Rita-Eu não queria agradar a tua mãe, mas fogo ela também não é fácil. É que quase nunca abriu a boca desde aqui chegou.

Rúben-Vais ver que isto ainda vai mudar…-ela olhou-me com uma cara como se não acreditasse naquilo que tinha tido, mas não valeria a pena estar sempre a “tocar na mesma tecla” e como tal mudei de assunto.-Vais ir ao jogo?

Rita-Eu estou cansada e quero mesmo aproveitar um pouquinho desta folga.

Rúben-Tu é que sabes.

Simão-Mãe!-abriu a porta.-A mãe do Rúben disse que leva a gente ao jogo.

Rita-O quê?

Carolina-É mãe. -a Carolina terminou de falar e a minha mãe apareceu na porta.

Anabela-Eles podem vir comigo não há problema.

Rita-Não é necessário ,e eu já vos tinha dito que hoje não íamos ao jogo. -falou para s miúdos.

Anabelas-Rita,eles podem ir comigo,ficas em casa não há qualquer problema, e o Rúben disse que iria cá ficar hoje, logo pode os trazer de volta. -olhei para a Rita ,e reparei que estava a “controlar” dizer algo.

Rita-Pode nos deixar a sós, só por um pouco?

Anabela-Claro, vamos meninos.

Os miúdos e a minha mãe saíram, e quando ouvimos a porta fechar ela olhou-me.

Rita-Rúben a tua mãe não vai levar os meus filhos a lado nenhum!

O que irá o Rúben dizer?

Irão os miúdos com a mãe do Rúben ao jogo?

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Capitulo 37: "Não, a mãe se ficar mais o Rúben depois pode ter um bebé."


(Rita)
Ao lá chegar a mãe do Rúben disse para levar a torta até à cozinha,já que iríamos a colocar no frigorífico até ao fim do churrasco,pois seria uma sobremesa.Ela abriu a porta do frigorífico e quando acabei de colocar a torta dentro do frigorífico e fechei a porta..ela olhava-me de uma maneira tão “estranha” que acabei por falar.

Rita-Passa-se alguma coisa?-ela deu um ultimo olhar dos pés à cabeça.

Anabela- Não..é só que estes calções não ficam lá muito bem com esta camisola Ritinha.- disse isto sorriu,virou costas e saiu. Fiquei boquiaberta com aquele comentário, mas para além disto aquele “Ritinha” da parte dela suava tão mal,que nunca esperei que o dissesse.

Sai da cozinha e ouvi os meus meninos a brincar no jardim e como crianças que são faziam barulho,mas nem liguei e apenas sorri ao ver eles na brincadeira.

Anabela-Devia dizer aos seus filhos que não deveriam fazer tanto barulho,é que em ocasiões como estas não é necessário.

Rita-Sã crianças Anabela.-ela já estava a sair para o jardim quando me ouviu falar,e tenho de confessar que reparei no seu olhar que  não esperava a minha resposta.

Anabela-Exactamente,é em criança que se aprende o que é correcto e não é.

Assim que ela falou,saiu e como não iria ficar sozinha na sala fiz o mesmo.Cheguei perto do Rúben e sentei-me.

Rúben-O que foi Rita?

Rita-Não se passa nada.

Rúben-Anda conta lá.

Rita-Rúben não é preciso falar disto.

Rúben-Tens a certeza?

Rita-Absoluta Rúben.-olhei-o.

Ele entendeu que não queria mesmo falar sobre aquilo,já que não ia estar a queixar-me da mãe dele e ele que nem uma criança,e decidi que o assunto não ia ser falado.A família do Rúben não tinha crianças da mesma idade,já que ou eram bebés que nem falara sabiam ou adolescentes que nem de longe iriam nas brincadeiras dos meus miúdos.

Quando chegou à hora do jantar,estando já o churrasco pronto em cima da mesa ,os miúdos começaram logo a aos saltos.

Carolina-Mãe tenho fome.

Simão-Quero aquilo,e aquilo,e sumo mãe!-estavam aos saltos perto das mesas a apontar para aquilo que queriam jantar.

Anabela-Os meninos tem de esperar quando chegar a vossa vez,iriam jantar.-os miúdos param de saltar,olharam para ela com uma cara como se ficassem “porque raio ela está a dizer isto?” e depois afastaram-se vindo até perto de mim.Ambos colocaram os seus braços sobre as minhas pernas.

Simão-Porque a gente ainda não pode comer?-olhou-me.

Carolina-A tua mãe é chata!-falou para o Rúben que estava ao meu lado e sorriu.

Rúben-Ela só quer que tenham calma,vá venham comigo e preparo-vos os pratos.Como sabia que não conseguiria tratar dos pratos deles sozinho,fui ajudar o Rúben.Mesmo tendo um jantar bastante “mexido”,anda depois da sobremesa os miúdos não paravam ..não ouvia uma palavra da boca da mãe do Rúben,mas como é óbvio dava aquelas olhares de quem não estivesse contente.

Disse ao Rúben que tinha de ir até casa,e como ele compreende que queria deitar os miúdos  concordou em irmos.Despedi-me da Anabela e do resto da família,que sinceramente foram muito mais simpáticos na hora de dizer adeus do que a mãe me simplesmente falou uma palavra para mim e para os miúdos,e a Rúben eram só abraços e beijinhos até parecia que ia viajar …

Rita-Podes me ajudar a deitá-los?-os miúdos já tinham adormecido,e como tal pedi a ajuda do Rúben para os levar até aos seus quartos.

Rúben-Está bem.

O Rúben levou o Simão até ao seu quarto,e eu a Carolina.Mudei-lhe de roupa para um pijama e ao chegar ao quarto vi que ele tinha feito o mesmo ao Simão.

Rúben-Vou andando até casa…

Rita-Não queres cá ficar hoje?-ele colocou os seus braços em volta da minha cintura.

Rúben-Querer queria,mas não posso..amanhã tenho de acordar cedo.

Rita-Tu é que sabes se quiseres estás à vontade.-ele sorriu.

Rúben-Senão tivesse de acordar tão cedo não havia problema.

Rita-Eu acho que se tu não demorasses tanto tempo para te arranjares também ia ajudar.

Rúben-Eu levo o tempo que é preciso.-encostou os nossos lábios por breves momentos.-Mas só para não refilares amanhã fico cá.-gargalhei.

Rita-Que eu saiba não te convidei.

Rúben-Agora preciso de convite é?

Rita-Que eu saiba ainda sou eu a dono desta casa logo..

Rúben-Olha que isto nunca se sabe..-falou isto e voltou a juntas os meus lábios,sendo que desta vez depois de o fazer desceu até ao meu pescoço .

Rita-O que quisestes dizer com aquilo?

Rúben-Aquilo o quê?-continuava com aquelas beijos no meu pescoço.

Rita-De nunca se saber.

Rúben-Nada,nada.-olhou-me com um sorriso matreiro.-Agora tenho é de ir.

A verdade é que estava mesmo muito cansada e por isto depois de me despedir dele segui logo para a minha caminha.


XXX


Carolina

Simão

Rita

Aquela conversa ontem do Rúben,tinha me deixado extremamente pensativa…não só que ele disse mas como no que já passou até agora.

E como não fiquei apenas pela “teoria” hoje ao limpar a meu quarto,decidi passar à prática.
Os miúdos logo após o pequeno almoço,colocaram-se no sofá a ver desenhos animados,mas sendo óbvio que não ficariam lá muito tempo,quando dei por mim já estavam eles a entrarem pela porta do meu quarto.
Puseram-se logo em cima da minha cama e começaram aos saltos ,mas estes terminaram assim que lhes reaprendi, fazendo com que se sentassem logo de seguida.

Carolina-O  que a mãe tá a fazer?

Rita-A limpar.-tinha algumas gavetas abertas e ias as limpando.

Simão-Porque a mãe tá a limpar?

Carolina-É,a mãe já está aqui à muito tempo..não podemos ir dar um passeio?

Rita- Quando acabar de fazer isto vamos, está bem?

Carolina- Está bem.

Com as gavetas já limpas,fui os vestir e de seguida em poucos minutos vesti qualquer coisa para irmos sair.
A tarde estava óptima e como tal queria aproveitá-la com os miúdos.Levei-os até ao parque,e por correrem imenso algum tempo depois já pediam por uma pausa.

Sentaram-se perto de mim a recuperar o fôlego.

Carolina-Onde vamos agora mãe?

Rita-Eu acho que vocês agora deviam era descansar um bocadinho.-a Carolina esticou os braços para eu lhe dar a sua boneca.

Simão-Mas a gente já descansamos mãe.

Carolina-É,temos fome…

Simão-Sim mãe vamos comer.

Rita-Vamos ficar aqui só um pouquinho,para vocês descansarem e já vamos lanchar.

Por ter concordado em lhes levar a lanchar,eles cumpriram a sua parte e ficaram quietos.Quanto vi que já tinham descansado o suficiente,disse-lhes que já poderíamos ir.Para o lanche tiveram direito a uma tosta e a um sumo,mas o que  comeram sem pensar duas vezes foi um gelado.

Ao chegarem ao carro,já a terminarem o gelado, pareciam não querer ir já até à nossa casa.

Carolina-Mãe onde vamos agora?

Rita-Acho que agora é tempo de irmos para casa.

Carolina-Amanhã a mãe vai trabalhar depois não podemos passear mais.

Rita-Mas hoje já demos passeios suficientes.

Simão-Vamos ver o Rúben mãe!

Rita-O Rúben está a treinar meninos.

Simão-Não faz mal mãe,íamos lá na mesma.

Carolina-E o David também tá lá mãe..vamos,vamos!-olhei-os - Por favor!

Simão-Vá lá mãe.

Rita-Está bem,mas hoje o treino não é aberto ao público por isto se o treinador não deixar voltamos para casa sem birras.

Eles ficaram tão contentes com a ideia de irmos ao treino,que nem ficaram chateados com a possibilidade de não podermos assistir ao treino.

Chegámos ao Caixa e entrei com eles que continuavam todos felizes,e como foi possível irmos até às bancadas esta felicidade deles só aumentou.Não éramos os únicos já que também lá estava uma esposa de um dos jogadores.

Carolina-Aquela senhora tem um bebé dentro da barriga dele não é mãe?-a tal mulher que também lá estava,tinha já uma barriguinha de alguns meses de estação e como o óbvio não passou despercebida aos olhos dos miúdos
.
Rita-Sim,tem.

Carolina - Ela só tem um bebé dentro da barriga dela?

Rita-Sim.

Simão-A mãe teve eu e a mana não foi?

Rita-Sim foi,mas nem todas as senhoras tem dois bebés ao mesmo tempo na sua barriga.Vocês foram um caso especial. - toquei-lhes nas bochechas.

Eles sorriram e logo de seguida centraram as suas atenções no campo.O Rúben ao entrar olhou-nos surpreendido pois não esperava que fossemos assistir ao treino.

Rúben- Que estão aqui a fazer?-veio até perto de nós,pois ainda não tinham chegado todos os jogadores ao relvado.

Rita-É assim tão mau termos vindo.-ele sorriu,e uniu os nossos lábios.

Simão-Onde tá o teu treinador Rúben?-o Rúben sentou-se ao meu lado ficando os miúdos na nossa frente.
Rúben-Deve estar a chegar.

Carolina-E o David?

Rúben-O David deve estar em frente do espelho,daqui a pouco já deve estar aí.-ficamos mais algum tempo com o Rúben mas quando o mister chegou com os outros jogadores ele teve mesmo de ir embora.

Os miúdos ficaram mesmo muito atentos durante todo o treino e quanto este terminou o Simão e a Carolina nem perderam tempo a ir para o relvado,eu não lhes tinha dado permissão para tal,mas o David ao ouvir, veio os “salvar” e lá me convenceu a irem um pouco ter com eles.

O Simão não demorou muito a por se à vontade e logo começou a falar com os outros,e enquanto a Carolina apenas ficava no colo do David. A Carolina ficou comigo,já o Simão foi com eles ao balneário.

Carolina-Mãe quando aquela senhora vai embora?-olhei para o meu lado esquerdo e vi que aquela mulher ainda lá estava,deveria esperar pelo marido ou namorado.

Rita-Ela está à espera do seu namorado.

Carolina-Ele também joga com o Rúben e com o David?

Rita-Sim joga.

Ela não voltou a tocar naquele assunto da mulher que estava grávida, que achei um bocado estranho ela ter dado tanta atenção a uma senhora à espera de um bebé.

O David e o Rúben chegaram com o meu pequeno e sentaram-se ao meu lado.

Rúben-Hoje vou ficar lá em casa certo?-lembrei-me do que tinha para lhe mostrar.

Rita-Sim claro.-olhei para o lado e vi que a Carolina falava com o David,e o Simão ia dando uns pontapés numa das bolas que o David lhe tinha dado.-Mas vais ter que voltar à tua casa?

Rúben-Sim vou só lá buscar umas coisas e depois vou até à tua casa.

Rita-Então jantar lá.-sorri-lhe.-E tu também tás convidado.-toquei no David ,que me olhou.

David-Para quê?

Rúben-Para jantares em casa da Rita,oh Amélia.

David-Hoje?

Rita-Sim hoje.-respondi antes que o Rúben o fizesse pois com eles dois é pica-pica.

David- Vocês querem que eu vá?-perguntou aos miúdos que responderam com um “sim” em coro.-Então pode ser.-sorriu.

Com isto já combinado,o Rúben segui-o até à sua casa,enquanto o David nos acompanhou até à nossa.

David-Cê vai querer ajuda Ritinha?

Rita-Não.-sorri-lhe,enquanto ligava o fogão.-Trato de tudo num instante a sério.

David-Não vou ficar aqui olhando para você,vou preparar à mesa,pode ser?-vi que ele queria mesmo me ajuda com qualquer coisa ,logo aceitei que ele ficasse encarregue por preparar a mesa.

O jantar correu muito bem,mas o David teve de ir embora após a sobremesa, deixando-me cada vez mais ansiosa para mostrar ao Rúben o que tinha reservado para ele…Mas para tal tinha de colocar os miúdos na cama,o que hoje sem saber a razão tornou-se algo impossível.Não por não terem sono,mas porque um deles simplesmente não queria “colaborar”

Rita-Carolina tens de ir para a tua cama.-ela estava deitada entre as duas almofadas e comigo e com o Rúben em pé a olhar-lhe..o Simão já se tinha deitado mas ela continuava a insistir em ficar no meu quarto.

Carolina-Não pode ser.

Rúben-Carolina anda lá,a tua mãe conta-te uma história se quiseres.

Carolina-Se tu vais dormir aqui em casa eu fico aqui.

Rita-Não Carolina,o Rúben vai dormir aqui com a mãe e tu vais para a tua cama.

Carolina-Não pode ser mãe.

Rúben-Carolina a tua mãe está cansada.-o Rúben sentou-se na cama,mas ela levantou-se tentando fugir dele.

Carolina-Não vou para o meu quarto,a mãe não pode dormir sozinha com o Rúben!

Rita-Oh filha não há problema vá.-tentei lhe pegar mas ela não deixou.

Carolina-Não, a mãe se ficar mais o Rúben depois pode ter um bebé.

Rita-O quê?

Rúben-Ah?-eu e  o Rúben não esperávamos aquilo que ela disse,logo termos tido aquela reacção.
Carolina-O David disse que quando um senhor e uma senhora gostam muito um do outro,e ficam sozinho depois tem bebés..então se a mãe ficar com o Rúben sozinha vai ter um bebé.E eu não quero que a mãe tenho um bebé!

Rita-Ninguém vai ter bebés Carolina.

Rúben-A tua mãe tem razão,e porque o David te disse isto?

Carolina-Porque aquela senhora tava com um bebé na barriga dela,e o David disse-me como ele tinha ido para a barriga dela.

Rúben-E foi só isto que ele te disse?

Carolina-Sim.

Rita-Pois mas a mãe e o Rúben não vão ter nenhum bebé e tu podes ir para a tua cama.
Carolina-Mas depois se a mãe tem um bebé?

Rita-Carolina para a mãe e o Rúben terem um bebé,era preciso a mãe e o Rúben  quererem ter um bebé agora e não queremos está bem?-aproximei-me dela.

Carolina-Então a mãe pode ficar com  o Rúben que não há bebé?

Rita-Não,não há bebés.

Carolina-Se a mãe tiver outra vez com a barriga grande é um bebé ou dois bebés?

Rita-A mãe não sabe,mas não precisas de falar em bebés porque ninguém vai ter bebés agora.

Ela lá me olhou com cara de quem tinha acreditado nas minhas palavras,mas antes de sair do meu quarto olhou para o Rúben que ainda estava sentado na cama e falou.

Carolina-Não há bebés!-tanto ele como eu rimos com o que ela disse,e logo depois sai com ela até ao seu quarto.

Vesti-lhe um pijama,deitei-a, e contei-lhe uma história.Ela ficou no seu quarto e não voltou a tocar mais naquele assunto de bebés.

Rúben-Porque raio foi aquilo?-vestia a minha camisola de dormir enquanto ele falava.

Rita-Hoje no treino tinha lá uma mulher grávida,ela deve ter falado com o David e deu nisto.

Rúben-Olha que pensei que se alguma vez tivesses grávida ela ficaria feliz mas pelo os vistos nem por isto.

Rita-Ela é a princesa,achas mesmo que quer dividir atenções.-puxei os lençóis e deitei-me ao seu lado.

XXX

Aquela mania de a Carolina se meter entre nós os dois tornou-se algo constante…sempre que me encontrava sozinha com o Rúben em qualquer contexto ela aparecia,colava-se entre nós e gritava “não há bebés!”.

Aquilo tornou-se tanto habitual,que a meio da manhã tive de ter uma conversa com ela,disse-lhe que a não planeava ter bebé nenhum e que ela tinha de tirar aquela ideia da sua pequena cabecinha.

Ela saiu do meu quarto,um pouco mais convencida,mas reparei que não ia ser assim tão fácil tirar-lhe aquela ideia da cabeça.

Rúben-Como correu?-ele entrou e sentou-se ao meu lado.

Rita-Mais ou menos…já está a entender mas parece que ainda não percebeu que não vamos ter bebé nenhum agora.

Rúben-Aquele brazuca ainda vai ouvir,por culpa dele é que a miúda anda com estas conversas.

Rita-Oh Rúben  o David não tem culpa,ele explicou-lhe da melhor forma que pode,ela viu aquela mulher grávida e ficou mesmo muito curiosa..é normal que lhe tenha perguntado alguma coisa.

Rúben-Está bem,mas isto torna-se um bocado difícil.

Rita-Eu sei,mas vais ver que com o tempo ela vai entender.-uni os nossos lábios e ao fazer lembrei-me que tinha algo para ele.-É verdade.

Rúben-O que foi?

Rita-Tenho uma coisinha para ti.

Rúben-O quê?-sorriu.

O que terá a Rita para o Rúben?

E como será a sua reacção a este “presente”?