terça-feira, 27 de agosto de 2013

Capitulo 47-"Rita para cá,Rita para lá.Mas é ela que te manda,mano?"

(Rúben)

Não consegui mesmo ficar indiferente aquilo da Carolina e por isto vim à sua procura.Bati à porta do seu porta,que já estava meia aberta,e entrei.

Rúben-Carolina..-falei e já ouvi-a soluçar,procurei-a e estava do outro lado da cama,sentada encostada .-Carolina,desculpa.-falei ao aproximar-me.Ela não me falou,apenas continuava a chorar,e como tal sentei-me ao seu lado,mas assim que o fiz ela levantou-se.

Carolina-Vai embora..

Rúben-Carolina.-levantei-me,e lá consegui aproximar-me dela.Coloquei os meus braços em volta da sua cintura.-Carolina,temos de falar.

Carolina-Eu não quero falar contigo.-olhava para o outro lado,como demonstrando que não queria mesmo falar.

Rúben-Carolina,eu não devia ter falado contigo daquela maneira, e peço desculpa.Mas estava a ver o jogo,e também se estivesse a fazer uma coisa que gostasses e alguém te chamasse não ias gostar.Não fiquei chateado,mas tens de aprender que às vezes tens de esperar um pouco está bem?-ela olhou-me,agora já não chorando,mas ainda com os soluços.-Eu ia acabar por te ajudar só queria que esperasses um pouco.

Carolina-Mas a mãe não briga comigo assim.

Rúben-Eu sei,eu peço desculpa.Não vais ficar chateada pois não?-ela acenou com a cabeça em sinal negativo,e depois de o fazer deu lhe um leve beijo na nuca.

Carolina-Ajudas me a procurar a minha boneca?-lembrei-me do jogo,mas a miúda olhava –me de uma forma  que depois do que lhe disse,voltar a “magoá-la” seria um grande erro,e por isto disse –lhe que “sim”.Encontramos a boneca caída do outro lado da cama,deveria ter caído durante a noite.Ela pegou na boneca e foi comigo até à sala.

Ao lá chegarmos ela esticou os braços,como pedindo para ir para o meu colo.Sentei-me reparei que o resultado continuava o mesmo, e coloquei-a nos meus braços.


O jogo terminou e os miúdos já dormiam,enquanto quem não parecia estar muitos cansado era o pessoal e perguntaram me se poderiam jogar um pouco e disse-lhes que não havia problema.

Rúben-Vou só deitar os miúdos.

Coloquei a Carolina no seu quarto e voltei para a sala para ir buscar o Simão.Ao voltar reparei que eles já jogavam,e cada vez mais se faziam sentir “em casa”…

Rúben-Oh pessoal não é por mal,mas a Rita não vai achar piada a estarem com os pés sobre a mesa da sala.-eles olharam-me e depois  fizeram o que,indirectamente,pedi.

Rui-Pronto mano,não queremos te dar problemas.

Filipe-Só te falta o avental,mano.

Rúben-Não é isto,mas conheço a Rita e sei que ela não gosta destas cenas.

Mauro-Rita para cá,Rita para lá.Mas é ela que te manda,mano?

Rúben-Nada disto,só que agora que vivemos juntos é diferente.-eles fizerem uma cara como se estivessem a controlar a vontade de rir.

Rui-Olha que se há uns tempos me dissessem que ias tar a ver um Real Madrid ,Barcelona a adormecer uma miúda de cinco anos eu dizia que era mentira…vocês já parecem um casal casado ou assim.

Rúben-Vocês não falem do que não sabem,eu e a Rita estamos bem e é isto que me interessa.

Mauro-Também não precisas ficar assim,mano.Anda mas é jogar um bocado que passa-te a azia toda.

Eles não me queriam ver chateado,nem eu me queria chatear com o pessoal,muito menos por umas “bocas” só porque agora vivia com a Rita.Então levei o Simão,que ainda dormia na sala ,para o seu quarto e depois sentei-me com eles para jogar um pouco.

(Rita)

O dia tinha sido extremamente longo,estava muito cansada e só queria chegar a casa e poder tomar um banho,jantar,estar com os miúdos e o Rúben.

Sai do Caixa um pouco mais tarde do que o habitual,e ainda passei no super mercado,já que sabia que precisava de fazer umas comprinhas lá para casa.


Ao chegar a casa,achei estranho o que ouvi..pois quando chegava ao meu “cantinho” era ou a voz do Rúben,ou dos miúdos que ouvi,mas neste caso nada nisto..apenas umas vozes masculinas que não me pareciam familiares.Ao ouvir a voz do Rúben no meio das horas,chamei-o.

Rita-Rúben!-falei ainda com os sacos na mão,perto da porta.

Rúben-Na sala,amor.

Fui até à sala e ao lá chegar fiquei bastante surpreendida com o que encontrei.

Rita-Boa noite…-por mais incrível que seja foi  única forma que encontrei de “disfarçar” estar
surpreendida,se bem que achei não ter feito lá um bom trabalho.

Rúben-São uns amigos meus,e o meu irmão que vieram cá jantar.-ele depois apresentou-me a cada um deles,que tinham um sorriso e mostravam estar bastante confortáveis.Olhava para as mãos deles e reparei que tinham o comando daquela coisa dos jogos na mão,e ao olhar para a televisão vi que estavam que nem rapazes de 11 anos a jogar.A mesa da sala estava num estado terrivel.Com caixas de pizza por todo o lado,copos com cerveja ….ou seja tinham se colocado à vontade.



Rita-Rúben se não te importas podemos falar?-apontei para a cozinha.

Rúben-Ah claro.-deu o comando a outro dos seus amigos,peguei nos dois sacos e fomos para a cozinha.

Rita-O que se está a passar?

Rúben-Já te disse vieram cá jantar.Houve um jogo,vimos cá em casa e agora estamos a jogar.Mas estás chateada?

Rita-Tu já viste o estado em que está a sala?!

Rúben-Amor eu depois ia arrumar.

Rita-Os miúdos?

Rúben-Jantaram e estão a dormir.

Rita-E o jantar deles foi pizza como é óbvio não é?!-não me respondeu porque achava que a resposta era óbvia.-Rúben esta é umas das primeiras noites que estamos os 4 a viver juntos e trazes amigos cá para casa sem me avisar e ainda por cima deixas a sala naquele estado…

Rúben-Desculpa não te ter avisado.

Rita-Eles podem cá vir,mas tens de me avisar.Vivemos juntos,e não quero ter “surpresas” como estas quando cá chegar.

Rúben-Pensei que não te fosses importar…

Rita-E não me importo,só quero que me avisas.Cá em casa não vivemos apenas nós os dois,temos também os miúdos,e isto só mostra que há mais responsabilidades .Eles são pequenos e não precisam de estar no meio destas jantaradas com os teus amigos,muito menos quando eu não estou cá em casa.Como disse eles podem cá vir,mas tens de me avisar,porque assim posso mesmo sair cá de casa com os miúdos e deixar-vos mais à vontade.Tudo com ordem..é só isto que te peço.

Rúben-Os meus amigos não são nenhum bando de rapazes de 17 anos,sabem-se comportar.

Rita-O que eu sei é que a sala está num jeito terrível, os miúdos jantaram pizza,por isto só me avises para a próxima se faz favor.

Rúben-Está bem,se quiseres posso lhes dizer para irem bem.

Rita-Rúben não precisas ficar assim.-coloquei os meu braços em volta do seu pescoço.-Só o disse porque quero que entendes que agora que vivemos todos juntos,há certas coisas que tem de ser faladas.-ele sorriu e encostou os nossos lábios.-Bem vou tomar um banho.-disse aquilo depois de o beijar,mas não me afastei.

Rúben-Ai sim?

Rita-Humm,e tu bem que podias me ir fazer companhia..já que os miúdos estão a dormir.

Rúben-Mas o pessoa..-dei-lhe aquele olhar,pois nem deveria considerar isto.-Digo que nos vamos deitar.-voltou a sorrir e beijou-me.

(Rúben)

A Rita foi para o quarto,enquanto eu tinha de por “porta fora” aqueles três caramelos.

Rúben-Pessoal já está a ficar tarde…

Mauro-Tarde?-disse depois de olhar para o relógio.-Agora deitas-te com as galinhas é?

Filipe-Mano deixa-te de stresses e vem mas é jogar um bocado.

Rúben-A sério,a Rita está cansada.

Rui-Pelos os vistos ainda tem energia suficiente não é mano?-eles riram.

Rúben-Vá ponham-se mas é a andar.

Eles entre bocas,desligaram o jogo e foram andando até à porta,e ainda fazer ouvimos o chuveiro a ser ligado.

Rui-Ui que ela chegou com o power todo.-riram.

Mauro-E depois dizes que não nos estás a despachar.Queres é ir tomar banho acompanhado…

Rúben-Vá.-abri a porta.-Falem menos e andem mais.

Como é óbvio não se calaram por ali,mas acabaram por sair.Fui rapidamente à sala fechar as caixas de pizza,dei uma  breve olhadela nos miúdos e ao ver que eles dormiam,comecei já a por me pronto para o banho.

Podemos estar juntos ,sem qualquer “barreira”,não teria de andar com presas pois agora morava aqui em casa.Os miúdos dormiam,que nem dois anjos ou seja a Rita não tinha qualquer preocupação…Apenas nos os dois.

XXX

Ao ir tomar o pequeno almoço,passei pela taça das chaves cá de casa e isto vez me lembrar a vontade da minha mãe de querer uma chave cá de casa.Ainda não tinha falado disto à Rita,e já tinham passado alguns dias;a minha mãe da próxima vez que me visse ia falar deste assunto e o melhor mesmo era ter uma respostas ,e apostava que já saberia qual era,mas tinha de perguntar à Rita na mesma.

E como a vi,ainda de roube na cozinha,bem cedinho pela manha a preparar o nosso pequeno almoço…iria fazê-lo agora.

O que irá a Rita responder?


domingo, 25 de agosto de 2013

Capitulo 46-"E quando vais dar a chave à mãe?"


(Rúben)

Rúben-Estas malas são para levar para a casa da Rita.-ela olhou-me com um ar confuso.

Mãe-Porquê filho?

Rúben-Porque.-fiz uma breve pausa e olhei para a minha mãe.-Porque eu vou viver lá para casa.

Mãe-Tu vais o quê,Rúben?

Rúben-Vou viver com a Rita e com os miúdos.-como era óbvio que aquela conversa não ia correr bem,virei-me e fui até ao meu quarto para continuar a tirar a minha roupa do roupeiro.

Mãe-Mas eu quero saber porquê,Rúben?-quando cheguei ao quarto,reparei que ela tinha vindo atrás de mim.

Rúben-Porque eu e a Rita queremos dar este passo,acho que estamos juntos à tempo suficiente.

Mãe-O tempo não quer dizer nada Rúben,nada!Devias ter a certeza antes de te mudares para a casa daquela mulher…especialmente com aquelas crianças,ainda se vão pensar que vais para lá para ser pai deles e depois mais tarde só vai causar problemas.

Rúben-Mãe,os miúdos sabem muito bem quem é o pai deles,e que eu não o vou substituir.Os miúdos já sabem que eu vou para lá viver,e gostaram da ideia porque eles já me aceitaram como seu padrasto.-ela fez uma cara como se tivesse dito um valente palavrão.

Mãe-Nem digas isto filho!

Rúben-Mas porquê mãe?!É isto que sou para eles.

Mãe-Tu sabes que podes arranjar outra mulher,que irá dar filhos.Não que já os traga com ela.

Rúben-Eu amo a Rita,e pela milésima vez eu não quero discutir isto com a mãe.Porque esta coisa de a mãe achar que a Rita não é a mulher ideal para mim,e aproveitar cada oportunidade para a colocar para baixo tem de acabar..Estamos bem,e o convite dela para eu ir viver lá para casa foi apenas um passo natural na nossa relação.

Mãe-E agora quando eu te quiser ver?

Rúben-Vai lá a casa.A Rita não tem nada contra a mãe,e acredito que não lhe vai proibir de lá ir.

Mãe-E o teu apartamento?

Rúben-Por agora vou continuar com ele,mas depois logo vejo.

Mãe-Eu só quero o melhor para ti Rúben.-olhei-a.-Gostava de te ver com uma família como deve ser…casado,com filhos do teu sangue.

Rúben-Eu tenho uma família,amo a Rita tanto como qualquer outro casal casado ou até mais,e a minha relação com os miúdos nem merece ser questionada,por isto acho que é mais do que suficiente para a mãe ficar satisfeita.

Mãe-Se estás feliz eu vou ao menos tentar ficar feliz por ti.-aproximou-se.

Rúben-Obrigada.-para muitos aquilo não era o esperado,mas dado que a minha mãe tinha aquela opinião quanto à Rita já era muito bom.

Mãe-E quando vais dar a chave à mãe?

Rúben-Chave?

Mãe-Sim,sempre tive uma chave aqui de casa ,agora por ires para a casa da Rita isto vai mudar?

Rúben-Mãe as coisas agora mudam um pouco.Não vou estar a viver sozinho,estou com a Rita e com os miúdos.

Mãe-Mas isto não quer dizer que eu deixo de ser tua mãe.

Rúben-E eu sei,mas não lhe posso dar uma resposta já…tenho de falar com a Rita.-fechei mais uma das malas.

Mãe-Neste caso posso já esperar que ela nem considere esta ideia.-olhei-a.-Pronto vou tentar não continuar,mas a verdade é que são poucas as  hipóteses de ela me dar uma chave lá de casa.-eu concordava a 100% com a minha mãe,mas por agora  era melhor nem o dizer.

Rúben-Vamos esperar e ver.

Ela ofereceu-se para me ajudar,e colocamos toda a minha a roupa pronta para levar.Como de seguida ia para o treino despedi-me da minha mãe e fui para o Caixa.

Antes do treino fiz uma pequena paragem,na recepção pelos óbvios motivos.

Rúben-Boa tarde.-disse ao colocar os meus cotovelos sobre a secretária.Ela olhou-me com um sorriso.

Rita-Boa tarde.-fiz um pequeno “esforço” e ao inclinar-me para a frente,beijei-a.-Está já tudo prontinho?

Rúben-Sim já,a roupa está já toda no carro.Tenho só de voltar ao apartamento para ir buscar umas coisas.

Rita-Humm,óptimo.-sorriu.-Então quando saíres daqui vais até lá a casa?

Rúben-Sim vou,queres que vá buscar os miúdos?

Rita-Não deixa estar,quando sair daqui passo por lá.Tu ias era até casa e começavas a preparar o jantar…

Rúben-Tenho outra escolha?!-ela sorriu.

Rita-Claro que tens,mas só te dou uma pequena sugestão.

Rúben-Pois,pois.

A “sugestão” dela foi mais entendida como uma “ordem” e depois do treino ao voltar,ao que agora seria a minha casa,comecei a preparar o jantar.

Trouxe apenas duas malas até ao nosso quarto,pois tinha agora imenso tempo para por tudo em ordem e queria a ajuda da Rita,até porque iria precisar que a Rita fizesse algum “espaço” para as minhas coisas.

Enquanto a massa cozinha,comecei a tirar os pratos e a colocar a mesa;fiquei “entretido” nos meus pensamentos,especialmente naquilo que a minha mãe me tinha dito sobre querer uma chave de emergência.
Em minha casa não me importava de lha dar,agora cá em casa era outra coisa.E tal como a minha mãe tinha dito,era poucas as hipóteses de a Rita dizer que sim.

Ouvi a porta a abrir,e logo de seguida uma grande correria com a voz da Rita a chamar tanto pela Carolina como pelo o Simão.Ela disse para eles irem até ao quarto e arrumarem as mochilas.

Rita-Estou a ver que seguiste a minha sugestão.-olhei para a porta,e via com um sorriso,aproximou-se e beijou-me.Depois de o fazer viu o que tinha preparado para o nossa jantar.-Vi que já tens algumas malas lá no quarto.

Rúben-Sim,mas tenho mais no carro.Depois trago até cá cima.

Carolina-Quando vamos jantar?-entrou na cozinha,acompanhada pelo o Simão.

Rúben-Está quase,falta pouco.

Simão-Podemos já sentar?-olharam-me.

Rúben-Sim claro.-o Simão lá desenrascou sozinho,quanto à Carolina puxei a cadeira e logo depois ela sentou-se.

Rita-Bem eu vou só tomar um banho rapidamente e já volto.-deu-me um leve beijo e saiu.Os miúdos perguntaram se podiam ajudar,mas como não queria que eles estivessem perto do fogão disse-lhes que era melhor ficarem sentados.

O tempo ia passando a e a verdade era que nunca achei ter encontrado um tempo ideal para falar com a Rita sobre o que a minha mãe me tinha dito hoje à tarde.E por isto apenas,tratamos da minha mudança para cá.


XXX

Ontem tinha trazido parta da minha roupa mas não toda,logo ao sair do meu ultimo treino passei pela casa da Sónia e trouxe os miúdos para irmos até casa,já que havia ainda malas para desfazer.


Carolina



Simão



Coloquei o lanche deles na sala,e enquanto viam televisão iam comendo;já eu estava no quarto a desfazer as malas.

Recebi uma chamada do meu irmão entretanto,queria saber por onde eu andava já que hoje haveria um grande jogo e ele  pretendia fazer uma “jantarada”…só que como tinha feito esta mudança,sem o seu conhecimento apanhei-o um bocado de surpresa.Mas isto não me impediu de o convidar para vir até cá a casa.

Se agora esta passava a ser a minha casa não havia qualquer razão para não o fazer.Como iria ter “convidados”,arrumei mais um pouco a roupa e depois arrumei o resto das malas que faltava.
Na cozinha vi o que tinha para comer,e como tínhamos estado o dia todo fora não havia grande coisa.Logo pôs-me ao trabalho…não iria ser propriamente um jantar e por isto mesmo apenas abri uns sacos de aperitivos,sumos ,coisas deste género.

Carolina-Para que é isto tudo Rúben?

Rúben-Daqui a pouco vai dar um jogo importante na televisão.

Carolina-E tu não vais jogar?-sorri e olhei-a.

Rúben-Não,não.É de Espanha…mas queres me ajudar?-ela acenou com a cabeça em sinal afirmativo.

Dei-lhe as taças  mais leves e ela ia as levando até à sala.O irmão a ver também teve a ideia de vir me ajudar.Ao tocarem à campainha os miúdos olharam-me,pois mesmo não sabendo quem vinha estavam curiosos.

Fui abrir a porta com eles sempre à minha beira.

Mauro-Então mano,mudas de casa e nem avisas?!

Filipe-Querias te ver livre aqui do pessoal era?!-os miúdos estavam no canto,perto do móvel a olharem para a “comitiva” que tinha acabado de entrar,com um ar incrédulos.Nunca tinham vistos tanto o meu irmão como os meus amigos,e não era habitual a Rita trazer homens cá para casa.

Rúben-Que engraçados,mas não, vim viver com a Rita.-eles pararam ao ver os miúdos.

Rui-Quem são estes miúdos?

Rúben-São os filhos da Rita.

Eles sabiam que a minha namorado tinha dois filhos mas nunca os tinha conhecido,logo os próximo segundos foram um poucos “desconfortáveis”.Eles seguiram para a sala,mas antes cumprimentaram os miúdos que o fizeram também ,mas meio envergonhados.

Eles sentaram-se e os miúdos vieram também até à sala mas encostaram-se ao lado do nosso sofá a olharem-nos.

O pessoal,já coma cervejinha na mão e como se estivessem em sua própria casa,puseram conversa com o Simão.

O miúdo falava de jogar no Benfica…até da sua “lesão” falou.Enquanto a Carolina aproximava-se de vez em quando para comer ou beber sumo.Ia também assistindo ao jogo mas não tinha qualquer interesse naquilo.
Ao certo ponto,já o puto estava “no meio de nós” e ela “desapareceu”,dizendo-me antes que ia ao quarto.Voltou pouco depois,no inicio da segunda parte do jogo,chegou perto de mim e falou.

Carolina-Rúben não encontrou a minha boneca.-falou com uma cara que mostrava que ela estava cheia de sono.

Rúben-Já te vou ajudar a procurar,deixa só o jogo acabar.

Carolina-Mas falta muito Rúben…-falou com um tom de voz impaciente.

Rúben-Carolina esperas se faz favor.-falei olhando para a televisão.

Carolina-Rúben mas eu preciso agora.-colocou-se na minha frente.-Rúben vá lá!-disse num tom de voz mais alto..

Rúben-Carolina eu já disse que agora não!-elevei o meu tom de voz,de uma forma que nunca tinha feita com ela,nem com o irmão nem mesmo com a Rita.Assim que terminei de falar,ela deu me aquele “biquinho” e logo depois pôs se a chorar,virou costas e fui para o seu quarto.O pessoal e os miúdos olhavam-me,pois tanto eu como eles ficamos sem saber que dizer ou fazer…

Rui-Deixa estar....ela deve voltar daqui a pouco.

Mauro-É mano,aquilo depois passa-lhe.-olhei em direcção ao quarto dela,e não consegui ficar ali 
sentado.Coloquei o meu copo sobre a mesa.

Rúben-Já venho.

Conseguirá o Rúben resolver este “problema”?


Olá meninas! :)
Gostava que deixassem as vossas opiniões,para saber se estão a gostar do rumo da historia,pode ser? ;)
Beijinhos para todas.
Rita


sábado, 24 de agosto de 2013

Capítulo 45: "Se ele vai mudar para a tua casa quer dizer que vocês já pensam em ter filhos?"


(Rita)
Rita-Como já tens o teu cantinho lá em casa achei que fazia sentido teres  também a chave lá de casa.

Rúben-A chave?-reparei que tinha ficado surpreendido.

Rita-Sim.-sorri-lhe.-Ou não a queres?

Rúben-Não,não é isto.É só que não esperava que ma desses .

Rita-Eu confio em ti Rúben.-ao voltar a sentar-me,coloquei a minha mão sobre a sua.-E estou completamente confortável a tomar este passo, acho que  tu também o deverias ficar.Afinal já estamos juntos à algum tempo,os miúdos estão mais do que habituados a conviver contigo e como já disse ,até já tens algumas das tuas coisas lá em casa.

Rúben-Mas queres a chave cá de casa também?

Rita-Claro que não,dou-te a minha porque quis mais nada.Alias se quiseres podes ter mais do que chave…

Rúben-Ai posso?-ele deu-me um sorriso que reparei logo que tinha entendido aquilo de outra forma…acabando por me fazer sorrir também.

Rita-Podes.-não lhe disse o contrário pois tinha alguma piada,este seu “erro”.

Rúben-Neste caso.-ele num movimento rápido colocou-me no seu colo ,e fiquei sobre a mesa.

Rita-Rúben.-ele olhou-me.-o que quis dizer foi que podias levar tudo o que é teu lá para casa.

Rúben-Tudo o que é meu?

Rita-Tu hoje não estás mesmo nos teus dias?!Podes te mudar lá para casa.-ele pensou no assunto durante uns rápidos segundos e depois olhou-me.

Rúben-Achas que os miúdos iam se importar?

Rita-Claro que não.Tu vais lá todos os dias,ficas lá a dormir,jantas com connosco , tomas conta deles…não há qualquer razão para se importarem.-coloquei os meus braços em volta do seu pescoço, e aproximei os nossos lábios.-Só preciso de saber se tu te importas .-sorri-lhe.

Rúben-Eu não me importo nada.-ele sorriu,e logo depois juntou os nossos lábios por breves segundos.

Rita-Optimo,assim vais estar por perto mais vezes.-falei com os nossos lábios praticamente colados,ele sorriu,e logo depois voltei a juntá-los.

Sai de cima da mesa,com a sua ajuda e depois terminámos de jantar.Como o Rúben tinha roupa suficiente em minha casa,nem precisei de esperar que ele fizesse uma pequena mala.Apenas nos vestimos,e fomos buscar os miúdos voltando de seguida para a minha casa.

Como os miúdos já vinham no carro a dormir não lhes dizemos nada sobre o Rúben se mudar cá para casa,ficaria para o dia seguinte.


XXX

Com o pequeno na mesa,e os miúdos vestidos ao ver o Rúben chegar à cozinha,levantei-me e falei-lhe ao ouvido que agora seria uma boa altura para lhes contar.O Rúben concordou,sentamos-nos e falei.

Rita-Meninos a mãe tem uma coisa para vos dizer.-eles comiam os cereais e não pareciam estar interessados,mas mesmo assim continuei.-O Rúben vem viver connosco.

Simão-Fixe.-olhou para o Rúben e depois para mim com um grande sorriso.O Rúben,com um sorriso,passou-lhe a mão pelo cabelo.

Carolina-Onde ele vai dormir?

Rita-Vai dormir com a mãe.-o Rúben olhou-me como se soubesse que vinha problema.

Carolina-Mas se a mãe e o Rúben estive.

Rúben-Não vai haver bebés Carolina.-o Rúben interrompeu-a, para por alguma ordem.-Eu e a tua mãe só queremos estar mais tempo juntos ,está bem?E eu já passo muito tempo com vocês por isto não precisas ficar assim.

Simão-É,vai ser fixe.-o Simão era ,sem dúvida, quem tinha ficado mais entusiasmado co esta ideia.

A Carolina olhou para o Simão e por o ver tão entusiasmado acabou por não falar mais no assunto.

Tomámos o pequeno almoço e de seguida pedi aos miúdos para irem buscar as suas mochilas.

Carolina
 
Simão
 
Rita
 

Rúben-Achas que comece hoje já a trazer as minhas coisas para aqui?

Rita-Sim,claro.

O Rúben ia manter o seu apartamento logo,a única coisa que devia trazer aqui para casa era a sua roupa e claro algo que tivesse algum valor especial.

Fomos todos no meu carro,deixei primeiro os miúdos com a Sónia e de seguida fui até ao Caixa.

A chegar à hora de almoço,peguei nas minhas chaves e fui buscar a minha mãe e o meu pai pois tinha combinado com eles almoçarmos para por a conversa em dia.

Mãe-Como tens estado,Rita?-a minha mãe queria mesmo saber como eu estava,já o meu pai ia olhando em volta,como se não tivesse grande interesse.E estivesse ali apenas por estar.

Rita-Bem,muito bem.

Mãe-E os meninos?

Rita-Também.

Pai-Não vais lhes inscrever no infantário?-olhei para o meu lado,sendo que estranhei ouvir a voz do meu pai.

Rita-Sim, vou.Agora neste ano escolar.

Pai-Hum…E o George,quando chega?

Rita-Ainda não me disse,mas deve ser no próximo mês,ou assim.

Mãe-Já sabes que tens de lhe levar a jantar lá em casa.-todas as vezes que o George cá vem a minha mãe gosta de fazer um pequeno jantar lá em casa.É que mesmo sendo para muitos a relação do George com a minha família “estranha”,nos mantínhamos estas “tradições”.

Rita-Claro,mãe.Até mesmo porque ele sempre que cá vem não espera outra coisa.

Pai-E o trabalho?

Rita-Vai bem,o habitual.-fizemos uma breve pausa na conversa para fazermos os nossos pedidos, e quando o empregado se afastou achei que seria a oportunidade perfeita para lhes contar sobre a mudança do Rúben lá para casa.-Tenho algo para vos contar.-sorri.-O Rúben vai ir viver lá para casa.

Pai-Como?

Mãe-A sério filha?-o meu pai teve a reação do tipo “o quê?!”, e a minha mãe ficou extremamente feliz…ou seja as reações foram opostas.

Rita-Sim,sim.Ele já tem a chave e tudo.

Pai-Podes me explicar isto melhor,se faz favor Rita!

Mãe-Por amor de Deus.-tocou na mão do meu pai.-Fala baixo,e acalma-te homem.

Pai-Eu estou calmo.-olhou-me.-Só quero é saber muito bem isto de ele se mudar lá para casa.

Rita-Pai eu e o Rúben já somos dois adultos,e como já estamos juntos à algum tempo,acho que estamos prontos para tomar este passo.

Pai-Prontos para tomar este passo?!-repetiu o que eu tinha dito quase como a gozo.-Tu tens dois filhos não podes por um homem,que não é o pai deles,lá a viver como se nada fosse.

Rita-Eu e o Rúben não nos conhecemos ontem,estamos juntos à quase um ano,os miúdos gostam imenso dele,e nem se opuseram quanto a ele ir viver lá para casa,não há qualquer problema.

Pai-Nos dias de hoje nenhuma relação é para sempre,e depois se tu e o Rúben se afastam por a mínima coisa quem vai acabar por sofrer é os miúdos.

Rita-Por favor pai,os miúdos estão muito bem,tal como eu e o Rúben.E acredite que não dava tal passo senão tivesse a certeza que não me ia arrepender no futuro.

Pai-Se tens tanta certeza na tua relação com o Rúben porque não há um casamento?-eu tinha escolhido ter os miúdos desta forma e os meus pais tinham me apoiado, mas se havia coisa que eles não tinham esquecido era do que ainda é considerado “tradicional”…E mesmo tendo eu “saltado” estas “etapas” eles sempre ansiavam por elas.

Rita-Pai por favor…

Mãe-Nisto tenho de concordar com o teu pai.-como é obvio a minha mãe tinha de se ir por no lado do meu pai,já que concordava completamente com ele.-Se achas que o Rúben é a pessoa certa,o mais correto é oficializar.

Rita-Mas qual oficializar?!Eu e o Rúben estamos mesmo muito bem,com ou sem uns papeis sem qualquer significado.

Pai-Para nós tem muito significado,para os teus filhos e deveria ter também para ti.

Rita-O pai e a mãe que metam uma coisa na cabeça,eu e o Rúben estamos muito bem como estamos.Podemos um dia até nos casarmos,quem sabe…mas  por agora não o quero,e o Rúben também não demonstra o querer.Por isto vamos ficar assim,como estamos.-voltou a cair um “silencio” sobre a nossa mesa,pois o empregado veio trazer as nossas bebidas e as entradas.Ele  afastou-se e voltei a encarar o olhar dos meus pais.

 Pai-Sabes que eu te apoio eu qualquer decisão,só te peço para teres sempre em atenção os teus filhos.

Rita-É obvio que tenho sempre em atenção os miúdo.- interrompi-o.

Pai-Então não digo mais nada.-o meu pai pegou nos talheres,como se aquilo simbolizasse que fosse mudar de assunto e aquilo do casamento estivesse “morto e enterrado”.

Mãe-Se ele vai mudar para a tua casa quer dizer que vocês já pensam em ter filhos?-eu olhei-a,mas quem também o fez foi o meu pai..mas de forma .

Rita-Mãe eu e o Rúben não falamos nisto.

Mãe-Mas porquê?

Pai-Porque ela tem dois filhos já.-olhou-me.-Tu sabes muito bem que quando decidiste que isto ter os miúdos sem ter o pai presente,que isto de teres mais filhos não é assim tao fácil.

Rita-A única razão para eu não ter filhos,é porque eu e o Rúben não temos falado nisto…porque eu gosto imenso de crianças e também o Rúben.E tal como o casamento se alguma vez  for algo que queremos, vamos ter filhos.

Pai-Tu lá sabes o que deves fazer,eu só quero que os miúdos fiquem bem.

Rita-Esta é ,e será sempre uma preocupação minha ,pai.

Os meus pais pareciam estar mais convencidos,mas mesmo assim de vez em quando mostravam estar um pouco “preocupados” quanto a isto de o Rúben se mudar lá para casa.

Mas eu  queria mesmo dar este passo com o Rúben,e a prova que o que estava a fazer era certo foi que os miúdos não demonstraram estar “contra”, e até a Carolina pareceu ficar entusiasmada.

(Rúben)

A Rita disse-me que iria almoçar com os pais,e como ontem tínhamos decidido que eu iria lá para casa hoje tive de ir buscar mais umas coisas a minha casa.Como ia manter o meu apartamento,ia levar só a minha roupa e mais algumas coisas.

Depois do almoço fui ao meu quarto, ia tirando a minha roupa do roupeiro e colocava dentro de umas mochilas.

Ao encher as malas com as roupas ia colocando-as perto da porta,numa das vezes que lá fui por uma das malas ouvi tocarem à campainha.Abri a porta e vi que a minha mãe me vinha fazer uma visita.

Anabela-Para que é estas malas filho?-falou depois de me cumprimentar.

Olhei para as malas e só de pensar que teria de contar à minha mãe as “noticias” fiquei quase sem palavras….

Irá o Rúben contar à sua mãe que se irá mudar para a casa da Rita?




E se sim,como irá ela reagir?

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Capitulo 44: "Rúben primeiro conheces o George e depois julgas ,sim?"


(Rúben)
Hoje não tinha sido um grande dia,e como tal voltei para casa depois de umas breves compras,só mesmo para ter o necessário para cozinha alguma coisa.Arrumei aquilo e comecei a fazer o jantar.

Enquanto preparava algo para comer tocaram à campainha,fiz uma pequena pausa e fui abrir a porta.

Rúben-Oi..-vi a Rita,o que não esperava mesmo nada.

Rita-Não vou poder entrar?

Rúben-Claro.-desviei-me e ela entrou até à cozinha.

Rita-Já jantaste?

Rúben-Não,ainda não.

Rita-Como correu o dia?-ia mexendo no que ia preparando para o jantar.

Rúben-O habitual.

Rita-Está tudo bem com o teu telemóvel?

Rúben-Sim,está.Mas porquê?

Rita-Porque não deste sinal de vida…

Rúben-Mas também não disseste nada.-falei sem lhe olhar.

Rita-Oh Rúben…podes me dizer se...Rúben!-como não lhe olhava ela voltou a chamar-me.-Importas-te de pelo menos me olhar enquanto eu estou a falar contigo?!

Rúben-Diz lá.-parei o que estava a fazer e olhei-a.

Rita-Tens estado mesmo muito estranho comigo,fiz alguma coisa?

Rúben-Não,não fizeste nada.

Rita-Então aconteceu alguma coisa nos treinos ou assim?

Rúben-Não,não.

Rita-Rúben,eu conheço-te.-aproximou-se de mim.-Diz-me o que se passa.

Rúben-Deixa-me fazer te só uma pergunta.

Rita-Está bem.

Rúben-Tens algo para me contar?-ela ficou alguns segundos a olhar-me como sem saber o que se passava,mas acabou por me dar uma resposta.

Rita-Ah..não.Porquê?

Rúben-Deixa estar.

Rita-Rúben esta coisa não vai ficar assim diz lá o que tens.-afastou-me do fogão e ao encostar-me perto à mesa , ficando frente a frente.- Diz o que querias saber mesmo.

Rúben-Para quê Rita?!Pelo os vistos nem vale a pena.

Rita-Claro que vale a pena,eu quero saber.Não vou sair daqui até me dizeres,vá.-eu olhei-a e por segundos não falei,ela olhava-me aguardando algo da minha parte,mas mantinha me calado.Com os braços cruzados mantinha encostada a mim,levando-me a falar

Rúben-Ontem quando estava em tua casa,a Carolina disse me uma coisa.

Rita-Isto é por causa da Carolina?-olhou-me surpreendida.-Rúben sabes como ela é,e como tem agido contigo,com o tempo vai mudar,só tem.

Rúben-Ela falou-me do pai deles.-interrompia, deixando-a a olhar-me.

Rita-Ela o quê?

Rúben-Foi o que ouviste.

Rita-Mas não é nenhuma novidade tu sabes muito bem tudo o que envolve o pai dos miúdos.

Rúben-Olha que não,pelo os visto não sabia que ele os vinha visitar agora no Verão.-ela notou que eu tinha ficado chateado.

Rita-Oh Rúben eu ia te contar.

Rúben-Quando Rita?!Quando o pai dos teus filhos já estivesse lá em tua casa?

Rita-Estás a dramatizar por algo tão simples…

Rúben-Como queiras Rita,se achas que não tenho razões pronto.-tentei sair dali mas não consegui,pois ela não me deixou.

Rita-Tu sabes muito bem que ele vem apenas ver os miúdos,mais nada.

Rúben-Ele fica lá em casa?

Rita-Ás vezes…mas isto não quer dizer nada.-colocou os seus braços sobre o meu peito.-Ele é também um amigo,e não tens razões para ter ciúmes de um amigo meu.

Rúben-Mas não é um amigo qualquer qualquer..ele é o pai dos miúdos.

Rita-Exacto,mas nunca irá acontecer nada entre nós  por causa disto.Ele vem ver os miúdos,porque quis estar presente de alguma forma,os miúdos gostam imenso de ver o pai e mais nada.

Rúben-Eu só não quero que um homem qualquer, que passa quase um ano sem ligar aos filhos venha os ver como se nada fosse,tens de admitir que o gajo nem se dá ao trabalho…

Rita-Rúben primeiro conheces o George e depois julgas ,sim?

Rúben-Sim,porque quero ver quem é este homem.-ela riu.

Rita-Descansa,ele só cá vem mesmo para ver os miúdos.

Rúben-Isto vou concluir quando o conhecer.Mas o que queria saber foi porque cá vieste?-como ela me deu finalmente “permissão” desfiando-se ,voltei para o fogão.

Rita-O que achas queria resolver as coisas contigo.Andavas cá de uma maneira.

Rúben-Talvez quando o conhecer não me incomode tanto a ideia de o pai dos miúdos vir cá vos visitar…-peguei na colher de pau e coloquei dentro do taxo ,para depois mexer.-Ele fica cá quanto tempo?Uma duas ,duas semanas?!-não ouvi resposta da Rita,como se estivesse a falar para as paredes.Continuei a mexer,mas voltei a falar.-Rita!-olhei para trás e por cima do ombro vi-a com um sorriso de orelha a orelha (como se a desafiar-me) quase completamente de costas para mim,com as mãos na cintura,puxando as calças para baixo.-Ri..Rita…-ela tirou as calças,atirou-as para um canto da cozinha e saiu,mas sem antes me olhar,com aquele sorriso. 


Apaguei o lume,pois agora nem queria saber do jantar,sai da cozinha e ao fazer encontrei a camisola dela mesmo a dois passos da porta da cozinha.Ao passar pela sala encontrei no chão o seu soutien,abaixei-me peguei neste e ao levantar-me voltei a chamar por ela.-Rita!-ouvi o seu riso e continuei a andar,ao chegar perto da porta do meu quarto encontrei mais uma “pista” deixada por ela..a peça de roupa que ainda restava no seu corpo.Abri a porta e quando o fiz,encontrei-a a deitar-se na cama,mas antes de o fazer fez um, pequeno gesto para me juntar a ela. 


Rúben-Está tudo bem?-estava um bocado surpreendido por esta iniciativa da Rita.

Rita-Vai ficar melhor se vieres até aqui.-sorriu.Não perdi tempo tirei a camisola e fui ter com ela.

Depois de nos amarmos ela ficou com a sua cabeça pousada no meu peito,enquanto eu ia mexendo nas madeixas do seu cabelo.Por estarmos em silencio,acabei por me lembrar de algo que costuma estar bastante “presente”.

Rúben-Onde estão os miúdos?

Rita-Ficaram com a Sónia.-levantou a cabeça.-O que estavas a preparar?

Rúben-Bacalhau de natas.

Rita-E está pronto?

Rúben-Por a menina vir até aqui a provocar ,ainda não.-ela sorriu.

Rita-Entâo eu vou terminá-lo e jantamos.-levantou-se.-Importas-te que use uma das tuas camisas ?

Rúben-Nop.-ela pegou numa t-shirt minha e colocou sobre a cama.-O teu soutien está ali.-apontei para o móvel no meu quarto onde tinha colocado o soutien dela.-Para a próxima não o deixes assim pela casa.-ela olhou e sorriu.Vestiu e quando estava apenas de roupa interior e com a minha camisola foi para a cozinha.Levantei-me também e de boxers ao seu encontro.

Já faltava pouco para o bacalhau ficar pronto,e ela tratou de fazer tudo o resto.Coloquei a mesa e sentámo-nos.

Rúben-Não te importas que eu faça algumas perguntas sobre este homem,assim não temos de tocar mais no assunto.-ela olhou-me.

Rita-A falar é que nos entendemos,e não com ciúmes.Por isto claro que não me importo que faças qualquer pergunta.-sorriu.

Rúben-Costuma ficar muito tempo?

Rita-Uma semana,duas no máximo

Rúben-Conheces-o à muito tempo?

Rita-Sim,conheço-o à alguns aninhos.Não são assim muitos,mas  o suficiente para ser ele o pai dos miúdos.

Rúben-Ele onde vive?

Rita-Humm-sorriu.-Ele não tem bem um local onde ficar num longo período de tempo…Viaja muito,mesmo muito.Logo passa muito tempo fora,fica em muitos hotéis ou em casas de amigos.

Rúben-Mas não é habitual ficar lá em casa?-ela riu.

Rita-Não,não.

Rúben-Ok,acho que não tenho mais nada para perguntar.

Rita-Olha que pensei que ia ser um grande interrogatório,mas enganei-me.

Rúben-O resto falo com ele com ele cá vier.-ela parou de comer e olhou-me.

Rita-Como assim?O que lhe queres dizer?

Rúben-Não,é nada de especial.

Rita-Rúben..

Rúben-Quero só ver como se comporta com os miúdos mais nada.

Rita-Humm está bem..Estiveste com a tua mãe hoje?

Rúben-Sim,passei lá no spa,mas porquê?

Rita-É só que é estranho ela não andar em cima de nós cada segundo..deve ter arranjado outra coisa para fazer.

Rúben-Rita.-ela olhou-me.

Rita-Oh Rúben desculpa,mas não podes esconder que a tua mãe nunca escondeu que não queria te ver comigo.Por isto se não te está a encher a cabeça com coisinhas,é de estranhar.Deve é estar a planear alguma.

Rúben-Ela não está a planear nada,deve foi ter percebido que estamos muito bem juntos,e que ela não tem de se meter entre nós.

Rita-Se tu o dizes.-terminei de comer e levei o meu prato até ao lava loiça.-Tu fazias era uma malinha para levares para a minha casa.

Rúben-Isto é um convite?

Rita-Tu já nem precisas de convite,alias.-levantou-se.-Por não precisares mais de convite tenho uma coisinha para ti.




O que quererá a Rita dizer com aquilo?

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

capitulo 43 - "Porque o meu pai vem ver a gente sempre no Verão"

Porque o meu pai vem ver a gente sempre no Verão

(Rúben)

Os miúdos estavam cansados e isto era visível.Cheguei a casa da Rita e posei as mochilas deles sobre o móvel que está à entrada da casa.

Rúben-Bem meninos antes do jantar vamos tomar banho.

Carolina-Oh Rúben..-só lhes apetecia ir para o sofá por isto não queriam mesmo nada ir até à casa de banho.


Rúben-Vá tem de ser.-peguei no Simão, entrelacei a minha mão na da Carolina e fui lhes dar banho.

Depois de um banho, enrolei cada um deles numa toalha e levei eles no meu colo até à cama da Rita.Sentei-os na cama e vesti primeiro a Carolina,pois ela insistiu para que assim fosse.



Simão-A minha mãe porque não tá mais a gente?

Rúben-Como já disse está a trabalhar,mas daqui a pouco tempo,já volta.

Simão-Ela vai estar aqui para jantar connosco?-acabei de vestir a camisola à Carolina.

Rúben-Sim,acho que sim.-como já estava pronta,foi até à cama e deu lugar para o Simão .Peguei no pijama dele e vesti-o.

Levantei as duas toalhas do chão para ir embora,pois agora teria de preparar o jantar…O Simão  pediu para ir até à sala ver tv e como sabia que era mesmo isto que o puto queria lá o deixei ir.

Carolina-Rúben.-ouvi uma fina mas familiar voz chamar por mim e olhei para o meu lado direito.

Rúben-Sim.

Carolina-Toma.-esticou um pente na minha direção.

Rúben-Eu não preciso disto Carolina,vá arruma que temos de ir jantar.-ia já a caminho da casa de banho quando ela voltou a falar.

Carolina-Mas a minha mãe penteia sempre o meu cabelo depois de tomar banho,por isto também tens de fazer o mesmo.

Rúben-Mas eu não sei fazer estas coisas Carolina.

Carolina-Oh Rúben mas quando a minha mãe chegar já não dá tem de ser agora Rúben.-vi que a miúda tinha mesmo este habito e eu tinha de ir na “sua conversa”.

Rúben-Anda cá então.-peguei no pente,e sentei-me na beira da cama.-Podes te sentar no meu colo.-ela olhou-me ainda com aquele constrangimento que havia desde o inicio que fazia com que ela não se “entrega-se” completamente,como se não quisesse por fim aquele “murro que sempre ali esteve”.-Sim,vá anda cá não há problema.-Ela olhando-me por cima do ombro foi se aproximando,e ao chegar perto do meu joelho esquerdo parou,como se esperando para eu lhe pegar.Coloquei os meu braços na sua cintura e exercendo alguma força,elevei-a do chão,sentando-a no meu colo.-A tua mãe faz isto durante muito tempo?-nem sabia que fazer,logo ao saber se aquilo demorava muito,ia entender se era muito complicado ou não.


Carolina-É para depois o meu cabelo ficar bonito.-falou enquanto eu passava pela primeira vez o pente no seu cabelo.-Rúben,onde está o Simão?

Rúben-Foi para a sala,ver televisão.

Carolina-O que vamos comer?-via que ficar parada em silencio não era o seu forte,logo metia conversa para passar o tempo.

Rúben-Ainda não sei,quando chegarmos à cozinha já decidimos.

Carolina-Posso te ajudar Rúben?

Rúben-Claro que sim.-peguei e coloquei-a agora sobre a minha perna direita,para poder pentear o outro lado.

Carolina-Rúben quando é o Verão?

Rúben-É daqui a uns meses,porquê?

Carolina-Porque o meu pai vem ver a gente sempre no Verão.-olhou-me com um sorriso.

Rúben-O teu pai?-foi difícil juntar aquelas palavras e coloca-las numa frase,ao ponto de ter parado o que estava a fazer,fazendo com que ela me olha-se.

Carolina-Sim,ele de vez em quando vem aqui a casa,para ver como a gente tá.

Rúben-Pois eu não sabia…-continuei a penteá-la,tentando lhe dar a entender que aquilo não tinha me afectado.-E ele vem muito tempo?-seria esquisito ter “informação” sobre este tal homem que eu já nem me lembrava o nome,logo apenas  perguntava à Carolina.

Carolina-Não é muito tempo,mas também não é pouco.

Rúben-E este teu pai,como ele é?-a Carolina olhou-me,notei que poderia estar a achar estranho as perguntas mas esqueceu tal pensamento.

Carolina-Ele é fixe,dá passeios com a gente..mas mora longe.-disse isto com alguma tristeza,mas tal como a 

Rita me tinha dito eles sabiam da verdade,logo sabia que apesar de tudo esta era a realidade.-Mas quando vem é montes de giro.

Rúben-Ele é muito velho?-não tinha só curiosidade quanto à personalidade deste homem como também ao exterior..podia ser fútil mas era impossível não o sentir.

Carolina-Não,é como tu e o David.

Rúben-Ele tem uma namorada?

Carolina-Não.-acenou com a cabeça.-Já tá?-fiquei tão preso naquilo do pai dos miúdos que ao parar de pentear apenas olhava em frente.-Rúben!

Rúben-Desculpa.-olhei-a.-Sim já podes ir.

Ela levantou-se,deu um pequeno jeito ao cabelo e foi até à porta.

Carolina-Anda Rúben,vamos fazer o jantar para a mãe.-olhei para ele e depois levantei-me.O Simão não se queria mexer mas depois de eu e a Carolina insistirmos para ele vir ajudar ele lá veio.Nem era por precisar de ajudar,mas para ele não ficar em frente da tv este tempo todo.

Eles queriam mesmo pizza…e não pararam de o dizer,logo optei por fazermos a pizza em vez de ficar sentados no sofá e mandar vir.

Durante todo o tempo que a fazíamos aquela conversa com a Carolina não me saia da cabeça.Era verdade que a Rita não tinha obrigação de me avisar quando este tal homem vinha ver os miúdos,mas como foi algo que nunca me preocupei e nem dei grande relevância,agora nem sabia como lidar com isto.Se ficar “na boa”…ou seguir a voz que me mostrava o quando me incomodava ver aproximar-se dos miúdos e da Rita o pai deles.

Por agora achei melhor não falar neste assunto,se ela não me tinha comentado nada deste homem era por alguma razão logo preferi esperar.

Rita-Cheira tão bem.-ouvimos a sua voz e olhamos os três para trás.Os miúdos foram a correr para a Rita sem sequer pensar duas vezes.

(Rita)

O Rúben tinha sido mesmo muito querido não só por ir buscar os miúdos,mas por ter dado banho a eles,e ainda feito o jantar.Foi apenas chegar a casa,vestir algo mais confortável e ir para a mesa.

Tinham feito algumas daqueles pizzas mas em tamanho mais pequeno,coloquei uma taça com batatas fritas e outra com salada na mesa e fomos jantar.Durante quase todo o tempo em que jantamos vi que o Rúben estava diferente,como distante.

Rita-Como foi o vosso dia com a Sónia?

Carolina-Foi bom.

Simão-O Roberto levou a gente a passear.

Rita-Humm,e o teu?-falei para o Rúben,mas ele por estar com os olhos no prato parecia que nem estava neste mundo.-Rúben..-ele olhou-me.

Rúben-Desculpa não ouvi.

Rita-Perguntei como tinha sido o teu dia.Disseste que foste ver o teu pai…

Rúben-Sim fui,lanchei lá em sua casa e pusemos a conversa em dia.

Rita-Fizeste bem..-falei pois nem sabia que dizer,e sem ser o barulho dos miúdos a comer só eu é que poderia manter a conversa viva nesta sala.

Rúben-É.-falou e baixou o olhar,voltando a encarar o prato.

Ele não disse mais nada,e como os miúdos adoravam esta comida estavam mais interessados em comer,ou seja estive o resto do tempo a olhar para eles.

Eles viram um pouco mais de desenhos animados e de seguida levei os meus meninos até ao seu quarto,lavaram os dentes e depois deitei-os.Quando sai do quarto vi o Rúben na cozinha,estava a terminar de a arranjar mesmo depois de eu o ter pedido para não o fazer.

Rita-Disse-te que fazia isto.

Rúben-Não há problema.

Rita-Hoje ficas cá hoje,certo?-enrolei os meus braços em volta da sua cintura.

Rúben-Não sei.

Rita-Rúben anda lá.-já que o jantar tinha sido daquela forma,queria mesmo que ele cá ficasse para ter a oportunidade de falarmos ,pois ali havia algo.

Rúben-Acho que pode ser.

Ele não parecia muito entusiasmado em cá ficar,como o habitual,mas dado o jantar que tivemos não esperava outra coisa.

Mudei de roupa já no meu quarto,e ele apenas se colocou de t-shirt e boxers.Como foi o primeiro a deitar-se ao chegar à cama aproximei-me dele,ele olhou-me mas depois elevou o braço dando oportunidade assim para colocar a minha cabeça sobre o seu peito.

Rita-Hoje estás muito calado…

Rúben-É…cansaço.-demorou algum tempo a responder e quando notava alguma “frieza”.Ignorei-a levantei o rosto e beijei-o.

Rita-Obrigada por teres tomado conta dos miúdos.

Rúben-Sabes que nem tens de agradecer.

Rita-Pois…-olhava-o.-Está tudo bem?-ele olhou-me.

Rúben-Sim,sim só preciso mesmo de dormir.

Ele virou-se,puxou os cobertores e nem falou mais nada.


XXX

No dia seguinte acordei mais cedo,olhei para o lado e o Rúben dormia serenamente levantei-me fui fazer o pequeno almoço.Talvez hoje ele não estivesse da mesma forma,e para tirar qualquer duvida quando tinha o pequeno almoço pronto,fui o chamar.

Rita-Rúben.-dava leves beijos nos seus lábios.-Rúben.-parei de os dar quando ele se mexeu pela primeira vez,esfregou os olhos e olhou-me.

Rúben-Bom dia.

Rita-Bom dia.-inclinei-me e beijei-o.-O pequeno almoço já está pronto.

Rúben-Pois,mas eu tenho de ir andando.-desviou os lençóis e levantou-se.

Rita-Não vais comer?

Rúben-Eu como em casa.-começou a vestir-se.

Vi que ele continuava da mesma forma…e eu nem sabia que dizer,logo levantei-me deixei-o vestir e fui acordar os miúdos.Levei o Simão no meu colo e a Carolina ao meu lado.

Rúben-Bem vou andando…-parei de colocar leite em uma das taças.

Rita-Está bem.-ele deu um beijo na nuca ao Simão e à Carolina e a mim apenas um breve encontro de lábios.

Não conseguia entender porque ele estava daquela forma,não lhe tinha dito nada,não tinha acontecido nada,nem me parecia que alguém lhe tivesse dito ou feito algo para ficar daquela maneira.

Depois do pequeno almoço vesti os pequenos e levei-os a casa da Sónia.Tal como prometido depois da troca de ontem,a seguir ao almoço peguei nas minhas coisinhas e fui até à casa da Sónia.Coloquei os miúdos a dormir uma sesta e depois voltei para a cozinha.


            
[roupa da Rita\Carolina\Simão]


Sónia-Está tudo bem?

Rita-Sim,sim…-puxei uma cadeira e sentei-me.

Sónia-Não parece.

Rita-É que o Rúben anda estranho.

Sónia-Como assim?

Rita-Desde ontem à noite…cheguei a casa do trabalho e ele estava frio,indiferente.Hoje continua na mesma forma,saiu lá de casa hoje de manhã e ainda não disse mais nada.

Sónia-Não houve nada ontem à noite?

Rita-Como assim?

Sónia-Sabes a que me estou a referir…

Rita-Ah..não,não.Nem houve iniciativa da parte dele.Não sei se fiz algo para ele ficar desta maneiras.

Sónia-Não lhe perguntas te porque estava assim?

Rita-Ele disse que era cansaço.

Sónia-Poderá ser.

Rita-Não,eu conheço o Rúben ,e ele estava diferente.

Sónia-Então da próxima vez que o vires vai direta ao assunto e pergunta o que se passa.

Rita-É..-pos em a pensar nas possíveis “soluções” para este dilema.

Sónia-Mas agora esquece lá isto,porque aposto que não é nada de mal,agora diz me lá o que tinhas guardado para hoje.

Rita-Temos que esperar que os miúdos acordem e já digo.

Ela continuou a tentar saber o que se passava mas como estava determinada a não lhe contar até à hora certa,por isto esperei que os miúdos acordassem.

Sónia-Então onde vamos?

Sorri ao ouvi-la perguntar aquilo,peguei nos miúdos ,na Sónia e ainda fui a casa da minha mãe.Que também não me esperava.

Como já há muito não passava tempo com as pessoas que mais me são próximas,hoje tirei a tarde para estar com as “mulheres” da minha vida,se bem que o Simão veio, não por querer também fazer parte de isto,mas porque não tinha outra escolha.
  
Passamos uma tarde no salão de manicure…elas ficaram radiantes por terem estes “mimos” até a Carolina teve direito a ir para casa toda “bonita”…mas no fundo não conseguir tirar da cabeça o facto de o Rúben estar completamente diferente.Olhava para o meu telemóvel mas nada.

Deixei a minha mãe em sua casa e logo depois a Sónia convidou-nos para ir lá jantar,aceitei mas como já era suficiente ter todos lá eu casa fui comprar umas pizzas e levei.Quando íamos a entrar na sua casa ela parou e olhou-me.

Sónia-Vai.-tirou as caixas da pizza da minha mão.

Rita-Hãn?O quê?

Sónia-Vai falar com o Rúben.

Rita-Não,ele.

Sónia-Ele nada,vai lá falar com ele!Eu fico com os miúdos e tu vais resolver as coisas.

Rita-Achas que deva?

Sónia-Claro que sim,vai lá.

Como vai correr esta conversa com o Rúben e a Rita?

Irá o Rúben lhe falar sobre o que incomoda?






Olá Meninas J
Espero que estejam a gostar do rumo que a historia está a levar,mas para tal peço que deixem os vossos comentário,sim? ;)
Pois como tenho algumas dúvidas,de como devem ser os próximos tempos deixem algumas palavras para me darem inspiração :P
Beijinhos para todas!

Rita

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Capitulo 42 - " Vê lá se não dás cabo do homem."


 Vê lá se não dás cabo do homem.

(Rúben)

Rúben-Lavagem cerebral?-tirei os olhos da estrada  e olhei-a.

Rita-Sim....-a minha mãe estava mesmo chateada para dizer tal coisa à Rita.Tinha dito poucas palavras no spa,e o que disse não foi nada agradável,logo.-Vais falar com ela?

Rúben-Não,acho melhor deixar este assunto assentar e depois falo.

Rita-Olha que da maneira que ela está não sei se vai ser tão rapidamente,mas acho muito bem que tenhas decidido falar com ela mais tarde.

Rúben-Conheço a minha mãe ,ela agora pode estar furiosa, mas vais ver que depois deixa de o estar.

Rita-Estás a ver quando queres sabes ser menos menino da mamã.-senti a sua mão primeiro a pousar no meu joelho direit o,e à medida que ia falando foi subindo.

Rúben-Já te disse que nunca fui men..-ela acariciou-me,fazendo que soltou-se  um pequeno suspiro.-Rita…

Rita-O que foi?-sorriu.-Agora não consegues terminar uma frase?-ria enquanto me ia acariciando.

Rúben-Estou a conduzir, se faz favor.

Rita-Pronto.-cruzou os braços.-Depois quando quiseres vamos lá ver se vais ter sorte.-olhou pela janela ,mandando aquela indireta como quem não quer a coisa.Fazendo-me sorrir.

Rúben-E se o feitiço se virar contra o feiticeiro.-ela olhou-me.

Rita-Acho isto pouco provável.-falou sorrindo.

Rúben-Pouco provável é dar em alguma coisa isto que fazes quando estou a conduzir.-ela com um sorriso aproximou-se ficando com a sua cabeça pousada no meu ombro direito.

Rita-Coitadinho.-tocou-me no rosto.-Até parece que ias morrer,tinhas estacionado o carro e pronto.-olhei-a.

Rúben- Passasse alguma coisa contigo hoje?

Rita-Não ,porquê?

Rúben-É só que não costumas estar tão “divertida”.

Rita-Com divertida queres dizer que não toma iniciativa quanto a fazermos amor?E que sou uma “seca” no que diz respeito a sexo?

Rúben-Não,não.-parei perto do Caixa.-Nada disto.

Rita-Pois ,mas pareceu.-vi que ela já se preparava para sair do carro por isto puxei pelo seu braço.

Rúben-O que quis dizer é que não costumas fazer estas coisas aqui no carro mais nada.

Rita-Como queiras .-olhei-a e sorri ao ver que ela tinha ficado amuada.

Rúben-Vais ficar amuadinha por causa disto?

Rita-E tu queres mesmo continuar?-olhou-me.

Rúben-Rita estava só a brincar contigo,sabes que não me importo com estas demonstrações de afeto, mas disse o que disse só para te picar,não para ficares assim.

Rita-Está bem.-inclinou-se e beijou-me.-Eu agora tenho de ir trabalhar.Vê lá se tens juízo.

Rúben-Juízo?

Rita-Sim,sabes a que me refiro.

Rúben-Por acaso não.-ela já estava a abria a porta mas voltou a fecha-la.

Rita-Se fores falar com a senhorazinha Anabela,para veres como corre…ainda chego a casa e está a tua mãe a fazer o jantar ou a limpar a sala.

Rúben-Primeiro não vejo o problema em ela querer ajudar,e segundo se vocês continuarem assim é que isto não tem mesmo fim.

Rita-Por mim nem tinha começado,e segundo sim tem.Porquer nunca precisei de ajudantes não é agora que vou precisar.-voltou a encostar os nossos lábios.-Adeus.

Saiu do carro e depois de a ver entrar no Caixa,liguei o carro e fui embora.

(Rita)

Daniela-Rita!!-assim que coloquei a minha mala sobre a mesa ,já chamavam por mim.Olhei por cima do meu ombro e vi que era a Daniela que chamava pela minha atenção.

Rita-Está tudo bem?

Daniela-Eu preciso de te pedir um grande favor.-vi que estava mesmo aflita,e que já à muito esperava por mim.

Rita-Diz lá o que precisas,mulher.

Daniela-Hoje é o aniversário do meu namorado,e por isto queria te pedir se ficavas mais algumas horinhas aqui hoje,mas amanhã trocávamos.

Rita-E quando te dá mais jeito?

Daniela-É assim,dado que é o homem que faz anos,logo pela manhã vir mais cedo não me dá muito jeito.-sorriu.-Mas depois do almoço dá me jeito.-não calhava nada mal ter uma tarde livre,já que não o tinha à algum tempo,e  até podia aproveitar para tratar de coisinha.

Rita-Ok,por mim fica combinado.

Daniela-Muito obrigada.-pegou na sua mala e no seu casaco,que tinha estado até agora sobre as costas da cadeira.-Vou andando que tenho muita coisinha para fazer.

Rita-Vê lá se não dás cabo do homem.-ela sorriu.

Sentei-me ao lado da Joana,e lá tivemos direito à nossa rica tarde de trabalho…Só me lembrei que hoje tinha de ficar algumas horas a mais,ao ver a Joana a ir embora.Peguei no telemóvel e telefonei para o Rúben.

Rúben-Como assim vais ficar mais tempo?

Rita-O namorado da Daniela faz anos hoje,e como ela quer passar algum tempo com ele..preparar-lhe uma surpresa acho eu,tinha umas coisas para fazer,por isto pediu para sair mais cedo,e como ela ficava até mais tarde,vou ter que ficar no lugar dela.

Rúben-Mas tinhas alguma obrigação em dizer que “sim”?!-vi que ele tinha  ficado aborrecido com o facto de não podermos estar mais tempo juntos,mas não ia deixar a Daniela sem fazer o que tinha planeado.

Rita-Rúben,por favor.É minha amiga,não lhe ia dizer que não.

Rúben-Pois,pelos os vistos não há nada que eu vá dizer que mude isto pois não?!Os miúdos?

Rita-O que tem?

Rúben-Se vais ficar no Caixa,onde vão ficar?

Rita-Vou  também telefonar à Sónia ,e aviso que hoje fico aqui.

Rúben-Deixa estar,eles já lá ficam o dia todo.

Rita-Oh Rúben eu não os posso deixar sozinho,estás bem?!-aquela pergunta estupida deixou me com alguma dúvidas de como ele estaria.

Rúben-O que quis dizer é que fico com eles.

Rita-Rúben não a sério,não te quero dar trabalho.

Rúben-Qual trabalho.-ouviu soltar uma breve gargalhada.-Eles ficam muito bem comigo.Duvidas é?

Rita-Não é isto,mas deves ter mais que fazer e ainda dar lhes de jantar.

Rúben-Estou agora em casa do meu pai,depois passo em casa da Sónia.Eles até me podem ajudar com o 
jantar..não te preocupes,ficam muito bem.

Rita-Está bem,telefono à Sónia e peço-lhe para te dar a chave extra lá de casa que tenho em sua casa.

Rúben-Ok,mais alguma coisa ou já estou dispensado?

Rita-Por acaso não estás.Mas acho que já sabes o que me refiro…-queria o “testar” e ver se ele sabia a que referia.

Rúben-A que te referes?

Rita-Sim..-vi que ele não ia lá chegar por isto,falei.-Para teres cuidado com o que eles comem,e como te vão ajudar na cozinha vê lá se não tenho nenhum telefonema menos agradável.-o Rúben já era crescidinho,mas estes avisam eram mais para dar descanso à minha consciência do que outra coisa.

Rúben-Claro,claro.

Rita-Estou a falar muito a sério Rúben Filipe!

Por mais avisos que eu dissesse ,com uma conversinha da Carolina e um olhar do Simão o Rúben nem pensava duas vezes.

Após telefonar ao Rúben,tinha de telefonar à Sónia,já que dali a pouco o Rúben iria lá a casa para ir buscar os miúdos.

Rita-Tenho uma coisa para te pedir.

Sónia-Ui,medo…

Rita-Deixa-te de coisas.

Sónia-Eu aposto que já sei o que vem dai, mas diz lá.

Rita-Já sabes?

Sónia-Queres ter um tempinho de qualidade com o amorinzinho…

Rita-Nada disto.

Sónia-Agora a coisa ficou sério,senão é  o amorinzinho não sei,é os miúdos?

Rita-Mais ou menos.

Sónia-Ok,vai directa ao assunto.

Rita-Vou ter que ficar até mais tarde aqui no Caixa,mas os miúdos vão ficar com o Rúben.Queria te pedir para lhe dares a chave lá de casa,apenas isto.

Sónia-Isto mesmo é uma coisa linda de se ver.

Rita-O quê?

Sónia-É o que digo,ele a tornar-se o paizinho de serviço.

Rita-Ele não se está a tornar pai de serviço,só vai estar com miúdos enquanto eu não posso.

Sónia-É a tua opinião,mas pronto.O que interessa é que ele tem autorização para vir cá a casa buscar a chave e os miúdos.

Rita-É  aviso a menina também que amanhã guarde a sua tarde se faz favor.

Sónia-Porquê?

Rita-Não posso dizer.-sorri sozinha,ao ver que a tinha deixado curiosa.

Sónia-É para tomar conta dos miúdos para estar com o amorinzinho?

Rita-Não,não tem nada haver com ele…simplesmente deixa a tarde livre.

Pedi ainda à Sónia para passar o telemóvel aos meus meninos,o que não foi coisa fácil dado que  ela tinha ficado mesmo muito curiosa,mas por agora também não lhe ia adiantar mais nada.

(Rúben)

Fiz uma visita ao meu pai,e entretanto recebi uma chamada da Rita,disse que  ia chegaer mais tarde..primeiro tenho de confessar que não achei piada à ideia,afinal era meu dia de folga  e não ia puder estar tanto tempo com ela como pretendia.Mas depois lembrei-me dos miúdos ,e como a Sónia já tinha a responsabilidade de estar com eles todos os dias, hoje eu iria estar encarregue de ficar com eles o resto do dia.

Passei pelo o ginásio rapidamente,e depois fui até à casa da Sónia.Ela entregou-me as chaves de casa da 

Rita,e ainda levei os miúdos comigo.

Carolina-Rúben.-chamou por mim enquanto colocava o cinto de segurança na cadeira do Simão.-A minha mãe?

Rúben-Ela hoje vai ter que trabalhar mais algum tempo.

Carolina-Então tu é que vais ficar comigo e com o Simão?

Rúben-Yhap.-terminei de colocar o cinto de segurança.Fechei a porta e fui até ao meu lugar e liguei o carro.

Simão-Vamos comer fora Rúben?-falou todo entusiasmado,com um grande sorriso.

Rúben-Não vamos comer em vossa casa.

Carolina-Porque não compras pizza?

Rúben-Porque não pode ser.Voces podem me ajudar com  o jantar não querem?

Simão-Pode ser.

Carolina-Eu quero.-sem dúvida nenhuma que a Carolina estava muito mais entusiasmada quanto ao jantar quanto ao jantar.

Como vai correr esta noite?


Haverá algo que irá preocupar a Rita?