segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Capitulo 61-"Até compreendo que nós não planeamos ter este bebé mas mesmo assim não é razão para esconderes que vou ser pai. "

(Rita)

Como tinha encurtecido a minha hora de almoço para a Daniela poder estar mais tempo fora, hoje ia poder sair mais cedo…mas o Caixa por aquelas horas era tudo menos movimentado.

Perdida no meio dos meus pensamentos deixei cair a minha mão, ficando sobre a minha barriga…Ainda não tinha assimilado por completo o facto que de dentro de 9 meses a minha vida mudará, mas até então muito tem de ser feito. Contar aos miúdos, ao Ruben e no meio de muitas mais coisas tenho de marcar uma consulta… Com esta ideia agora a matutar decidi que devia marcar a primeira consulta antes de ser tarde de mais.
Estava a meio da chamada quando ouvi a voz da Daniela.

Daniela - Já voltei - assustei-me tanto que atirei com o telefone, sem sequer desligar a chamada - Credo mulher

Rita - Assustei-me - coloquei a mão no peito

Daniela - Não faz mal, mas acaba lá a tua chamada - sentou-se ao meu lado e ligou o ecrã do computador.

Rita - Ah…deixa estar, também não era importante - peguei no telemóvel, desliguei a chamada, sem sequer reparar se a secretária do doutor ainda estava do outro lado

Durante a tarde não pude pegar mais no telemóvel para esclarecer o que tinha acontecido por a chamada ter “caído”, mas ela estava sempre por perto. Se ouvisse alguma coisa depois ia se por com perguntas. E se eu nem ao Ruben contei não ia contar à Daniela.
Sai do trabalho e como hoje tinha sido o Ruben a ir buscar os miúdos fui directamente para casa. Queria mesmo só tomar um banho e poder descansar e depois de dar um beijinho em cada um dos meus anjinhos, avisei o Ruben do que ia fazer e fui até ao meu quarto.

Rita - Então amor? - não esperava que viesse até ao quarto já que lhe tinha avisado que ia tomar banho. - Vou já tomar banho - ia já em direção da casa de banho.

Ruben - Nós precisam de falar.

Rita - Falar amor? - parei perto da porta e olhei-o.

Ruben - Sim… acabei de atender uma chamada do teu telemóvel, era do consultório lá do teu doutor - assim que ele disse aquilo foi quase como o sangue parasse de correr, engoli em seco sem saber que lhe dizer - Rita eu 
vou te fazer uma pergunta - aproximou-me de mim. - Estás grávida?

Rita - Amor.. - interrompeu - me

Ruben - Sim ou não, Rita. Responde se faz favor - baixei o olhar

Rita - Sim, estou!

Assim que terminei de falar ouvi-o suspirar e afastou-se alguns metros

Ruben - Há quanto tempo é que sabes? - olhei-o. - Se faz favor diz-me Rita

Rita - Há quase uma semana

Ruben - Uma semana? E nunca me disseste nada?

Rita - Eu queria que já tivéssemos os miúdos no infantário e que já tivesse mentalizada quanto à esta ideia toda do George

Ruben - Rita isto não é desculpa, podias ou melhor devias ter contado!

Rita - Eu sei que és o pai mas tens de compreender que não sabia que fazer

Ruben - Mas se viesses falar comigo resolvíamos as coisas

Rita - Ruben a sério não leves a mal amor

Ruben - Desculpa, mas vou dar uma volta

Rita - Ruben fica - puxei-lhe  pelo o braço já quando ia em direção da porta  - Já te pedi desculpa e até já me habituei à ideia de termos um filho, ia contar

Ruben - Quando?! Pelo os vistos não tinhas pressa em contar-me que ia 
ser pai!

Rita - Ruben! - acabou por sair sem que pudesse dizer mais nada, as lágrimas caíram logo depois de ouvir a porta a fechar. Ao chegar ao meu quarto sentei-me sobre a cama, ter visto ele sair aqui de casa depois de ter dito aquilo e daquela forma fez com que chorasse no meio de alguns soluços.

Simão - Mãe….  - ouvi a voz do meu pequenino e com toda a pressa do mundo comecei a limpar as lágrimas.

Carolina - A mãe tá bem?

Simão - Mãe, o Ruben? - quando tinha o rosto limpo daquelas lágrimas olhei-
os.

Rita - O Ruben saiu, só isto meus amores  - fiz um grande esforço e lá sorri para tentar disfarçar ao máximo esta situação

Simão - A mãe teve a chorar?

Rita - A mãe tinha só uma coisa no olho, agora vamos tomar banho

Carolina - A mãe e o Ruben brigaram?

Rita - Vocês não tem nada de se preocupar...

Peguei no Simão e entrelacei a minha mão na da Carolina. Dei-lhes banho e levei-os para cama. É verdade que o fiz muito mais cedo do que habitualmente faço, mas depois de me verem daquela maneira quando disse que estava na hora de ir para a cama nem falaram uma palavra sobre o que viram quando chegaram ao meu quarto.
Assim que eles dormiam serenamente levantei-me e fui buscar o meu telemóvel. Telefonei para o Ruben imensas vezes mas nunca atendeu e por isto acabei por telefonar ao Mauro.

Mauro - Rita?

Rita - Sim, sou eu, queria te perguntar uma coisa.

Mauro -  Diz, diz.

Rita - O Ruben está ai contigo?

Mauro - Não, mas pensei que estava contigo.

Rita - E não sabes por onde possa andar?

Mauro - Não, não sei. Mas está tudo bem com vocês?

Rita - Nós…nós tivemos a falar e as coisas não correram muito bem, ele 
disse que tinha de ir dar uma volta e como ainda não chegou, nem atende as minhas chamadas.

Mauro - Eu vou telefonar-lhe e depois digo-tee alguma coisa.

Rita - Está bem e obrigada.

Mauro - De nada, até logo.

Rita - Adeus.

(Ruben)

Custa-me imenso a acreditar que a Rita já sabe há uma semana que vamos ser pais e não disse nada. Até compreendo que não estava à espera, porque é verdade, nenhum de nós alguma vez desejou ter um filho nos próximos tempos e nem tínhamos falado em tal coisa mas daí a esconder-me tal coisa…não compreendo.

Pode ter sido estúpido sair de casa daquela forma, mas a sua atitude  magoou-me imenso, depois de termos formado a nossa família, comigo a viver lá em casa, os miúdos são já como filhos para mim, apoiei-a com tudo isto da mudança deles, uma nova fase, a entrarem no infantário e ela faz isto...
Precisava de um lugar para estar sozinha e por isso fui até ao meu antigo apartamento que mesmo estando sem qualquer peça de roupa minha, nem tinha nada no frigorífico, foi o único lugar que ocorreu-me em pensamento.
Depois de muitas chamadas da Rita só atendi ao ver que do outro “lado” estava o meu irmão.

Ruben - Sim? - falei assim que atendi o telemóvel.

Mauro - Tá tudo bem mano?

Ruben - Sim tá  - menti mas não estava com paciência para falar do que se 
tinha passado.

Mauro - E onde estás?

Ruben - No meu antigo apartamento…precisei vir buscar umas coisas.

Mauro - Olha achas que posso ir ter contigo? - achei estranho perguntar se podia vir cá a casa mas se dissesse que não ainda ia desconfiar de alguma coisa, acabei por concorda e em pouco tempo chegou  - Então que estás para 
aqui a fazer? - chegámos à sala e sentei-me no sofá.

Ruben - Vim só buscar umas coisas  - sentou-se ao meu lado.

Mauro - Já há muito tempo que não vinhas aqui... - se achei estranho  vir 
até aqui estar com esta conversa só mostrava que sabia alguma coisa.

Ruben - Pois mas hoje decidi vir.

Mauro - E está tudo bem lá em casa?

Ruben - Oh mano mas sabes alguma coisa?

Mauro - Primeiro vais ter calma que não vim aqui para te atirar nada à cara, mas a Rita telefonou-me...

Ruben - A Rita o quê? - sabia como era e por ter saído daquela maneira de casa podia ter ficado em baixo mas não esperei que telefonasse ao Mauro.

Mauro - Ela está mesmo preocupada, disse-me só que vocês tinha estado a falar e que tinhas saído, que telefonou diversas vezes para ti e nada, se não quiseres falar é na boa mas espero que saibas que está mesmo preocupada.

Ruben - Eu posso te contar assim como assim vais acabar por saber... a Rita está grávida.

Mauro - A Rita tá grávida?

Ruben - Sim grávida, descobriu isto há uma semana e só hoje é que soube que ia ser pai e nem foi por ela, mas sem por ter atendido a porcaria de um telefonema do médico dela.

Mauro - Mas ela deve ter uma razão para não te contar mano.

Ruben - Disse-me que queria ter os miúdos já no infantário e ter já umas cenas resolvidos com o pai biológico dos miúdos o George… mas porra eu sou o pai.

Mauro - Se vocês tinham muita coisa a acontecer ela pode ter ficado com medo da tua reacção

Ruben - Mesmo assim e até compreendo que nós não planeamos ter este bebé, mas não é razão para esconder que vou ser pai, somos uma família e não é certo esconder de mim algo tão importante como isto.

Mauro - Mano tens toda a razão, mas não é a fugir da situação que vocês vão resolver as coisas, afinal vão ser pais.

Ruben - Não fugi de nada, só precisava de um tempo livre para por as ideias em ordem.

Mauro - Ruben até consigo compreender o que estás a sentir mas a Rita está grávida e da maneira que estava quando telefonou o melhor que tens a fazer é ires até casa para resolverem as coisas entre vocês, não a deixes sozinha e ainda por cima nervosa...

Ruben - Não sei

Mauro - Já te dei a minha opinião, ela estava preocupada, agora é contigo!  - olhei-o  - Mas não te esqueças que há os miúdos... Ruben não quer dizer que chegues a casa e seja ligo um mar de rosas mas acho que não deves deixar a Rita nervosa, afinal falamos do teu filho!

Ruben - Ela é que pediu para saberes onde estava?

Mauro - Não eu é que disse que te ia telefonar.

Ruben - Hum...

Mauro - Vou ter de ir andando porque tenho cenas combinadas, mas vê lá se fazes o que é mais certo  - levantou-se e fiz o mesmo, já que o ia acompanhar até à porta  - E já agora parabéns - sorriu.

Ruben - Obrigado - sorri e acabei por agradecer também por ter vindo até aqui.

Voltei para a sala com as palavras que o Mauro falou na minha mente... sem saber o que deveria fazer.




Deixem as vossas opiniões meninas :)
Beijinhos 
Rita 

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Olá meninas!!!:)
Não sei se sabem,mas tenho uma nova fic.
É um pouco diferente do que costumo escrever mas mesmo assim espero que gostem e que depois de lerem me digam o que acham :D
Aqui fica :
http://flawsandallb.blogspot.pt/
Beijinhos para todas e espero postar ainda esta semana ;)

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Capitulo 60-"Mas vão inscrevê-los num infantário já?"


(Rúben)

Rita-Com desejos?

Rúben-Sim com desejos.-isto da Rita  estar a comer uma chesseburguer (comida que quer manter sempre longe cá de casa) como se não houvesse amanhã era sem dúvida estranho.

Rita-Não são desejos nenhuns só me apetece comer isto, tenho este direito ?

Rúben-Sim tens.-roubei uma batata do seu pacote.-Só que tens que confessar que não é habitual quereres encomendar comida.

Rita-Pois não, mas eu não quero falar mais nisto.-olhei-a..achei estranho não querer tocar mais naquele assunto e vi no seu rosto que ela queria ter tirado para trás o que tinha dito.

Rúben-E não queres falar mais disto porquê?

Rita-Porque não me apetece,só me apetece é comer.Ok?

Rúben-Ok.

A Rita andava estranha,mas não podia esquecer que nas ultimas semanas tínhamos “sofrido” algumas mudanças.Só que este capitulo tinha sido fechado e agora tínhamos era de começar um novo.Com os miúdos no seu infantário,a passarem o tempo definido com aquele exploradorzinho,e cá em casa tudo havia de continuar a correr sem qualquer problema.

O George parecia um relógio de cucu,todos os dias estava “programado” para cá vir….disse que veio ver os miúdos.

Ficou tempo suficiente para estar com nós  na sala a ver televisão e depois quis ir ajudar a Rita a deitá-los.Eu arrumei a sala e quando os pequeninos estavam deitados eles voltaram.

Rita-George nós temos uma coisa para te dizer.-a Rita olhou-me e vi qual era o assunto que queria falar.-Eu e o Rúben hoje fomos ver dois infantários,para saber qual deles era o melhor para inscrever os miúdos.

George-Mas vão inscrevê-los num infantário já?

Rúben-Eles já estão na idade de irem para um infantário.Para o ano entram no primeiro ciclo e o melhor é passarem este ano num infantário.Vão poder se habituar a estarem com outras crianças,é o mais certo a fazer.

George-Se vocês o dizem,tudo bem.Não tenho nada contra e já como disse é a vocês que cabe decidir estas coisas.

Rita-Nós só queremos te por a par do que se passa com os miúdos.

George-Rita eu não estou chateado.-sorriu.-Se acham que é o melhor,por mim tudo bem.Só preciso de saber quando tenho de ir busca-lhos e vir trazer-lhos nos dias que me dizem respeito.

Rita-Obrigada por compreenderes.Como correu o teu primeiro dia?

George-Correu muito bem,foram todos muito simpáticos e acho que me vou habituar rapidamente aquilo.

Ele ficou na conversa com a Rita sobre o seu primeiro dia de trabalho ,enquanto eu prestava mais atenção à 
televisão.

Rúben-Estava a ver que tava difícil.-disse quando cheguei ao meu quarto,e fiquei a sós com a Rita.

Rita-Tu também nem para seres simpático um vez que seja com o George.

Rúben-Se estás à espera que eu ficasse ali de conversa com ele,todo muito interessado na vidinha dele ,podes esquecer.

Rita-Eu tenho ainda esperança,mas pronto.-puxou os lençóis e sentou-se ao meu lado.-Como vês ele é simpático,não tens razões para lhe apontar o dedo.

Rúben-Olha eu já estou farto de falar deste exploradorzinho.-agarrei-lhe pela cintura,e deitei-a.

Rita-Rúben eu estou cheia de sono.-falou quando os nossos braços estavam a milímetros de distancia.

Rúben-Oh amor.

Rita-Rúben o que queres que faça?!Foi o meu primeiro dia de trabalho,e estou cansada.Juro que amanha compenso-te.-beijou-me no rosto.-Está bem?

Rúben-Sim,está bem…-falei sem qualquer vontade de concordar com ela,mas lá o fiz.

Rita-Não fiques assim.-deitei-me a seu lado,e ela tocou-me no rosto.-Pareces uma criancinha.-sorriu.

Rúben-Olha não estavas com sono?-ela riu.

Rita-Até amanhã.-beijou-me e depois encostou a sua cabeça á almofada.

XXX

Carolina-Rúben!-senti tocarem-me no rosto.-Rúben!Rúben!-com aquelas “chapadinhas” abri os  olhos.

Rúben-Carolina….-olhei para o meu lado e vi a pequenina ao meu lado.

Carolina-Tens de acordar Rúben.-virei-me para o outro lado e vi que a Rita não estava ao meu lado.

Rúben-A tua mãe?

Carolina-Tá na cozinha,com o Simão.Tens de vir comer também ,com agente.

Rúben-Eu já vou.-desviei os lençóis e sentei-me.

Carolina-Rúben.

Rúben-Humm?-olhei-a.

Carolina-Bom dia.-falou e depois deu-me um beijo no rosto,o que fez sorrir pela primeira vez hoje.

Rúben-Bom dia princesa,vá anda cá.-peguei nela,e dei-lhe um beijo na testa-Vamos tomar o pequeno almoço.

Levei a Carolina no meu colo até cozinha.A Rita estava a terminar de fazer umas tostas,e cumprimentou-me com um beijo seguindo-se de um “bom dia”.O Simão estava já a “devorar” uma tosta,mas mesmo assim também me deu os bons dias.

Simão-Mãe hoje vamos para casa da Sónia,ou vamos para aquele lugar?

Rita-A mãe hoje tem de ir trabalhar,e como ainda não vos inscrevi no infantário vão ter de ir para a casa da 
Sónia.

Rúben-Se quiseres eu vou ao infantário buscar os papéis.

Rita-Não te importavas?

Rúben-Claro que não,tenho só o treino mas vou lá depois.

Rita-Então podem ficar em casa da Sónia até à hora de almoço e depois eles vão contigo buscar os 
papeis,assim sempre vêem como é o infantário.

Carolina-Vamos hoje lá?

Rúben-Sim,mas só para verem como é.

Simão-Não é hoje que ficamos lá a brincar com os outros meninos?

Rúben-Não,mas eu e a vossa mãe vamos tratar de tudo   para irem para lá o mais rápido possível.

Assim ficou combinado e depois de almoçar fui até à casa da Sónia.Os miúdos,ao contrário do que eu esperava estavam bastante entusiasmados em irem ver como este lugar de que tanto tinham ouvido falar.



Carolina


Simão
Rúben-É aqui meninos.-entrelacei a minha mão na do Simão,e já tinha a Carolina ao meu colo.

Simão-Onde estão os meninos?

Rúben-Estão lá dentro nas suas salas de brincar.Vá vamos ver.

Entrámos e fomos recebidos por uma funcionária (não a mesma de ontem),disse-lhe que queria os inscrever no infantário e vinha buscar os papeis .Ela levou-me ao gabinete da directora,que tal como ontem foi muito simpática ao receber-nos.

Afinal nem precisava de levar os papeis para casa,podia preencher tudo ali mesmo e ficaria o assunto tratado.Enquanto tratava da papelada os miúdos partilhavam a cadeira ao lado,e iam respondendo às  simpáticas perguntas da directora.

Ela disse-me que deveria agora arranhar uma daquelas batas para cada um deles.Eu não fazia a mínima ideia onde ia arranjar uma coisa daquelas por isto pedi-lhe se me dizia onde as arranjar.

Já com a indicação de onde ia arranjar estas tais batas,fui com os miúdos até lá.Disse a cada um deles para escolher a sua.A Carolina escolheu uma rosa com uma boneca qualquer à frente(levou imenso tempo até o fazer pois queria mesmo era uma das princesas),já o Simão foi mais simples e escolheu uma azul com um carro.

(bata do Simão)
(bata da Carolina)
Achei que aquilo estava tratado mas afinal tinha de comprar também uns pequenos remendos com o nome dos miúdos. Comprei isto também para cada um deles e pudemos finalmente ir para casa.
Fiz um lanche para os miúdos e ao chegar à cozinha vi que a Rita já tinha chegado.

Rúben-Amor?Já chegaste?

Rita-Sim hoje vim mais cedo.-sorriu.

Rúben-Aqui tem.-coloquei os pratos em cima da mesa da sala.

Rita-Eu vou só tomar um banho e já venho.-beijou-me e depois foi para o quarto.

Sentei-me ao lado dos miudos a fazer-lhe companhia enquanto lanchavam,até que ouvi tocar o telemóvel da 

Rita.Levantei-me e fui buscar a sua mala.

Peguei no telemóvel,e ao ver quem lhe telefonava não resisti a não atender.

Mulher-Boa tarde.-esperei até ouvir alguma voz do outro lado.

Rúben-Boa tarde.

Mulher-Daqui a fala a secretária do doutor João e queria falar com a Rita Martins.

Rúben-Eu sou o namorado dela, passasse alguma coisa?É que a Rita esteve à alguns dias atrás ai no 
consultório e estava tudo bem.

Mulher-Pois quanto a isto não posso lhe adiantar nada.Mas hoje a Rita telefonou para marcar a sua primeira consulta e não consegui entrar mais em contacto com ela.

Rúben-A sua primeira quê?

Mulher-Desculpe,mas acho melhor falar com a própria paciente,é possível?

Rúben-Agora ela não pode,mas daqui a pouco já lhe volta a ligar.Com licença.

Esperei pela resposta da mulher e desliguei o telemóvel…mas porque raio a Rita ia ter mais uma consulta?
Com esta chamada veio me à mente o que tinha acontecido nestes ultimos dias...os sinais estavam lá e eu até lhe perguntei se estava grávida e ela disse-me que não ,mas agora esta da consulta deixava-me sem dúvidas...

Rita-Então amor?-olhou-me quando entrei no quarto.-Vou já tomar banho.-falou enquanto ia em direção da casa de banho.

Rúben-Nós precisamos de falar.

O que dirá o Rúben à Rita?

Será desta que o Rúben descobre da gravidez da Rita?

domingo, 27 de outubro de 2013

Capitulo 59-"O que é isto?"

(Rúben)

Desde o momento em que  saímos de casa que a Rita parecia estar nervosa.Notava desde o seu respirar até ao facto de cada vez que desviava o olhar da estrada a via a roer as unhas.

Carolina




























Simão

Rita



Rúben-Amor está tudo bem.-coloquei a minha mão sobre a sua e ela olhou-me.

Rita-Eu sei….eu sei.

Chegámos ao primeiro infantário que a Rita tinha escolhido visitar e veio uma das funcionárias nos receber.  Disse-mos que estávamos interessados em inscrever os nossos filhos aqui,mas como é óbvio,primeiro queríamos saber um pouco mais sobre este infantário.A funcionária levou-nos até perto de uma porta branca.Disse para esperarmos um pouco e entrou.Olhei em volta e vi aqueles desenhos todos e trabalhos feitos pelos alunos da escola que estavam presos naqueles compridos quadros de cortiça.

Funcionária-A directora pode vos receber.-sorriu ao abrir a porta,e desviando-se.

Agradecemos e entramos.A directora,uma mulher de meia idade,toda muito “arranjadinha” esperava-nos com um sorriso de pé do outro lado da secretária.

Directora-Bom dia.-esticou a mão direita,e cumprimentamos a mulher.-Sentem-se.-puxei um pouco uma das cadeiras e sentei-me,tendo a Rita fazendo o mesmo.-Antes de mais ,sou a Lúcia e em que vos posso ser útil.-a Rita olhou-me e como sabia perfeitamente que ela já estava nervosa o suficiente tomei a iniciativa de responder à mulher.Disse-lhe que tínhamos um casal de gémeos,e como os queríamos inscrever num infantário,se ela nos podia falar um pouco mais sobre este infantário.

Directora-Então vou vos mostrar primeiro a nossa folha de inscrição para cada criança,e depois mostro-vos todas as nossas salas.

Olhei para a Rita e via com um sorriso a acenar com a cabeça,e de seguida a receber os papeis que a directora Lúcia lhe tinha dado.Fomos vendo cada pormenor da inscrição e a diretora ia falando também sobre estes.

Daquilo que tínhamos falado ali,achei que seria uma boa escolha para os miúdos,mas não iria decidir apenas com base no que tinha sido dito e no papel mas também pelo que íamos ver.

A directora fez uma visita guiada  pelo o infantário e íamos vendo todas as salas do infantário.As crianças paravam por breves segundos para ver quem era "estes dois adultos" com a directora mas depois continuavam com as suas brincadeiras.

Quando a visita terminou a directora despediu-se de nós e voltámos para o carro.

Rita-Que achaste?-olhei-a.

Rúben-Eu até que gostei .E tu ?

Rita-O preço não é mau,adorei as salas e vê-lhos naquelas batinhas.-sorriu.

Rúben-Estás a ver?Correu bem,sem razões para ficares nervosa.

Rita-Sim é verdade.-sorriu.-Vamos agora só a mais um que tenho de voltar para o Caixa.

Rúben-Está bem.

Fomos visitar outro infantário escolhido também pela Rita,e depois de passar outra vez pelo o mesmo “processo” fui até ao Caixa.

Rúben-Queres que vá buscar os miúdos?

Rita-Não,tens treino e dá me mais jeito sair daqui e passar por casa da Sónia.

Rúben-Está bem.-ela tirou o seu cinto.Inclinou-se e beijou-me.

(Rita)

As visitas aos dois infantários tinham corrido bem.Melhor até do que eu esperava.Pensei que ia estar toda nervosa,e com aquela confusão na minha cabeça,mas mantive os meus pensamentos no seu lugar e lidei com aquilo da melhor forma possível .

Voltei para o Caixa e continuei com o meu trabalhinho.Por ter estado fora alguns tempos o tempo livre era utilizada para contar as novidades.

Elas falavam das suas viagens ou jantares românticos,e eu contava-lhes da mudança do Rúben lá para casa,e que hoje tinha ido à procura de um infantário para os miúdos. O tempo ia passando,mas lá para a hora do lanche comecei a sentir uma grande vontade de comer uma daquelas hamburguês cheias de queijo e batatas fritas com todos aqueles molhos…Só de pensar nisto ficava com água na boca.

Ia continuando com o trabalho (e a conversa com elas nos tempos livres), mas parecia que aquilo não me saia da cabeça.Tinha uma grande vontade de simplesmente pegar no telefone e fazer uma “loucura” e encomendar a quantidade que fosse preciso daquelas delicias para saciar aquele desejo ,só  que tinha de me lembrava de que aquilo não era saudável,e não passava de um desejo.

Fui buscar umas bolachas e um sumo,mas nem de longe fiquei satisfeita…Sai do Caixa e fui de seguida para a casa da Sónia.

Levei-os até a nossa casa,e ao chegar reparei que o Rúben já preparava o jantar.

Carolina-O que vamos comer Rúben?-falou no colo do Rúben com os seu braços em volta do  pescoço dele.

Rúben-Bifes panados,e arroz com legumes.

Rita-Ai por amor de Deus.-falei  ao saber o que íamos comer.Mas não consegui disfarçar o meu desagrado com o que ia ser o nosso jantar.

Rúben-O que foi amor?

Rita-Não podemos comer outra coisa?

Rúben-Outra coisa?-o Rúben parecia estar surpreendido por eu querer mudar o que supostamente seria o nosso jantar.

Rita-Sim,não me apetece comer isto.

Simão-Vamos poder comer outra coisa,. é?

Rita-Sim.-olhei para o Rúben.-O que temos mais?

Rúben-Oh amor eu preparei foi isto,agora estar a fazer outra coisa não dá.

Rita-Ok então vamos encomendar alguma coisa.

Carolina-Uma pizza!

Simão-Fixe,eu também quero comer uma pizza.

Rúben-Vais querer encomendar uma pizza,em vez de jantarmos o que preparei?

Rita-Não me apetece comer isto Rúben.Quero comer outra coisa pode ser?

Rúben-Pode,pode.-colocou a Carolina no chão e pegou no seu telemóvel.-Então o que queres comer,para encomendar?

Rita-Vocês querem uma piza não é?

Carolina-Sim,sim.

Simão-Sim mãe.

Rita-E tu?

Rúben-Eu também como piza.

Rita-Então uma piza para você os três e eu quero uma chesseburguer com uma dose de batatas cheia de queijo.-ele olhou-me levantando a sobrancelha com um surpreendido.

Rúben-Queres comer isto tudo?

Rita-Sim quero.

Rúben-Rita estás bem?

Rita-Amor está tudo muito bem,só que hoje apetece-me comer algo diferente.

Rúben-Como querias.-viu afastar-se e  arrumei o que ele já tinha preparado .Levei os pratos até à sala,liguei a televisão,coloquei desenhos animados e sentei-me podendo finalmente ter alguma “paz”.-Já está.

Rita-Graças a Deus.-fiquei toda contente por saber que o meu desejo ira ser saciado.

Rúben-Podes me explicar porque te deu vontade de comer o que sempre chamaste de porcarias?

Rita-Porque dias não são dias e me apetece.-ele sentou-se ao lado de mim no sofá e aproximei-me ao máximo dele.- Mas mudando de assunto,qual dos infantários gostaste mais?

Rúben-Eu achei que os dois eram boas escolhas,e tu?-posei a minha cabeça no seu ombro.

Rita-Eu gostei dos dois,mas acho melhor os inscrever no primeiro que visitámos.

Rúben-Neste caso está escolhido.-sorriu.

Rita-Concordas?

Rúben-Sim.-voltou a dar-me aquele seu sorriso que me dava “segurança”.-Não tenho nada a opor,e como te disse ambos pareceram ser boas escolhas ,por isto o que quiseres eu concordo

Rita-Está bem.

Rúben-Pronto já está tudo tratado…os miúdos já tem infantário,e as coisas com o George já assentaram.

Rita-É…-engoli em seco quando ouvi ele dizer que já estava tudo tratado.Eu tinha posto como “meta” encontrar um infantário para a Carolina e para o Simão,e estar mais confortável quando à mudança na minha rotina por causa do George.Agora que já a tinha ultrapassado tinha de contar ao Rúben da gravidez e isto sem dúvida não era fácil.

Rúben-Queres lhes contar hoje?-beijou-me no rosto.

Rita-Sim já sabemos qual o que eles vão…

Rúben-Por isto mesmo,mas tens alguma dúvida?-vi que notou que eu fiquei um pouco sem palavras.

Rita-Não,não.Vamos lhe contar.-olhei para a frente.-Carolina,Simão.-eles olharam-nos.-Venham até aqui se faz favor.-eles levantaram-se e vieram-se sentar no meu colo e do Rúben.-A mãe e o Rúben tem algo para vos dizer.-olhei para o Rúben,pois não sabia que  dizer.

Rúben-A mãe e eu  fomos hoje a um infantário.

Simão-O que é isto?

Rúben-Isto é um lugar onde as crianças vão passar o dia enquanto os pais estão a trabalhar,como uma 
escola.E estão com outras crianças.

Carolina-Mas a gente vai para a casa da Sónia.

Rita-Agora já não querida. Vocês já estão grandes,está na altura de irem para o infantário.

Simão-E se a gente quiser ver a mãe ou o Rúben.

Rúben-Nós vamos vos buscar.-sorriu ao ver a preocupação deles.-Vai ser bom para vocês,vão fazer 
amigos.

Rita-É o Rúben tem razão,vão gostar.

Carolina-Se agente não quiser ir mais, vocês deixam?

Rúben-Eu prometo que vocês vão gostar.Todas as crianças vão para o infantário,e é por ser bom.Vão fazer amigos,brincar com eles,até passear.Eu e a vossa mãe escolhemos um infantário que vocês vão adorar.Tem umas salas com todos os brinquedos para poderes brincar ao faz de conta lá nas tuas casinhas,e bonecas.-falou para a Carolina.-E tem um campo de futebol para poderes jogar com outros meninos.-disse já a olhar para o Simão.

Eles fizeram mais algumas perguntas de como seria o infantário,e nós fomos respondendo a tudo, o que ia aumento a sua curiosidade e entusiasmo quanto  a esta nova fase da vida deles que iria começar.

Rita-Já chegou.-falei ao ouvir a campainha tocar.Levantei-me e fui buscar a caixa de pizza, e a outra caixa com a minha tão desejada cheeseburger.Sentei-me no sofá coloquei a piza em cima da mesa dei uma fatia a cada um dos miúdos e ao Rúben,abri a caixa com a dose de batatas para eles e peguei no que me dizia respeito.



Rita-Hummmm…..-falei assim que comi  um pouco da minha cheeseburger que tinha um aspecto de comer e chorar por mais.

Rúben-Tudo isto só por causa de comida.

Rita-Ai Rúben tu não entendes.

Rúben-Pois, eu realmente não entendo porque agora andas com desejos.

O que vai dizer a Rita?

Quando irá o Rúben saber que a Rita está grávida?