segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Capitulo 61-"Até compreendo que nós não planeamos ter este bebé mas mesmo assim não é razão para esconderes que vou ser pai. "

(Rita)

Como tinha encurtecido a minha hora de almoço para a Daniela poder estar mais tempo fora, hoje ia poder sair mais cedo…mas o Caixa por aquelas horas era tudo menos movimentado.

Perdida no meio dos meus pensamentos deixei cair a minha mão, ficando sobre a minha barriga…Ainda não tinha assimilado por completo o facto que de dentro de 9 meses a minha vida mudará, mas até então muito tem de ser feito. Contar aos miúdos, ao Ruben e no meio de muitas mais coisas tenho de marcar uma consulta… Com esta ideia agora a matutar decidi que devia marcar a primeira consulta antes de ser tarde de mais.
Estava a meio da chamada quando ouvi a voz da Daniela.

Daniela - Já voltei - assustei-me tanto que atirei com o telefone, sem sequer desligar a chamada - Credo mulher

Rita - Assustei-me - coloquei a mão no peito

Daniela - Não faz mal, mas acaba lá a tua chamada - sentou-se ao meu lado e ligou o ecrã do computador.

Rita - Ah…deixa estar, também não era importante - peguei no telemóvel, desliguei a chamada, sem sequer reparar se a secretária do doutor ainda estava do outro lado

Durante a tarde não pude pegar mais no telemóvel para esclarecer o que tinha acontecido por a chamada ter “caído”, mas ela estava sempre por perto. Se ouvisse alguma coisa depois ia se por com perguntas. E se eu nem ao Ruben contei não ia contar à Daniela.
Sai do trabalho e como hoje tinha sido o Ruben a ir buscar os miúdos fui directamente para casa. Queria mesmo só tomar um banho e poder descansar e depois de dar um beijinho em cada um dos meus anjinhos, avisei o Ruben do que ia fazer e fui até ao meu quarto.

Rita - Então amor? - não esperava que viesse até ao quarto já que lhe tinha avisado que ia tomar banho. - Vou já tomar banho - ia já em direção da casa de banho.

Ruben - Nós precisam de falar.

Rita - Falar amor? - parei perto da porta e olhei-o.

Ruben - Sim… acabei de atender uma chamada do teu telemóvel, era do consultório lá do teu doutor - assim que ele disse aquilo foi quase como o sangue parasse de correr, engoli em seco sem saber que lhe dizer - Rita eu 
vou te fazer uma pergunta - aproximou-me de mim. - Estás grávida?

Rita - Amor.. - interrompeu - me

Ruben - Sim ou não, Rita. Responde se faz favor - baixei o olhar

Rita - Sim, estou!

Assim que terminei de falar ouvi-o suspirar e afastou-se alguns metros

Ruben - Há quanto tempo é que sabes? - olhei-o. - Se faz favor diz-me Rita

Rita - Há quase uma semana

Ruben - Uma semana? E nunca me disseste nada?

Rita - Eu queria que já tivéssemos os miúdos no infantário e que já tivesse mentalizada quanto à esta ideia toda do George

Ruben - Rita isto não é desculpa, podias ou melhor devias ter contado!

Rita - Eu sei que és o pai mas tens de compreender que não sabia que fazer

Ruben - Mas se viesses falar comigo resolvíamos as coisas

Rita - Ruben a sério não leves a mal amor

Ruben - Desculpa, mas vou dar uma volta

Rita - Ruben fica - puxei-lhe  pelo o braço já quando ia em direção da porta  - Já te pedi desculpa e até já me habituei à ideia de termos um filho, ia contar

Ruben - Quando?! Pelo os vistos não tinhas pressa em contar-me que ia 
ser pai!

Rita - Ruben! - acabou por sair sem que pudesse dizer mais nada, as lágrimas caíram logo depois de ouvir a porta a fechar. Ao chegar ao meu quarto sentei-me sobre a cama, ter visto ele sair aqui de casa depois de ter dito aquilo e daquela forma fez com que chorasse no meio de alguns soluços.

Simão - Mãe….  - ouvi a voz do meu pequenino e com toda a pressa do mundo comecei a limpar as lágrimas.

Carolina - A mãe tá bem?

Simão - Mãe, o Ruben? - quando tinha o rosto limpo daquelas lágrimas olhei-
os.

Rita - O Ruben saiu, só isto meus amores  - fiz um grande esforço e lá sorri para tentar disfarçar ao máximo esta situação

Simão - A mãe teve a chorar?

Rita - A mãe tinha só uma coisa no olho, agora vamos tomar banho

Carolina - A mãe e o Ruben brigaram?

Rita - Vocês não tem nada de se preocupar...

Peguei no Simão e entrelacei a minha mão na da Carolina. Dei-lhes banho e levei-os para cama. É verdade que o fiz muito mais cedo do que habitualmente faço, mas depois de me verem daquela maneira quando disse que estava na hora de ir para a cama nem falaram uma palavra sobre o que viram quando chegaram ao meu quarto.
Assim que eles dormiam serenamente levantei-me e fui buscar o meu telemóvel. Telefonei para o Ruben imensas vezes mas nunca atendeu e por isto acabei por telefonar ao Mauro.

Mauro - Rita?

Rita - Sim, sou eu, queria te perguntar uma coisa.

Mauro -  Diz, diz.

Rita - O Ruben está ai contigo?

Mauro - Não, mas pensei que estava contigo.

Rita - E não sabes por onde possa andar?

Mauro - Não, não sei. Mas está tudo bem com vocês?

Rita - Nós…nós tivemos a falar e as coisas não correram muito bem, ele 
disse que tinha de ir dar uma volta e como ainda não chegou, nem atende as minhas chamadas.

Mauro - Eu vou telefonar-lhe e depois digo-tee alguma coisa.

Rita - Está bem e obrigada.

Mauro - De nada, até logo.

Rita - Adeus.

(Ruben)

Custa-me imenso a acreditar que a Rita já sabe há uma semana que vamos ser pais e não disse nada. Até compreendo que não estava à espera, porque é verdade, nenhum de nós alguma vez desejou ter um filho nos próximos tempos e nem tínhamos falado em tal coisa mas daí a esconder-me tal coisa…não compreendo.

Pode ter sido estúpido sair de casa daquela forma, mas a sua atitude  magoou-me imenso, depois de termos formado a nossa família, comigo a viver lá em casa, os miúdos são já como filhos para mim, apoiei-a com tudo isto da mudança deles, uma nova fase, a entrarem no infantário e ela faz isto...
Precisava de um lugar para estar sozinha e por isso fui até ao meu antigo apartamento que mesmo estando sem qualquer peça de roupa minha, nem tinha nada no frigorífico, foi o único lugar que ocorreu-me em pensamento.
Depois de muitas chamadas da Rita só atendi ao ver que do outro “lado” estava o meu irmão.

Ruben - Sim? - falei assim que atendi o telemóvel.

Mauro - Tá tudo bem mano?

Ruben - Sim tá  - menti mas não estava com paciência para falar do que se 
tinha passado.

Mauro - E onde estás?

Ruben - No meu antigo apartamento…precisei vir buscar umas coisas.

Mauro - Olha achas que posso ir ter contigo? - achei estranho perguntar se podia vir cá a casa mas se dissesse que não ainda ia desconfiar de alguma coisa, acabei por concorda e em pouco tempo chegou  - Então que estás para 
aqui a fazer? - chegámos à sala e sentei-me no sofá.

Ruben - Vim só buscar umas coisas  - sentou-se ao meu lado.

Mauro - Já há muito tempo que não vinhas aqui... - se achei estranho  vir 
até aqui estar com esta conversa só mostrava que sabia alguma coisa.

Ruben - Pois mas hoje decidi vir.

Mauro - E está tudo bem lá em casa?

Ruben - Oh mano mas sabes alguma coisa?

Mauro - Primeiro vais ter calma que não vim aqui para te atirar nada à cara, mas a Rita telefonou-me...

Ruben - A Rita o quê? - sabia como era e por ter saído daquela maneira de casa podia ter ficado em baixo mas não esperei que telefonasse ao Mauro.

Mauro - Ela está mesmo preocupada, disse-me só que vocês tinha estado a falar e que tinhas saído, que telefonou diversas vezes para ti e nada, se não quiseres falar é na boa mas espero que saibas que está mesmo preocupada.

Ruben - Eu posso te contar assim como assim vais acabar por saber... a Rita está grávida.

Mauro - A Rita tá grávida?

Ruben - Sim grávida, descobriu isto há uma semana e só hoje é que soube que ia ser pai e nem foi por ela, mas sem por ter atendido a porcaria de um telefonema do médico dela.

Mauro - Mas ela deve ter uma razão para não te contar mano.

Ruben - Disse-me que queria ter os miúdos já no infantário e ter já umas cenas resolvidos com o pai biológico dos miúdos o George… mas porra eu sou o pai.

Mauro - Se vocês tinham muita coisa a acontecer ela pode ter ficado com medo da tua reacção

Ruben - Mesmo assim e até compreendo que nós não planeamos ter este bebé, mas não é razão para esconder que vou ser pai, somos uma família e não é certo esconder de mim algo tão importante como isto.

Mauro - Mano tens toda a razão, mas não é a fugir da situação que vocês vão resolver as coisas, afinal vão ser pais.

Ruben - Não fugi de nada, só precisava de um tempo livre para por as ideias em ordem.

Mauro - Ruben até consigo compreender o que estás a sentir mas a Rita está grávida e da maneira que estava quando telefonou o melhor que tens a fazer é ires até casa para resolverem as coisas entre vocês, não a deixes sozinha e ainda por cima nervosa...

Ruben - Não sei

Mauro - Já te dei a minha opinião, ela estava preocupada, agora é contigo!  - olhei-o  - Mas não te esqueças que há os miúdos... Ruben não quer dizer que chegues a casa e seja ligo um mar de rosas mas acho que não deves deixar a Rita nervosa, afinal falamos do teu filho!

Ruben - Ela é que pediu para saberes onde estava?

Mauro - Não eu é que disse que te ia telefonar.

Ruben - Hum...

Mauro - Vou ter de ir andando porque tenho cenas combinadas, mas vê lá se fazes o que é mais certo  - levantou-se e fiz o mesmo, já que o ia acompanhar até à porta  - E já agora parabéns - sorriu.

Ruben - Obrigado - sorri e acabei por agradecer também por ter vindo até aqui.

Voltei para a sala com as palavras que o Mauro falou na minha mente... sem saber o que deveria fazer.




Deixem as vossas opiniões meninas :)
Beijinhos 
Rita 

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Olá meninas!!!:)
Não sei se sabem,mas tenho uma nova fic.
É um pouco diferente do que costumo escrever mas mesmo assim espero que gostem e que depois de lerem me digam o que acham :D
Aqui fica :
http://flawsandallb.blogspot.pt/
Beijinhos para todas e espero postar ainda esta semana ;)

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Capitulo 60-"Mas vão inscrevê-los num infantário já?"


(Rúben)

Rita-Com desejos?

Rúben-Sim com desejos.-isto da Rita  estar a comer uma chesseburguer (comida que quer manter sempre longe cá de casa) como se não houvesse amanhã era sem dúvida estranho.

Rita-Não são desejos nenhuns só me apetece comer isto, tenho este direito ?

Rúben-Sim tens.-roubei uma batata do seu pacote.-Só que tens que confessar que não é habitual quereres encomendar comida.

Rita-Pois não, mas eu não quero falar mais nisto.-olhei-a..achei estranho não querer tocar mais naquele assunto e vi no seu rosto que ela queria ter tirado para trás o que tinha dito.

Rúben-E não queres falar mais disto porquê?

Rita-Porque não me apetece,só me apetece é comer.Ok?

Rúben-Ok.

A Rita andava estranha,mas não podia esquecer que nas ultimas semanas tínhamos “sofrido” algumas mudanças.Só que este capitulo tinha sido fechado e agora tínhamos era de começar um novo.Com os miúdos no seu infantário,a passarem o tempo definido com aquele exploradorzinho,e cá em casa tudo havia de continuar a correr sem qualquer problema.

O George parecia um relógio de cucu,todos os dias estava “programado” para cá vir….disse que veio ver os miúdos.

Ficou tempo suficiente para estar com nós  na sala a ver televisão e depois quis ir ajudar a Rita a deitá-los.Eu arrumei a sala e quando os pequeninos estavam deitados eles voltaram.

Rita-George nós temos uma coisa para te dizer.-a Rita olhou-me e vi qual era o assunto que queria falar.-Eu e o Rúben hoje fomos ver dois infantários,para saber qual deles era o melhor para inscrever os miúdos.

George-Mas vão inscrevê-los num infantário já?

Rúben-Eles já estão na idade de irem para um infantário.Para o ano entram no primeiro ciclo e o melhor é passarem este ano num infantário.Vão poder se habituar a estarem com outras crianças,é o mais certo a fazer.

George-Se vocês o dizem,tudo bem.Não tenho nada contra e já como disse é a vocês que cabe decidir estas coisas.

Rita-Nós só queremos te por a par do que se passa com os miúdos.

George-Rita eu não estou chateado.-sorriu.-Se acham que é o melhor,por mim tudo bem.Só preciso de saber quando tenho de ir busca-lhos e vir trazer-lhos nos dias que me dizem respeito.

Rita-Obrigada por compreenderes.Como correu o teu primeiro dia?

George-Correu muito bem,foram todos muito simpáticos e acho que me vou habituar rapidamente aquilo.

Ele ficou na conversa com a Rita sobre o seu primeiro dia de trabalho ,enquanto eu prestava mais atenção à 
televisão.

Rúben-Estava a ver que tava difícil.-disse quando cheguei ao meu quarto,e fiquei a sós com a Rita.

Rita-Tu também nem para seres simpático um vez que seja com o George.

Rúben-Se estás à espera que eu ficasse ali de conversa com ele,todo muito interessado na vidinha dele ,podes esquecer.

Rita-Eu tenho ainda esperança,mas pronto.-puxou os lençóis e sentou-se ao meu lado.-Como vês ele é simpático,não tens razões para lhe apontar o dedo.

Rúben-Olha eu já estou farto de falar deste exploradorzinho.-agarrei-lhe pela cintura,e deitei-a.

Rita-Rúben eu estou cheia de sono.-falou quando os nossos braços estavam a milímetros de distancia.

Rúben-Oh amor.

Rita-Rúben o que queres que faça?!Foi o meu primeiro dia de trabalho,e estou cansada.Juro que amanha compenso-te.-beijou-me no rosto.-Está bem?

Rúben-Sim,está bem…-falei sem qualquer vontade de concordar com ela,mas lá o fiz.

Rita-Não fiques assim.-deitei-me a seu lado,e ela tocou-me no rosto.-Pareces uma criancinha.-sorriu.

Rúben-Olha não estavas com sono?-ela riu.

Rita-Até amanhã.-beijou-me e depois encostou a sua cabeça á almofada.

XXX

Carolina-Rúben!-senti tocarem-me no rosto.-Rúben!Rúben!-com aquelas “chapadinhas” abri os  olhos.

Rúben-Carolina….-olhei para o meu lado e vi a pequenina ao meu lado.

Carolina-Tens de acordar Rúben.-virei-me para o outro lado e vi que a Rita não estava ao meu lado.

Rúben-A tua mãe?

Carolina-Tá na cozinha,com o Simão.Tens de vir comer também ,com agente.

Rúben-Eu já vou.-desviei os lençóis e sentei-me.

Carolina-Rúben.

Rúben-Humm?-olhei-a.

Carolina-Bom dia.-falou e depois deu-me um beijo no rosto,o que fez sorrir pela primeira vez hoje.

Rúben-Bom dia princesa,vá anda cá.-peguei nela,e dei-lhe um beijo na testa-Vamos tomar o pequeno almoço.

Levei a Carolina no meu colo até cozinha.A Rita estava a terminar de fazer umas tostas,e cumprimentou-me com um beijo seguindo-se de um “bom dia”.O Simão estava já a “devorar” uma tosta,mas mesmo assim também me deu os bons dias.

Simão-Mãe hoje vamos para casa da Sónia,ou vamos para aquele lugar?

Rita-A mãe hoje tem de ir trabalhar,e como ainda não vos inscrevi no infantário vão ter de ir para a casa da 
Sónia.

Rúben-Se quiseres eu vou ao infantário buscar os papéis.

Rita-Não te importavas?

Rúben-Claro que não,tenho só o treino mas vou lá depois.

Rita-Então podem ficar em casa da Sónia até à hora de almoço e depois eles vão contigo buscar os 
papeis,assim sempre vêem como é o infantário.

Carolina-Vamos hoje lá?

Rúben-Sim,mas só para verem como é.

Simão-Não é hoje que ficamos lá a brincar com os outros meninos?

Rúben-Não,mas eu e a vossa mãe vamos tratar de tudo   para irem para lá o mais rápido possível.

Assim ficou combinado e depois de almoçar fui até à casa da Sónia.Os miúdos,ao contrário do que eu esperava estavam bastante entusiasmados em irem ver como este lugar de que tanto tinham ouvido falar.



Carolina


Simão
Rúben-É aqui meninos.-entrelacei a minha mão na do Simão,e já tinha a Carolina ao meu colo.

Simão-Onde estão os meninos?

Rúben-Estão lá dentro nas suas salas de brincar.Vá vamos ver.

Entrámos e fomos recebidos por uma funcionária (não a mesma de ontem),disse-lhe que queria os inscrever no infantário e vinha buscar os papeis .Ela levou-me ao gabinete da directora,que tal como ontem foi muito simpática ao receber-nos.

Afinal nem precisava de levar os papeis para casa,podia preencher tudo ali mesmo e ficaria o assunto tratado.Enquanto tratava da papelada os miúdos partilhavam a cadeira ao lado,e iam respondendo às  simpáticas perguntas da directora.

Ela disse-me que deveria agora arranhar uma daquelas batas para cada um deles.Eu não fazia a mínima ideia onde ia arranjar uma coisa daquelas por isto pedi-lhe se me dizia onde as arranjar.

Já com a indicação de onde ia arranjar estas tais batas,fui com os miúdos até lá.Disse a cada um deles para escolher a sua.A Carolina escolheu uma rosa com uma boneca qualquer à frente(levou imenso tempo até o fazer pois queria mesmo era uma das princesas),já o Simão foi mais simples e escolheu uma azul com um carro.

(bata do Simão)
(bata da Carolina)
Achei que aquilo estava tratado mas afinal tinha de comprar também uns pequenos remendos com o nome dos miúdos. Comprei isto também para cada um deles e pudemos finalmente ir para casa.
Fiz um lanche para os miúdos e ao chegar à cozinha vi que a Rita já tinha chegado.

Rúben-Amor?Já chegaste?

Rita-Sim hoje vim mais cedo.-sorriu.

Rúben-Aqui tem.-coloquei os pratos em cima da mesa da sala.

Rita-Eu vou só tomar um banho e já venho.-beijou-me e depois foi para o quarto.

Sentei-me ao lado dos miudos a fazer-lhe companhia enquanto lanchavam,até que ouvi tocar o telemóvel da 

Rita.Levantei-me e fui buscar a sua mala.

Peguei no telemóvel,e ao ver quem lhe telefonava não resisti a não atender.

Mulher-Boa tarde.-esperei até ouvir alguma voz do outro lado.

Rúben-Boa tarde.

Mulher-Daqui a fala a secretária do doutor João e queria falar com a Rita Martins.

Rúben-Eu sou o namorado dela, passasse alguma coisa?É que a Rita esteve à alguns dias atrás ai no 
consultório e estava tudo bem.

Mulher-Pois quanto a isto não posso lhe adiantar nada.Mas hoje a Rita telefonou para marcar a sua primeira consulta e não consegui entrar mais em contacto com ela.

Rúben-A sua primeira quê?

Mulher-Desculpe,mas acho melhor falar com a própria paciente,é possível?

Rúben-Agora ela não pode,mas daqui a pouco já lhe volta a ligar.Com licença.

Esperei pela resposta da mulher e desliguei o telemóvel…mas porque raio a Rita ia ter mais uma consulta?
Com esta chamada veio me à mente o que tinha acontecido nestes ultimos dias...os sinais estavam lá e eu até lhe perguntei se estava grávida e ela disse-me que não ,mas agora esta da consulta deixava-me sem dúvidas...

Rita-Então amor?-olhou-me quando entrei no quarto.-Vou já tomar banho.-falou enquanto ia em direção da casa de banho.

Rúben-Nós precisamos de falar.

O que dirá o Rúben à Rita?

Será desta que o Rúben descobre da gravidez da Rita?