domingo, 27 de outubro de 2013

Capitulo 59-"O que é isto?"

(Rúben)

Desde o momento em que  saímos de casa que a Rita parecia estar nervosa.Notava desde o seu respirar até ao facto de cada vez que desviava o olhar da estrada a via a roer as unhas.

Carolina




























Simão

Rita



Rúben-Amor está tudo bem.-coloquei a minha mão sobre a sua e ela olhou-me.

Rita-Eu sei….eu sei.

Chegámos ao primeiro infantário que a Rita tinha escolhido visitar e veio uma das funcionárias nos receber.  Disse-mos que estávamos interessados em inscrever os nossos filhos aqui,mas como é óbvio,primeiro queríamos saber um pouco mais sobre este infantário.A funcionária levou-nos até perto de uma porta branca.Disse para esperarmos um pouco e entrou.Olhei em volta e vi aqueles desenhos todos e trabalhos feitos pelos alunos da escola que estavam presos naqueles compridos quadros de cortiça.

Funcionária-A directora pode vos receber.-sorriu ao abrir a porta,e desviando-se.

Agradecemos e entramos.A directora,uma mulher de meia idade,toda muito “arranjadinha” esperava-nos com um sorriso de pé do outro lado da secretária.

Directora-Bom dia.-esticou a mão direita,e cumprimentamos a mulher.-Sentem-se.-puxei um pouco uma das cadeiras e sentei-me,tendo a Rita fazendo o mesmo.-Antes de mais ,sou a Lúcia e em que vos posso ser útil.-a Rita olhou-me e como sabia perfeitamente que ela já estava nervosa o suficiente tomei a iniciativa de responder à mulher.Disse-lhe que tínhamos um casal de gémeos,e como os queríamos inscrever num infantário,se ela nos podia falar um pouco mais sobre este infantário.

Directora-Então vou vos mostrar primeiro a nossa folha de inscrição para cada criança,e depois mostro-vos todas as nossas salas.

Olhei para a Rita e via com um sorriso a acenar com a cabeça,e de seguida a receber os papeis que a directora Lúcia lhe tinha dado.Fomos vendo cada pormenor da inscrição e a diretora ia falando também sobre estes.

Daquilo que tínhamos falado ali,achei que seria uma boa escolha para os miúdos,mas não iria decidir apenas com base no que tinha sido dito e no papel mas também pelo que íamos ver.

A directora fez uma visita guiada  pelo o infantário e íamos vendo todas as salas do infantário.As crianças paravam por breves segundos para ver quem era "estes dois adultos" com a directora mas depois continuavam com as suas brincadeiras.

Quando a visita terminou a directora despediu-se de nós e voltámos para o carro.

Rita-Que achaste?-olhei-a.

Rúben-Eu até que gostei .E tu ?

Rita-O preço não é mau,adorei as salas e vê-lhos naquelas batinhas.-sorriu.

Rúben-Estás a ver?Correu bem,sem razões para ficares nervosa.

Rita-Sim é verdade.-sorriu.-Vamos agora só a mais um que tenho de voltar para o Caixa.

Rúben-Está bem.

Fomos visitar outro infantário escolhido também pela Rita,e depois de passar outra vez pelo o mesmo “processo” fui até ao Caixa.

Rúben-Queres que vá buscar os miúdos?

Rita-Não,tens treino e dá me mais jeito sair daqui e passar por casa da Sónia.

Rúben-Está bem.-ela tirou o seu cinto.Inclinou-se e beijou-me.

(Rita)

As visitas aos dois infantários tinham corrido bem.Melhor até do que eu esperava.Pensei que ia estar toda nervosa,e com aquela confusão na minha cabeça,mas mantive os meus pensamentos no seu lugar e lidei com aquilo da melhor forma possível .

Voltei para o Caixa e continuei com o meu trabalhinho.Por ter estado fora alguns tempos o tempo livre era utilizada para contar as novidades.

Elas falavam das suas viagens ou jantares românticos,e eu contava-lhes da mudança do Rúben lá para casa,e que hoje tinha ido à procura de um infantário para os miúdos. O tempo ia passando,mas lá para a hora do lanche comecei a sentir uma grande vontade de comer uma daquelas hamburguês cheias de queijo e batatas fritas com todos aqueles molhos…Só de pensar nisto ficava com água na boca.

Ia continuando com o trabalho (e a conversa com elas nos tempos livres), mas parecia que aquilo não me saia da cabeça.Tinha uma grande vontade de simplesmente pegar no telefone e fazer uma “loucura” e encomendar a quantidade que fosse preciso daquelas delicias para saciar aquele desejo ,só  que tinha de me lembrava de que aquilo não era saudável,e não passava de um desejo.

Fui buscar umas bolachas e um sumo,mas nem de longe fiquei satisfeita…Sai do Caixa e fui de seguida para a casa da Sónia.

Levei-os até a nossa casa,e ao chegar reparei que o Rúben já preparava o jantar.

Carolina-O que vamos comer Rúben?-falou no colo do Rúben com os seu braços em volta do  pescoço dele.

Rúben-Bifes panados,e arroz com legumes.

Rita-Ai por amor de Deus.-falei  ao saber o que íamos comer.Mas não consegui disfarçar o meu desagrado com o que ia ser o nosso jantar.

Rúben-O que foi amor?

Rita-Não podemos comer outra coisa?

Rúben-Outra coisa?-o Rúben parecia estar surpreendido por eu querer mudar o que supostamente seria o nosso jantar.

Rita-Sim,não me apetece comer isto.

Simão-Vamos poder comer outra coisa,. é?

Rita-Sim.-olhei para o Rúben.-O que temos mais?

Rúben-Oh amor eu preparei foi isto,agora estar a fazer outra coisa não dá.

Rita-Ok então vamos encomendar alguma coisa.

Carolina-Uma pizza!

Simão-Fixe,eu também quero comer uma pizza.

Rúben-Vais querer encomendar uma pizza,em vez de jantarmos o que preparei?

Rita-Não me apetece comer isto Rúben.Quero comer outra coisa pode ser?

Rúben-Pode,pode.-colocou a Carolina no chão e pegou no seu telemóvel.-Então o que queres comer,para encomendar?

Rita-Vocês querem uma piza não é?

Carolina-Sim,sim.

Simão-Sim mãe.

Rita-E tu?

Rúben-Eu também como piza.

Rita-Então uma piza para você os três e eu quero uma chesseburguer com uma dose de batatas cheia de queijo.-ele olhou-me levantando a sobrancelha com um surpreendido.

Rúben-Queres comer isto tudo?

Rita-Sim quero.

Rúben-Rita estás bem?

Rita-Amor está tudo muito bem,só que hoje apetece-me comer algo diferente.

Rúben-Como querias.-viu afastar-se e  arrumei o que ele já tinha preparado .Levei os pratos até à sala,liguei a televisão,coloquei desenhos animados e sentei-me podendo finalmente ter alguma “paz”.-Já está.

Rita-Graças a Deus.-fiquei toda contente por saber que o meu desejo ira ser saciado.

Rúben-Podes me explicar porque te deu vontade de comer o que sempre chamaste de porcarias?

Rita-Porque dias não são dias e me apetece.-ele sentou-se ao lado de mim no sofá e aproximei-me ao máximo dele.- Mas mudando de assunto,qual dos infantários gostaste mais?

Rúben-Eu achei que os dois eram boas escolhas,e tu?-posei a minha cabeça no seu ombro.

Rita-Eu gostei dos dois,mas acho melhor os inscrever no primeiro que visitámos.

Rúben-Neste caso está escolhido.-sorriu.

Rita-Concordas?

Rúben-Sim.-voltou a dar-me aquele seu sorriso que me dava “segurança”.-Não tenho nada a opor,e como te disse ambos pareceram ser boas escolhas ,por isto o que quiseres eu concordo

Rita-Está bem.

Rúben-Pronto já está tudo tratado…os miúdos já tem infantário,e as coisas com o George já assentaram.

Rita-É…-engoli em seco quando ouvi ele dizer que já estava tudo tratado.Eu tinha posto como “meta” encontrar um infantário para a Carolina e para o Simão,e estar mais confortável quando à mudança na minha rotina por causa do George.Agora que já a tinha ultrapassado tinha de contar ao Rúben da gravidez e isto sem dúvida não era fácil.

Rúben-Queres lhes contar hoje?-beijou-me no rosto.

Rita-Sim já sabemos qual o que eles vão…

Rúben-Por isto mesmo,mas tens alguma dúvida?-vi que notou que eu fiquei um pouco sem palavras.

Rita-Não,não.Vamos lhe contar.-olhei para a frente.-Carolina,Simão.-eles olharam-nos.-Venham até aqui se faz favor.-eles levantaram-se e vieram-se sentar no meu colo e do Rúben.-A mãe e o Rúben tem algo para vos dizer.-olhei para o Rúben,pois não sabia que  dizer.

Rúben-A mãe e eu  fomos hoje a um infantário.

Simão-O que é isto?

Rúben-Isto é um lugar onde as crianças vão passar o dia enquanto os pais estão a trabalhar,como uma 
escola.E estão com outras crianças.

Carolina-Mas a gente vai para a casa da Sónia.

Rita-Agora já não querida. Vocês já estão grandes,está na altura de irem para o infantário.

Simão-E se a gente quiser ver a mãe ou o Rúben.

Rúben-Nós vamos vos buscar.-sorriu ao ver a preocupação deles.-Vai ser bom para vocês,vão fazer 
amigos.

Rita-É o Rúben tem razão,vão gostar.

Carolina-Se agente não quiser ir mais, vocês deixam?

Rúben-Eu prometo que vocês vão gostar.Todas as crianças vão para o infantário,e é por ser bom.Vão fazer amigos,brincar com eles,até passear.Eu e a vossa mãe escolhemos um infantário que vocês vão adorar.Tem umas salas com todos os brinquedos para poderes brincar ao faz de conta lá nas tuas casinhas,e bonecas.-falou para a Carolina.-E tem um campo de futebol para poderes jogar com outros meninos.-disse já a olhar para o Simão.

Eles fizeram mais algumas perguntas de como seria o infantário,e nós fomos respondendo a tudo, o que ia aumento a sua curiosidade e entusiasmo quanto  a esta nova fase da vida deles que iria começar.

Rita-Já chegou.-falei ao ouvir a campainha tocar.Levantei-me e fui buscar a caixa de pizza, e a outra caixa com a minha tão desejada cheeseburger.Sentei-me no sofá coloquei a piza em cima da mesa dei uma fatia a cada um dos miúdos e ao Rúben,abri a caixa com a dose de batatas para eles e peguei no que me dizia respeito.



Rita-Hummmm…..-falei assim que comi  um pouco da minha cheeseburger que tinha um aspecto de comer e chorar por mais.

Rúben-Tudo isto só por causa de comida.

Rita-Ai Rúben tu não entendes.

Rúben-Pois, eu realmente não entendo porque agora andas com desejos.

O que vai dizer a Rita?

Quando irá o Rúben saber que a Rita está grávida?







terça-feira, 22 de outubro de 2013

Capitulo 58-"Eu vou ter que fazer uma pergunta..tu por acaso não achas que estás grávida?





(Rita)

Rita-Sim tenho,eu já te disse é melhor desta maneira.

Sónia-Já sabes a minha opinião,mas se é isto que queres fazer eu apoio-te.Ele perguntou alguma coisa?

Rita-Ontem quando cheguei a casa ele perguntou como tinha corrido a consulta.Disse-lhe que estava tudo bem ,que fiquei desta maneira por causa dos nervos,devido ao que tem acontecido nestes últimos dias.

Sónia-E ele não falou mais nada?

Rita-Ficou um pouco desconfiado,mas consegui disfarçar.

Sónia-Quero ver  é quanto tempo é que isto vai durar….-olhou-me.-Os miúdos?

Rita-Foram para a casa dos avós,vão passar lá o dia.

Sónia-Olha quando ai o teu pequenino ou pequenina nascer qual vai ser o seu quarto?

Rita-Ai Sónia sei lá,queres me por mais nervosa é?-desviei o olhar.

Sónia-Só estava a fazer uma pergunta,agora com as mudanças de humor é que começas a ferver em pouca água.-olhei para o tecto e respirei fundo,pois voltei a sentir aqueles enjoos terríveis.-Estás bem?

Rita-Estou a sentir-me enjoada…

Sónia-Vou te fazer um chá.-levantou-se.-Qualquer coisa, chama.

Rita-Está bem.-falei aquilo,e já de olhos fechados e com a cabeça pousada no sofá ouvi-a ir à cozinha.-Já tens o chá?-perguntei ao ouvir alguns passos na direcção do sofá,e abri os olhos.-Oh amor.

Rúben-Está mais alguém cá em casa?

Rita-Sim ,a Sónia.-sentou-se ao meu lado  e beijou-me.-Foi só preparar-me um chá.

Rúben-Mas está tudo bem contigo?-olhei-o.Não devia ter sequer falado na porcaria do chá.

Rita-Está,está.

Rúben-Rita.

Rita-Não é nada de especial.Só que não deixo de ficar mal disposta num estalar de dedos.

Rúben-Mas tu andas assim já à dias.

Rita-E já fui ao doutor,e ele disse que está tudo bem.

Rúben-Rita.-olhei-o.-Eu vou ter que fazer uma pergunta..tu por acaso não achas que estás grávida?-quando terminou de falar ouvimos uma pancada.Olhámos para trás logo de seguida.

Sónia-Desculpem.-olhou-me e vi no seu rosto que ficou “assustada” da mesma forma que eu quando ouviu o Rúben a dizer aquilo.-Eu vou buscar a vassoura.

Rita-É melhor ajudá-la amor.

Rúben-Responde-me primeiro se faz favor.

Rita-Não,Rúben.Eu não estou grávida.

Rúben-Tens a certeza,é que posso comprar um teste.

Rita-Não!-ele olhou-me surpreendido por ter ficado daquela maneira.-Não.-acalmei-me.-Não,não é preciso.

Rúben-Ok,é só que da maneira que tens andado.

Rita-Mas é isto que tu queres que eu engravide?-usei esta ocasião para “apalpar o terreno” e ver como ele via a ideia de eu ficar grávida nos próximos tempos.

Rúben-Não penso nisto Rita,já temos os miúdos…mas um dia quem sabe.-sorriu,inclinou-se e beijou-me.-Agora vai lá beber o teu chá que eu vou tomar um banho.

Rita-Está bem.-ele deixou-me na sala e eu levantei-me ao chegar ao pé da porta da cozinha dei de caras com a Sónia que andava a ouvir a conversa.

Sónia-Porra.-falou dando um passo para trás ao me ver.

Rita-É por seres cusca!Aliás cusca e parva….deixares cair a chávena!?Queres lhe dar mais razões é?-falei num tom baixo.

Sónia-Desculpa,sim ?Mas também me assustei quando ele disse aquilo.

Rita-Pois,mas como viste eu sei disfarçar.

Sónia-Eu quero ver é quanto tempo vais conseguir.

Rita-O que for preciso já te disse.-levantei-me e fui preparar outra chávena de chá para mim.

A Sónia ainda foi convidada para almoçar cá em casa mas disse que ia era para sua casa,que o Roberto já deveria andar tipo barata tonta à sua espera.Almocei apenas com o Rúben,algo que não acontecia muitas vezes.
Estarmos apenas nós os dois lá em casa.Ele foi um querido e ajudou-me a arrumar a cozinha e de seguida fomos nos enroscar no sofá.
Era tão bom estar apenas com ele,em puro silencio,a aproveitar cada segundo…no meio dos seus beijos,e caricias relembrei-me das suas palavras.Que quando os miúdos não estiverem cá em casa não preciso de dramatizar.Afinal tenho ele ali para me apoiar e passar bons momentos.Aliás era isto mesmo que iria fazer.

Aproveitar aquelas horas para estarmos juntos.sem ninguém a chamar por nós,termos que nos preocupar em lava-lhos,pôr-lhos para a cama cedo….apenas aproveitar da companhia uma do outro.

E era isto mesmo que queria agora mesmo fazer até sempre interrompidos pela campainha.

Rúben-Não vás.-falou ao voltar a colar os nossos lábios,depois de eu me afastar para ir abrir a porta.Sorri e afastei-me.

Rita-Amor tenho de ir.

Rúben-Não tens nada.-colocou a sua mão no meu rosto e voltou a beijar-me.

Rita-Rúben a sério pode ser importante.-levantei-me,sai do seu colo e ouviu bufar.-Toma lá calma que daqui a pouco voltamos ao mesmo.

Rúben-Imagino.-foi sarcástico.

Gargalhei ao vê-lho com um ar que mais parecia um miúdo mimado quando lhe tiram o brinquedo favorito.Juntei os nossos lábios por breves segundos e fui à porta.

Rita-Olá.-era o George que nos tinha vindo visitar.-Entra.-ele entrou deu-me dois beijinhos no rosto.

George-Como estás?

Rita-Bem e contigo?

George-Também.Os miúdos?-fomos andando em caminho da sala.

Rita-Eles foram para a casa dos meus pais.

George-Oh…-olhou para o sofá,e viu o Rúben que permanecia lá sentado com o mesmo ar.-Olá Rúben.

Rúben-Olá.

George-Eles tem andando bem?-voltou a olhar-me.

Rita-Sim,sim.Foram só lá passar o dia porque os meus pais já à muito tempo que não os viam e então disse-
lhes que hoje podiam ir matar as saudades.-sorri.

George-Ah ok.Achas que há algum problema em eu ir lá a casa?

Rita-Claro que não.

Rúben-É podes ir à vontade .-olhei para o Rúben e o  George também o fez.-Eles não se importam nada.

Rita-Rúben…-falei num tom mais baixo mas o suficiente para ele ouvir e para entender que deveria era se manter de bico fechado.

George-Desculpem se vim interromper alguma coisa…-sorriu meio envergonhado.

Rita-Não há problema.-falei e olhei por breves segundos para o Rúben para ele entender a minha indirecta.-
Mas sim podes,ir lá à vontade.

George-Ok,é só que queria ver os miudos.

Rita-Podes ir à vontade.

George-Então vou lá passar,mas tenho algo para te dizer.-o Rúben rebolou os olhou os olhos ao ver que a conversa ia continuar mas ignorei-o.-Já tenho trabalho.

Rita-A serio?!Ai que bom.-fiquei mesmo muito feliz por ele ter conseguido arranjar emprego,já que isto significava poder dar este passo na sua vida.

George-É começo já esta segunda feira.-via se no seu rosto que estava mesmo muito entusiasmado com 
esta ideia.

Rita-Isto é mesmo bom,parabéns.

George-Obrigado.-sentei-me ao lado do Rúben.E olhei-o à espera que falasse.

Rita-Rúben não vais dar os parabéns ao George?

Rúben-Ah,claro,claro.Parabéns.Olha agora que falas nisto,já  arranjaste casa?

George-Não,tenho estado a ver mas ainda não vi nenhuma que gostasse realmente e a um bom preço,segunda vou ver dois apartamentos.Talvez encontre ai alguma coisa.

Rúben-Está bem.Agora senão te importas…

Rita-Rúben!

George-Não faz mal,vocês tem todo o direito de aproveitarem estas horas.

O Rúben deu lhe uma resposta irónica ,ambos deram aquele sorriso amarelo e eu lá acompanhei o George à porta.

Rita-Precisavas mesmo de falar com ele assim?

Rúben-Ele veio interromper o nosso momento.Agora volta para aqui.-sorriu.

Rita-Rúben eu não gosto que sejas estúpido com o George.-sentei-me perto dele.

Rúben-Não sou estúpido,só não gosto do tipo e não me importo de lhe dizer.

Rita-Pois,mas eu não peço te que tentes ao menos ser um pouco mais simpático com ele.

Rúben-Para quê?Para ele continuar ai como se fosse o dono de tudo?!Já disse que não gosto daquele exploradorzinho.

Rita-Rúben eu e a tua mãe também não somo as melhores amigas mas faço um esforço para não ser estúpida com ela,e as coisas já estão a melhorar,porque não podes fazer o mesmo?Ele até mesmo pode continuar a ser estúpido,mas tu serás sempre o mais maturo.E serás um óptimo exemplo para os miúdos,é isto que interessa.

Rúben-Ok pronto,agora vamos deixar-nos ficar como estávamos.

Deixei as conversas de lado e aproveitamos para nos amarmos.Tivemos a chance de ter uma óptima tarde apenas ficando nos braços um do outro.

Quando dei conta das horas,ainda nem tínhamos jantado e tinha de ir buscar os miúdos. Disse ao Rúben para fazer alguma coisa e eu fui buscar os meus pequeninos.

Trouxe-os para casa e vi que a solução do Rúben para o nosso jantar não foi nada menos,foi encomendar umas pizzas. (já deveria ter esperado tal coisa)

XXX

Segunda feira chegou e eu tinha conseguido nestes últimos dias,manter afastadas qualquer perguntas ou duvidas do Rúben sobre o meu estado.Cada vez que olhava para a minha barriga respirava fundo,afinal iria começar a por a minha vida em ordem outra vez e agora com este bebé a crescer dentro de mim.

Um destes passos que tinha que dar era ir ver o infantário e então aproveitei a minha hora de almoço e fomos procurar o infantário.

Irão eles encontrar um infantário?


Se sim,será aí que Rita vai contar ao Rúben?

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Capitulo 57-"Rita eu não acho isto uma boa ideia,ele é o pai."


(Rita)

Rita-Deve ser engano senhor doutor,estas análises  foram trocadas ou assim.-ele riu,como se eu estivesse a brincar.

Sr.doutor-Não Rita,está tudo certinho.Você está grávida,não estava nos seus planos era?

Rita-Eu pensei que estava assim por causa dos nervos,nunca pensei que podia estar grávida.

Sr.doutor-Mas está.-sorriu.-E como não é a primeira vez sabes muito bem o que lhe espera.

Rita-Doutor.-interrompi-o,já que na minha cabeça havia uma grande confusão e estar a pensar nas “regras” que uma grávida tem de seguir agora não era o ideal.-Quando uma mulher tem  gémeos ao voltar a 
engravidar há possibilidade  de voltar a ser gémeos?

Sr.doutor-Claro que há.Aliás há grandes possibilidades.

Rita-O doutor deve estar a brincar…-ele riu,mas eu não consegui “cair” em mim e levar isto a sério.
Sr.doutor-Eu sei que a Rita pode não ter planeado esta criança,mas está grávida.Agora tem é de cuidar bem de si e do bebé,marcar a próxima consulta e claro contar ao seu companheiro.Sim porque desta vez não veio cá antes com interesse em recorrer à inseminação artificial,ou seja há algum homem que vai receber uma boa noticia.-voltou a sorrir mas eu ainda não consigo sequer lidar com o que me tinha sido dito.

Ele falou,sobre uma data de indicações ,ou melhor relembrando o que já me tinha dito à 5 anos quando engravidei pela primeira vez.No fim da conversa levantei-me e sai,nem marquei consulta nenhuma,depois haveria de ligar e resolvia este assunto.

Cheguei ao carro,coloquei as mãos no volante,olhei em volta e não sabia onde deveria ir…Aquilo era bomba autentica e eu não sabia como lidar.Não sei como ia encarar este facto de ter um filho a crescer dentro de mim novamente ,quando não era nada planeado,e muito menos como ia contar ao Rúben.Nunca tínhamos falado em termos um filho juntos,como ia chegar perto dele e dizer-lhe que estava gravida.Nem sabia se ele desejaria ser pai agora.Especialmente agora que estava a endireitar as coisas lá em casa e com os miúdos.

Liguei o carro e fui até onde achei que seria o único lugar que me podia “acolher” agora.

Sónia-Olá.-eu nem respondi fui até à cozinha.-Hei.-ouvia falar mas ignorei.Quando cheguei à cozinha ouvi o som da televisão e deduzi que os miúdos estivessem lá no seu quartinho.-Não me estás a ouvir?-aproximou-se e colocou-se na minha frente.-Rita!

Rita-Sim.

Sónia-O que se passa?

Rita-Olha eu nem sei.-virei-me e caíram-me as lágrimas.

Sónia-Estás a chorar?-não lhe consegui responder…era difícil encontrar palavras quando eu nem consegui lidar com o que me estava a acontecer.-Rita.-puxou-me pelo braço e eu olhei-a.-O que se passa mulher?Estás me a deixar preocupada.-não lhe respondi  apenas a abracei.Precisava daquele abraço mesmo que ela não o esperasse.Ela respondeu e colocou os seus braços em volta do meu corpo.-Anda cá.-puxou uma cadeira ,sentei-me e fico encostada à mesa na minha frente.-Conta-me tudo,vá respira fundo.

Rita-Eu não sei…

Sónia-Diz lá Rita por favor,estou preocupada.

Rita-Eu estou grávida.-disse aquilo sem sequer a conseguir olhar,tanto por não ter coragem como por estar com os olhos cheios de lágrimas.

Sónia-Estás?-ela fez me aquela pergunta mas não lhe respondi.-Rita.-colocou a sua mão no meu rosto e fez com que eu a olha-se.-Porque estás assim?

Rita-Sónia eu nem sei que fazer à minha vida….nunca pensei em voltar a engravidar.

Sónia-Mas aconteceu ,e não tens razão para ficar assim.O Rúben vai ficar muito feliz, o Simão e a Carolina vão gostar muito de ter um irmão mais novo.

Rita-Olha que tenho sérias dúvidas.

Sónia-Mau,mas pensei que tavas assim só porque tinha foste apanhada de surpresa,agora os miúdos e o Rúben também são razão para te preocupares.

Rita-Sónia,eu nunca,nunca mesmo falei em ter mais filhos com o Rúben.Os miúdos nem se imaginam a ter outro irmão.Só para veres a Carolina à uns tempos atrás nem queria que eu e o Rúben estivéssemos os dois juntos,porque assim ainda íamos ter um bebé.-passei a minha mão esquerda pelo rosto.-Eu não sei o que vou fazer…

Sónia-Eles são crianças,quando souberem que um irmão significa que vai haver mais brincadeira ficam felizes da vida.E o Rúben adora criança,lá por não ter falado em ter um filho não quer dizer que não queira.Rita.-olhei-a.-Tu és uma óptima mãe,ter um bebé só vai aproximar mais a tua família.Ou até mesmo completar.Até à um ano era apenas tu,a Carolina e o Simão,agora tens o Rúben,que é o melhor pai possível para os miúdos,e um bebé vai agradar a todos.Não fiques assim,estás grávida.-sorriu de orelha a orelha.-Lembras-te de quando descobriste que estavas grávida do Simão e da Carolina é com esta felicidade que tens de ficar agora.

Rita-Eu não esperava engravidar,e sei que devia estar contente,mas veio numa altura complicada…

Sónia-Numa altura complicada?-olhou-me.-Como assim?

Rita-Sim numa altura complicada,esta semana vou andar à começar a procurar um infantário para os miúdos,e ainda tenho aquilo do George na cabeça.

Sónia-Ok,eu não estou a entender,o que é aquilo do George?-lembrei-me que não lhe tinha contado de tudo o que tinha acontecido nestes últimos dias.

Rita-É verdade eu nem te falei disto,mas o George agora quer que os miúdos também vão passar uns dias com ele.


Sónia-Mas como se ele anda sempre a viajar?

Rita-Pois,aí está.Ele agora quer assentar.Vir para Portugal,procurar casa e arranjar em emprego.Diz que está na altura de começar a sua família,já que com a Carolina e o Simão não consegui ser um pai a tempo inteiro,quer apenas passar um ou dois dias no máximo com eles em cada mês.

Sónia-Compreendo,também há alturas para tudo na vida.E já estava na altura de ele amadurecer um pouco neste sentido,mas pelo menos reparou que para pai os miúdos já tem o Rúben…-olhou-me.-Não precisas ficar em baixo por causa disto Rita.É só um ou dois dias,passa num piscar de olhos.-sorriu.-E vais estar com o Rúben e com o teu bebezinho.-olhei-o.-É um passo um pouco difícil a tomar,mas isto é só nos primeiros meses,depois torna-se parte da vossa rotina.Tantas famílias que também o fazem,só tens de te adaptar.E eu vou estar aqui para qualquer coisa.

Rita-Eu sei,mas como já te disse tenho muita coisa a acontecer ao mesmo tempo e a juntar a isto um bebé não planeado.

Sónia-Rita agora é só contares ao Rúben e depois  ordenam a vossa vida..procuram o infantário para o miúdos  ,e ele apoia-te nos primeiros dias que os miúdos forem para a casa do George.

Rita-Nem pensar.-ela olhou-me como se eu fosse alguma maluca.-Eu vou primeiro escolher o infantário com o Rúben,e quando estiver habituada à ideia que eles estar longe de mim ,nem que seja por um dia, conto ao Rúben.

Sónia-Mas tu és maluca?!

Rita-Eu não lhe consigo contar,não agora.Vou lhe contar.Deixa só ter a minha vida em ordem,e tudo na minha cabeça em ordem também.

Sónia-Rita eu não acho isto uma boa ideia,ele é o pai.

Rita-E eu a mãe,que tem a cabeça em água por ter só tido problemas nos últimos dias.Já me estou a conseguir habituar à ideia de irem para a casa do George,mas mesmo assim sei irá acabar por mexer comigo,e agora ter de andar a procurar um infantário…eu vou só tratar disto,e quando finalmente estiver tudo em ordem eu digo-lhe.

Sónia-E isto vai ser quando?Quando já tiveres com uma barriga enorme?

Rita-Não,não sejas parva.Se correr tudo bem,no máximo vai ser uma semana,duas.

Sónia-Rita.-mais parecia a minha mãe a falar naquele tom quando me repreendia.-Tu devias era deixar esta ideia.

Rita-Eu sei o que estou a fazer.-o meu telemóvel tocou,e vi que era o Rúben.-Tenho de ir,mas primeiro vou
só retocar a maquilhagem.

Sónia-E eu vou chamar os miúdos.

Ela podia ter achado que aquilo de eu não  contar já a gravidez ao Rúben  não tinha qualquer sentindo mas eu sabia como estava,  e preferia “arrumar” a confusão em que estava a minha cabeça e depois então contar-lhe e aos miúdos também.

Rúben-Podes me dizer o que aconteceu para só  apareceres agora?-disse quando cheguei à sala e o encontrei.

Rita-Desculpa mas fui buscar os miúdos.-os miúdos correram até perto do Rúben e atiraram-se para o seu colo.O  Rúben parecia ter perdido a curiosidade sobre a minha ida ao consulta ao estar com os miúdos eu fui fazer o jantar.

Rúben-Então como correu a consulta?-estava  a levar os pratos para a mesa e quase os deixei cair com o susto que apanhei.

Rita-Credo!Que susto.-coloquei os pratos sobre a mesa.

Rúben-Não foi coisa para isto amor.-aproximou-se.-Agora quero saber como correu.-olhei-o,e engoli em seco.Sabia o que tinha planeado dizer quando esta pergunta surgisse,mas parecia que tinha um nó na garganta.-Amor.

Rita-Sim, correu bem..

Rúben-Correu bem?Mas então o que tens para estares mal disposta?

Rita-Ele disse que deve ser por causa dos nervos,tal como te tinha dito.-comecei a espalhar os pratos pela mesa.

Rúben-Vais ter que tomar alguma coisa?

Rita-Não,não.

Rúben-Oh Rita tu foste mesmo ao médico?-olhei-o.

Rita-É claro que fui,mas como te disse não há razões para preocupações foram só os nervos por causa do que o George nos disse no outro dia.-vi que ele ainda tinha aquela cara,como se não acreditasse no que eu lhe estava a dizer.-Não acreditas em mim agora?

Rúben-Eu acredito.Já não falamos mais nisto,se dizes que está tudo bem.-respirei fundo ao ouvir que ele já tinha dado um “fim” a este assunto.

Ele voltou para perto de miúdos,e eu acabei de preparar tudo para o nosso jantar.Tentei afastar do meu pensamentos todas as “novidades“ do dia,mas não foi fácil.Disse ao Rúben para deixar tudo como estava que eu ia ficar encarregue de arrumar a cozinha.Assim ele estaria com os miúdos mais algum tempo,e eu poderia estar ocupada mais algum tempo.

Lavei os miúdos e depois fui os deitar.Quando voltei para o meu quarto já andava às “cabeçadas” e só me apetecia aterrar por completo na minha cama.

XXX

Rúben-Amor.-ouvi um sussurrar  ao meu ouvido,mas estava sem vontade nenhuma de abrir os olhos.-Rita.-ao sentir o seu toque no meu ombro,lá abri os olhos.-Bom dia.-olhei para o meu lado esquerdo e vi o Rúben com um sorriso.

Rita-Bom dia.-falei e logo de seguida bocejei.-Vais já embora?

Rúben-Não,queria te acordar para podermos tomar o pequeno almoço todos juntos.

Rita-Está bem,vou só à casa de banho e já vou até à cozinha.

Rúben-E eu aproveito e vou ver dos miúdos.-abaixou-se e beijou-me.

Quando ele saiu do quarto fui até à casa de banho.De seguida enquanto me vestido ia “lutando” comigo própria.Estava um pouco indisposta mas não queria demorar muito tempo pois sabia que da maneira que o Rúben tem andando ainda vinha com as suas histórias,e começava a desconfiar.

Lá respirei fundo e quando me senti um pouco melhor fui até à cozinha.Quando lá cheguei encontrei o Rúben e a Carolina.Perguntei-lhe pelo o Simão e ele disse que Simão ainda estava a dormir,mas não tardou  até ele se vir juntar a nós.

Tentei ao máximo tomar o pequeno almoço e deu a “missão” como cumprida pois o Rúben ao sair despediu-se de mim sem fazer qualquer pergunta.

Os miúdos já à alguns dias que falavam em passar em casa dos avós,e ao dizer isto à minha mãe,foi o suficiente para o meu pai aparecer lá em casa em “três tempos” para os vir buscar.Fiz uma pequena mala,para lá passarem o dia,despedi-me deles e voltei para a sala.


Ao sentar-me no sofá ouvi tocarem à campainha,pensei que seria o meu pai que poderia se ter esquecido de algo,mas afinal era apenas a Sónia que me vinha visitar.


Sónia-Como estás?

Rita-Um pouco mal disposta,mas lá me tenho aguentada.-peguei numa almofada e sentei-me.

Sónia-Chegaste a contar ao Rúben?

Rita-É claro que não.-vi no seu rosto que continuava a achar que aquilo era uma má ideia.-Mas como te disse tudo com o seu tempo.

Sónia-Rita eu tenho de te perguntar isto,tu queres mesmo ficar sem contar ao Rúben ?

Irá a Rita continuar sem contar ao Rúben?

Irá ele suspeitar?


quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Capitulo 56-"Apenas estou a prever pelo bem dos meus filhos."

(Rúben)

George-Em pratos limpos?

Rúben-Sim.É verdade que eu e a Rita concordámos que os miúdos podem ir a tua casa,mas isto não quer dizer que seja tudo um mar de rosas.Sabes muito bem o quanto eles são importantes para mim e para a Rita.Pode ser só por um dia,mas vai ser completamente diferente não ter eles cá em casa,e por ficarem na tua responsabilidade é bom que eles estejam sempre bem.É que se não tiverem tu vais desejar não ter tido esta ideia de passar mais tempo com eles.

George-Mas estás a ameaçar-me?

Rúben-Não,estou a avisar-te.Como pai deles,eu preocupo-me.Porque enquanto tu queres apenas ter memórias com eles,o que tens direito já que eles sabem muito bem que o pai biológico és tu,mas quem está aqui realmente para eles sou eu.Apenas estou a prever pelo bem dos meus filhos.

George-Eu não quero entrar em guerra nenhuma,quero só passar algum tempo com eles,mais nada….porque já entendi que eles sabem muito quem é o pai deles.

Rúben-Eu também não.Tu tomas muito bem conta deles durante o dia que te calham  ,e todas outras responsabilidades que dizem respeito relativamente aos miúdos ficam a meu cargo e da Rita.

George-Não podia soar melhor.-sorriu,como já tomando por garantido que a conversa tinha terminado.-É tudo?

Rúben-Por agora é,mas espero não seja preciso voltar a ter esta conversa.

George-Está descansado que eu sei muito bem o que estou a fazer.

Rúben-Espero que sim.

Ele virou costas e abriu a porta.A Rita estava do outro lado e notei que estava ali à algum tempo.

George-Eu vou andando,adeus.

Rita-Txau.

Rúben-Pensei que tinhas ido à cozinha.-falei quando o outro saiu.

Rita-O que foste falar com ele?

Rúben-Até parece que não ficaste a ouvir.-fui andando até à cozinha e ela ia me seguindo o passo.

Rita-Olha que por acaso não…

Rúben-Ai não?-cheguei à cozinha e abri o frigorífico.-Olha que parecia ,com a cara que fizeste.-sorri ao ver que lhe tinha “apanhado”.

Rita-Não interessa Rúben,aliás nem deu para ouvir nada por isto desembucha.-olhei-a.

Rúben-O que achas que foi dizer ao exploradorzinho?!

Rita-Olha que te conhecendo nem sei.

Rúben-Disse-lhe que se quer ter direito a estar alguns dias com a Carolina e com o Simão vou estar de olho nele.-ela riu.-O que foi?Tem tanta piada.

Rita-Por acaso até tem,ver te assim...e o que ele disse?

Rúben-Pôs-se a dizer que sabia muito bem o que ia fazer,que tem tudo sob controlo.Mas mesmo assim não lhe vai deixar de estar debaixo de olho.

Rita-Aposto que ele agora pouco vai por o pé cá em casa só por causa desta.

Rúben-É um favor que me faz, dispenso olhar para a cara daquele gajo.

Rita-Rúben,por favor….-sentei-me,e ela fez o mesmo ficando ao meu lado.-Não sei como vamos dizer aos miúdos.-vi no seu tom de voz,e no seu rosto,que estava completamente sem “norte” quanto a este assunto.

Rúben-Toma calma,que tudo tem uma solução.O que temos de fazer agora é esperar que ele já tenha casa e dizemos aos miúdos. Vai correr tudo bem.

Rita-Espero que sim.-levantou-se.-Eu vou me deitar um bocado que estou a ficar com algum sono.-bocejou.

Rúben-Está bem,quando acabar vou ter contigo,já que eles ainda dormem.-ela sorriu antes de unir os nossos lábios.

Rita-Até já.

Terminei de comer a minha sandes e fui até ao quarto,já que os miúdos estavam a dormir poderiam aproveitar para ter algum tempinho a sós com a Rita.Cheguei ao quarto,fui até à cama e deitei-me ao seu lado.

Rúben-Amor.-toquei no seu ombro.-Amor.-voltei a tocar,mas ela parecia estar a dormir serenamente,e não parecia acordar assim tão facilmente.Ficar ali a dormir ao seu lado  não era o que me apetecia,nem o que teria planeado,mas ela dormia tão bem que não tinha coragem para lhe acordar.

Este sono prolongou-se e acabou por ficar só eu e os miúdos a passar a tarde na piscina.Mas como não queria que o mesmo voltasse a acontecer para o jantar,lá fui a acordar a “princesa adormecida”.

Rita-Os miúdos?-perguntou pouco depois de eu a acordar.

Rúben-Já estão a jantar,falta apenas tu.

Rita-Dormi assim tanto tempo?-gargalhei.

Rúben-Sim,mas não há problema,estavas a precisar de descansar para ver se ficas mais calma.

Rita-Sabes que depois daquilo de ontem não é propriamente fácil.

Rúben-Vais ver que com o tempo,se torna muito mais fácil.-entrelacei as minhas mãos nas suas e ajudei-a a levantar-se.

Quando voltámos a estar juntos já depois de ter deitamos os miúdos,ela colocou a sua cabeça sobre o meu peito e os seus braços em volta da minha cintura.

Rita-Sabes que daqui a menos de dois meses começa um novo ano escolar.-olhei-a sem saber onde ela queria ir com aquilo.

Rúben-E?

Rita-E o Simão e a Carolina tem de ir para o infantário este ano,e não faço a mínima de um infantário para os colocar.-respirou fundo.-É tudo ao mesmo tempo,o George que quer passar tempo com os miúdos,agora arranjar um infantário para eles.

Rúben-Amor.-ela olhou-me.-Toma calma.Vamos fazer isto juntos.A questão do George está mais do que tratada,ele sabe muito bem do que se responsabilizou,e nós só temos de continuar com a nossa vida.E quando chegar ao dia de eles irem para a casa,não digo que não seja difícil,pois vai ser,mas temos de agir da forma mais matura possível,pelos miúdos. E para além disto ,já te disse,que me tens aqui ao teu lado.-puxei-a mais um pouco para perto de mim.-Já tinhas falado nisto do infantário,e eu vou contigo procurar pelo que seja mais apropriado,e depois inscrevemos os miúdos.

Rita-Não te importas?

Rúben-Claro que não.-sorriu.-Como pai é um dos meus deveres.-ela sorriu e beijou-me.

XXX

Ontem à noite a Rita,apesar de por momentos ter estado enervada,acalmou-se e podemos te uma noite agradável,ao amarmos-nos.Hoje ao acordar olhei para o meu lado,a esperar que ela ainda estivesse a dormir,mas encontrei a Rita sentada.

Rúben-Estás bem?-ela olhou-me de uma forma,que vi que não esperava que eu estivesse acordado.

Rita-Só estou um pouco mal disposta,mais nada.-tentou forçar um sorriso,mas não deu para disfarçar.

Rúben-Amor tu já ontem estavas mal disposta,devias ir ver se passasse alguma coisa.

Rita-Isto não é nada Rúben por favor.

Rúben-Por favor nada.Quando terminar fim de semana voltas a trabalhar e se continuares desta maneira é pior.Podes ter de faltar ao trabalho,e sendo a senhora como é ainda vai é trabalhar e nem vais ao hospital.

Rita-Até aparece.Eu é que não acho que seja caso para isto.

Rúben-Mas eu acho que seja,e peço-te que vás ao hospital.

Rita-Oh Rúben.

Rúben-Nada,por favor.-ela olhou-me e vi que não tinha vontade de ceder.-Depois do treino  vamos ao hospital.

Rita-Não ,eu vou lá sozinha Rúben,se é para ir não quero que andes a faltar a nada por minha casa,especialmente hoje que é o teu primeiro treino.

Rúben-Vou te deixar hospital e vou te buscar.

Rita-Sim,sim.-levantou-se com pouca paciência e fui até à casa de banho,com o mesmo ar com que tinha acordado.Que mostrava que estava ainda mal disposta.

Levantei os miúdos e tomámos o pequeno almoço,enquanto a Rita apenas bebeu uma chávena de café.

(Rita)  
Não tinha muito vontade de ir ao hospital.Aquilo não passava de uma dor de barriga,já que nestes últimos dias tinha havido uma mistura de emoções.Parecia que tudo acontecia ao mesmo tempo e eu não conseguia ter controlo de nada….e isto deixava-me desta maneira,mas para uma “cabeça” como a do Rúben era logo sinal de preocupação.
Carolina\Simão
Rita
Ele deixou-me no hospital.Esperei umas longas horas e depois vieram-me me chamar para ir entrar no consultório do doutor.Disse ao meu médico de família,o doutor João,como me tinha sentido nos últimos tempos e ele disse que seria o melhor fazer analises.Ficou combinado que iria almoçar e depois voltaria para saber saber então o que realmente o que se passava,e dar algum descanso uma certa pessoa que já tinha enchido o registo de chamadas.

Rúben-Como correu?-perguntou  antes de eu colocar o cinto ou até mesmo fechar a porta.

Rita-Toma calma.-entrei dentro do carro e coloquei o cinto de segurança.-Fiz umas analises e agora à tarde volto aqui,mais nada.

Rúben-Mas o doutor não adiantou nada.

Rita-Não,mas como já te disse deve ser só dos nervos.

Rúben-Fico descansado depois dos resultados.

Rita-Está bem.

Ele quis levar-me a almoçar,e sob o seu olhar lá fiz um esforço para ter uma refeição “decente”,o que não tinha habitual nos últimos dias.

Ao voltar para o consultório,o Rúben teve mais uma vez de ficar “para trás” já que voltaria a ter treino e mesmo tendo começado com desculpas para ver se escapava.Disse-lhe que da mesma forma que ele não queria que eu faltasse ao trabalho,ele não ia faltar aos treinos para me acompanhar ao hospital,apenas para saber os resultados umas análises.Que na minha opinião já tinham o seu “porquê”.

Rita-Boa tarde,posso?-falei depois de abrir a porta do consultório do doutor João.

Dr.João-Pode entre.-entrei,fechei a porta e sentei-me.-Já temos os resultados das suas análises Rita,e posso lhe dizer que o que tem estado a sentir é bastante normal devido ao seu estado.

Rita-Como assim o meu estado?Passasse alguma coisa?

Dr.João-Você está grávida Rita.

Como vai reagir a Rita a esta noticia?


Olá meninas :)
Espero que tenham gostado e que me digam o que acharam,nem que seja em breves palavras ;)
Beijinhos
Rita



sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Capitulo 55-"Ele quer viver em Portugal….e quer que os miúdos vão para sua casa."


(Rita)

O George tinha me dito que precisávamos de falar e disse ainda que era um assunto sério.Não era normal isto acontecer,e por isto não consegui deixar de ficar um pouco curiosa.

Chegámos a minha  casa e ele foi até à sala.

Rúben-Eu vou deitar os miúdos ,vai lá falar com ele.

Dei um beijinho na testa à Carolina e ao Simão e fui até à sala.

Rita-Diz lá o que me querias dizer.-sentei-me ao seu lado.

George-Rita eu já à algum tempo tinha pensado nisto,e já à dois dias que te queria dizer isto, mas estávamos sempre a ser interrompidos.. agora já tenho oportunidade para te dizer….eu quero que tenhas calma,e que me oiças.Porque tenho uma razão para o que te vou dizer.

Rita-Oh George até já tenho medo do que vem dai.

George-Não tenhas, ouve só…Eu vou passar a viver aqui em Portugal…e queria passar mais tempo com os miúdos,ou seja o que quero dizer é que eles fossem alguns dias para minha casa.

Rita-O quê?

George-Toma calma,eu sei que não estavas à espera por isto mesmo ouve.Eu já estou com trinta e dois,não tenho filhos,casamento, nem mesmo uma mulher na minha vida.É verdade que adoro viajar e nunca vou esquecer todas as viagens que fiz,mas está na altura de assentar.Decidi que quero viver aqui em Portugal…e nestes últimos meses tenho procurado um emprego.Agora só falta arranjar uma casa para me mudar completamente.Como é óbvio quero que os miúdos façam parte desta nova fase da minha vida.Acho que vamos conseguir entrar numa espécie de acordo de quantos dias poderão ir a minha casa.

Rita-Não.-interrompi-o,não com intenção,apenas “disparei” aquelas palavras.-Desculpa George,não é que não ache que os miúdos vão estar em má mãos,é só que pensar em acordar e não ter os miúdos,nem que seja por um dia.

George-Eu sei que não é fácil para ti entenderes,mas eu decidi isto porque tal como tu,eu também quero ter a minha família.Quero puder ser um pai a tempo inteiro,ser o que não fui para a Carolina e para o Simão…Agora não vale a pena tentar mudar nada,até porque os miúdos tem um óptimo pai.Nos poucos dias que aqui estou já vi que o Rúben trata muito bem deles.Eu só quero poder que eles vão lá a casa um dia ou dois,para daqui a uns dez anos,quando olharem para trás eu não seja só o seu pai biológico,que tenhamos ao menos alguns momentos guardados.E estarás sempre a par de tudo,não te vou esconder nada.

Rita-Eu sei que as tuas intenções são boas,mas só de pensar em não os ver por um dia deixa-me com um nó na garganta.-levantei-me,já que com aquela conversa toda fiquei de imediato mal disposta.-Não é fácil,desde o dia que nasceram que estiveram sempre comigo.

George-Eu sei,eu sei.Mas também não vou pedir para estarem muito tempo longe de ti.

Rita-Eu preciso de estar sozinha.-limpei as minhas lágrimas .-Por favor vai embora.

George-Rita por favor.

Rita-Não leves a mal,a sério.Amanhã falamos melhor agora não consigo.-ele tocou-me no ombro,enquanto se levantava.

George-Promete que ficas melhor?É que não te quero deixar assim.

Rita-Eu fico bem,mas preciso mesmo de ficar sozinha.

Vi ele ficou hesitante mas acabou por ir embora.Quando ouvi fechar a portar,as lágrimas caíram sem que eu desse conta,e pudesse ter controlo.Quando decidimos que iríamos iniciar o processo de inseminação artificial,o suposto era ele estar por perto os primeiros meses,depois ia continuar a viajar,vinha nos visitar no máximo.Eu é que estaria todo o tempo com eles…e tirar-me isto,mesmo que fosse por um dia,deixa-me ser sem saber que fazer.

Os miúdos são a minha vida,toda a minha rotina é em volta deles,e passar um dia como será?O que irei fazer?Tantas eram as questões que eu não tinha resposta,que já sentia um aperto na garganta.A juntar a isto,comecei a sentir-me indisposta e com alguns enjoos.

Rúben-Amor estás bem?-ele sentou-se ao meu lado.-O que foi que aquele filho da mãe te fez?-limpei as lágrimas.Tentei falar,mas era como se as palavras custassem a sair.-Rita,por favor,diz me o que passou.-colocou a sua mão no meu queixo e fez com que lhe olha-se.

Rita-O George….

Rúben-Eu já percebi que foi aquele gajo que te deixou assim.-falou já não consegui terminar a minha frase.-Quando lhe apanhar eu parto-lhe a tromba toda.

Rita-Ele quer viver em Portugal….e quer que os miúdos vão para sua casa.

Rúben-O quê?-o Rúben ficou tanto surpreendido quanto eu.-Ele quer o quê?

Rita-Diz que quer viver cá,comprar uma casa e quem sabe começar uma família.

Rúben-E o que tem a Carolina e o Simão a ver com isto?O gajo nunca quis destas cenas e agora é que se lembra que passar algum tempo com os miúdos .

Rita-Só sei que diz que não precisa que seja muitos dias,um dia ou dois.Diz que é porque eles já te tem a ti como pai,e que o máximo que ele pode ser é um amigo próximo…Como é que eu vou passar um dia sem ver os miúdos?-as lágrimas voltaram a ficar volta do meu controlo,enquanto lhe fiz aquela pergunta.

Rúben-Amor toma calma.-ele abraçou-me e beijou-me a nuca.A mim também me custa,e acredita que não é pouco,porque para além de ficar sem ver os miúdos,estamos a falar daquele nariz empinado…mas ele acaba por ter o direito de querer estar algum tempo com eles.O melhor eu e tu temos a fazer,como pais da Carolina e do Simão,é estabelecer quantos dias eles ficam com ele.

Rita-Ele disse-me que sabia a relação que temos com eles,e por isto não quer entrar em qualquer discussão e como te disse seria um dia ou dois.-ele limpou-me as lágrimas.

Rúben-Então pronto,amanha ele vai cá vir,e nós vamos lhe dizer que decidimos que ficará um ou dois dias,no máximo,por mês,pode ser?-acenei com a cabeça e ele sorriu.-Agora tens é de ficar mais calma.Porque eu não te quero ver assim,eu sei que é difícil e que vai te custar nos primeiros tempo,mas se ficares desta maneiras os miúdos vão se sentir inseguros.Eles não te querem ver assim.Eu estou aqui e acredita que se aquele palhaço der um passo em falso ele volta lá para o canto que saiu e mais ninguém lhe põe a vista em cima.-sorri a ouvi-lho.-Tás a ver?!É assim que eu te quero,com este sorriso.-tocou-me no rosto.-Vou fazer um chá.-levantou-se.

Rita-Obrigada amor,com isto tudo estou mesmo a precisar.-levei a mão até à minha barriga,pois ainda estava mal disposta.

Rúben-Tens dores?

Rita-Não é isto,é os nervos que me deixam assim.

Rúben-Não te quero ver enervada.-abaixou-se e beijou-me.-Já venho fica aqui deitada.

Ele preparou-me um chá,e eu lá ia tentando me acalmar depois daquela “bomba”.Não vou esconder e dizer que depois do que o Rúben me disse fiquei 100% confiante dos próximos,com este “acordo” .A noite não foi passada quase em branco,tentei ao máximo não incomodar o Rúben mas acho que reparou que nem preguei olho.

XXX

Levantei-me cedo,deixei o Rúben a dormir ,e abri a porta do quarto da Carolina ela dormi serenamente tal como o Simão,que teve uma visita minha ao seu quarto.Na minha cabeça só me passou a ideia de acordar e não os ver ali,saberia que estavam com o George…mas a verdade é que estariam pela primeira vez longe de mim…e só isto me deixou tal mal disposta que tive de ir até à casa de banho.

Rúben-Rita!-ouvi-o bater à porta.-Rita,estás bem?

Rita-Já vou…-falei enquanto ia em direcção ao lavatório para tirar aquele gosto terrível da boca.

Rúben-Amor abre a porta se faz favor.-vi que estava preocupada,e lá destranquei a porta.-O que tens?-coloquei pasta na escova.

Rita-Estava a sentir-me enjoada,só isto.Fico nervosa e não aguento nada no estômago.

Rúben-Tu já sabes que não precisas ficar tanto nervosa,eu não te quero ver assim.Vou me assegurar que esteja tudo bem sim?-olhei-o.-Quanto te sentires pronta contamos aos miúdos,e eles nem vão fazer 
problemas….vai correr tudo bem.-abraçou-me por trás e beijou-me no rosto.-A menina quer alguma coisa em especial para o pequeno almoço?

Rita-Eu depois como qualquer coisa,por agora não.

Rúben-Está bem…vou então preparar o pequeno almoço que depois vou até ao ginásio.-voltou a dar-me um beijo no rosto,e a avisar que se fosse preciso alguma coisa era só chamar e lá saiu.

Respirei algumas vezes fundo,e depois sai da casa de banho.Cada vez mais ia acreditando nas palavras que o Rúben me dizia.Porque no fim de contas eu sabia que o George só queria poder criar memórias com Carolina e o Simão,que iria tratar deles muito bem enquanto lá estivessem.E sabia quem os miúdos reconheciam como pai,não tinha qualquer “medo” de isto ser mudado por um ou dois dias com o George por mês…Era mesmo a ideia de não poder estar com eles quando quero em cinco anos.
Mas ,talvez,como o Rúben disse os primeiros meses seriam os mais difíceis,iria-me habituar..ou pelo menos iria tentar.

Não consegui tomar o pequeno almoço,já que estava mesmo sem qualquer apetite.Despedi-me do Rúben e dei o pequeno almoço aos miúdos. Dei-lhes de seguida banho,mudaram de roupa e quando viram o Rúben voltar,perguntaram logo se hoje podiam ir outra vez para a piscina à tarde.


Rita

Carolina

Simão


O Rúben disse-lhes que se portassem bem,ficaria combinado que à tarde poderiam ir outra vez até à piscina.Não estava com grande disposição para preparar o almoço e por dias não serem dias,mandamos vir uma pizza.Tenho de confessar que caiu-me muito bem,e não podia ter sido um melhor almoço,na melhor companhia.

Depois do almoço,o Rúben disse aos miúdos se queriam dali a bocado ir até à piscina teriam de dormir uma sesta.Eles nem refilaram foram até aos seus quartos e em menos de uma hora adormeceram.
Acompanhada com o Rúben na sala ouvi tocarem à campainha e já sabia quem estaria do outro lado.Olhei para o lado.

Rúben-Eu vou.-beijou-me.Respirei fundos e segundos depois,em silencio entrou o Rúben e o George na sala.

George-Como estás?

Rita-Um pouco mal disposta,mas já passa.Senta-te.-ele sentou-se e o Rúben voltou a ficar ao meu lado.
George-Eu não queria mesmo nada ontem ter te deixado daquela maneira Rita.Eu sei que não esperavas mas espero que compreendam porque estou a querer mudar a minha vida desta maneira.

Rita-Não estava mesmo nada à espera do que disseste,e  custa deixar os miúdos irem para a casa de outra pessoa.Sei que vais cuidar deles bem,mas…não deixa de ser difícil.

George-Mas isto quer dizer que não vão poder vir para minha casa?-olhou para mim e para o Rúben.

Rita-Eles vão poder ir à tua casa durante um dia,ou dois tal como disseste.-o George sorriu.

George-A sério?Obrigada,eu prometo que vou estar sempre contactável ,vão sempre saber por onde andamos,eles vão para a minha casa no dia que vos der jeito…eu só quero que por estas horas eles possam ter mais algumas recordações comigo.

Rita-Nós sabemos disto.Eu só te peço que compreendas que isto não é fácil para mim,e que o teu telemóvel vai tocar muitas vezes.-ele riu.

George-Não há problema nenhum.E quanto a dizer a eles?-olhei para o Rúben.

Rita-Se não te importares nós fazemos isto.

George-Claro.

Rita-Mas já tens casa?

George-Não ainda não.Hoje vou começar a ver se vou a algumas imobiliárias,quanto ao trabalho,antes de 
vir para Portugal tinha pedido ao meu amigo que te falei ontem,se me podia ajudar,e graças a Deus já tenho uma entrevista marcada.-sorriu.-Quando estiver a minha vida organizada e com a casa pronta para 
eles,digo-te e podem começar a ir lá a casa.

O George parecia estar a endireitar a sua vida,e eu tentava manter tudo calmo.Ele,foi ver os miúdos que continuam a dormir a sua sesta,e como me disse que teria de ir à tal imobiliária foi o acompanhar à porta.

Rúben-Hei.-eu e o George parámos perto da porta.-Eu queria falar contigo.

George-Comigo?-olhei para o Rúben pois pensei que já tínhamos discutido tudo.

Rúben-Sim,contigo.E a sós.-vi que o Rúben já trazia "água no bico"

George-Ok.

Rúben-Nós vamos até à sala.

Rita-Está bem,eu vou até à cozinha que ficou algumas fatias de pizza e já estou a ficar com fome.-beijei-o,e despedi-me do George.

(Rúben)

George-Precisas de alguma?

Rúben-Preciso de por tudo em pratos limpos.

O que vai o Rúben dizer?


Como vai correr esta conversa?