(Rúben)
Cheguei a
casa da Rita e reparei que ela estava nervosa…irritava-se com tudo. Os miúdos
estavam a brincar com os patins quando ela ficou toda irritada.
Rita-Deixem
o gato, vão ficar cheios de pelo de gato e não podemos mudar de roupa outra
vez.
Rúben- Rita.
- ela olhou-me. - Tem calma.
Rita-Eu
estou calma. – levei-a até à cozinha.
Rúben- A
minha mãe não é o bicho papão, não precisas de ficar assim.
Rita-Primeiro
não faças brincadeiras, e segundo eu só estou um pouco nervosa mais nada.
Rúben-Está
bem.. podemos ir andando?
Rita- Agora?
- acenei com a cabeça em sinal afirmativo.- Sim, está bem.
Entrelacei
a minha mão na sua e fomos buscar os miúdos. Eles estavam os dois todos
“pipis”, o que me fez sorrir o facto de a Rita ter tido atenção a este detalhe,
que no fim de contas nem era relevante.
Chegámos a
casa da minha mãe e reparei que a Rita continuava no mesmo estado,o me levou a
unir os nossos lábios assim que tirei o cinto de segurança.
O Simão
veio para o meu colo,enquanto a Carolina ia de mão dada com a Rita.Toquei à
campainha e pouco depois a minha mãe abriu a porta.
Rúben-Olá
mãe.-ela olhou-me e depois para o Simão que estava ao meu colo.
Simão- Olá.- acenou,fazendo-me
me sorrir. Ela depois desviou o seu olhar para a Rita e para a Carolina.
Rita-Boa
tarde.
Anabela-Entrem.-a
Carolina ficava no seu cantinho sem querer falar um palavra.
Como já
conheci uns cantos à casa fui lhes indicando até onde iríamos já que a minha
mãe foi até à sala.
Anabela-Sentam-se.-e
assim o fizemos.
Rúben-Bem,mãe
esta é a Rita.Rita esta é a minha mãe a Anabela.
Rita-Muito
prazer.-sorriu.
Simão-Eu
sou o Simão,e ela é a Carolina.É minha irmã.-o puto a falar acabou por quebra o
“gelo” e até consegui-o “arrancar” um sorriso da irmã.
Anabela-O
Rúben já me tinha falado de vocês.
Simão-Porque
viemos aqui?-olhou-me.
Rúben-Não
querem ir dar uma voltinha aqui pela sala?-o propósito de termos vindo a casa
da minha mãe era ela poder conhecer a Rita e por isto era melhor os miúdos
estarem entretidos com outra coisa que não a nossa conversa.
Simão-Posso?
Rúben-Claro.-ele
tinha perguntado para ter a autorização da mãe mas falei por ela.
O Simão
saiu de perto de nós e começou a andar pela a sala ,enquanto a Carolina
continuava ao lado da mãe,com a cabeça encostada à Rita.
Rúben-Também
podes ir Carolina.
Carolina-Não
quero.-a miúda também não ia fazer comentários por isto não me importei que
ficasse connosco.
A minha mãe
olhou para a Rita e lá começou com o seu “interrogatório”,primeiro perguntou-lhe
qual era a sua idade,de onde era,se tinha irmãos,onde morava a sua família,até
onde tinha estudado..eu via que ela não estava calma a responder aquelas
perguntas,mas lá conseguia “disfarçar”.
Anabela-E
onde trabalha?
Rita-Trabalho
no Caixa Futebol Campos.
Anabela-Não
é onde..-olhou-me.
Rúben-Sim,é
onde eu treino.
Anabela-Então
foi aí que se conheceram?-olhei para a Rita e sorrimos ao lembrar daquele
momento em que a vi pela primeira,onde o Simão espalhou água nas minhas calças.
Rita-Sim
foi.
Simão-Isto
é teu Rúben?-levantei-me e fui até perto do miúdo.
Rúben-Sim
é.
Anabela-Eu
vou buscar um lanche que preparei, já volto.-a minha mãe levantou-se sem que
nenhum de nós dissesse mais uma palavra.
Simão-Quando
ganhaste isto?-ele tinha ficado surpreendido ao ver aquela prateleira com os
troféus que tinha recebido quando era mais novo.
Rúben-Foi
quando tinha a tua idade.
Simão-Ganhaste
isto tudo?
Rúben-Não.-sorri.-À
medida que fui jogando ia ganhando estes troféus.
Simão-Eu
também quero ganhar muitos-olhei para trás e vi que num passo lento a Carolina
se ia aproximando de nós.-Já viste?-falou para a irmã,como se ela não tivesse
ouvido a nossa conversa. - Foi o Rúben que ganhou. Posso Rúben? - apontou para uma
medalha que lá estava.
Rúben-Sim
podes.
Rita-Oh
Rúben,a tua mãe não vai gostar que eles estejam a mexer nisto.
Rúben-Rita
não há problema isto é meu.
Rita-Sim,mas
está em casa da tua mãe.-sorri ao vê-la toda preocupada.
Rúben-Toma
calma,não há problema.-peguei numa medalha e coloquei ao peito do Simão,ele
sorria de orelha a orelha por ter aquilo ao peito.
Ele passeou
pela sala com aquilo que até tirei o telemóvel do bolso e tirei um foto com ele
todo a “rigor”.Quem nos olhava era a Carolina,que parecia querer fazer parte
daquilo mas com alguma vergonha por ter a minha mãe também na divisão.
Rúben-Queres
também vir ver?-ela olhou para a Rita,que com a cabeça fez sinal para mim,como
lhe dizendo que poderia ir,e depois ela lá veio.Mas sempre com um ar como não estivesse muito interessada.Chegou
perto de mim,estando em frente às prateleiras ficamos a olhar para aquelas
prémios que lá estavam.Vi que ela se colocava na ponta dos pés para ver um dos
prémios que estavam na prateleira mais
alta,e como tal coloquei as minhas mãos em volta da sua cintura e peguei nela.
Quando o
fiz ela olhou-me,como se tivesse de pedir permissão para lhe pegar,mas quando
ficou ao mesmo nível que a prateleira que há pouco não desviava o olhar,voltou
a olhar para a frente.
Carolina-Posso pegar naquele?-aponto para um pequeno prémio…Sorri primeiro ao ver que a Simão o que tinha chamado a sua atenção foi uma medalha,já a miúda quis ir logo para aqueles prémios de torneios que participei quando era mais novo.
Rúben-Sim
podes.-elevei-a só mais um pouco,apenas o suficiente para agarrar a pequena
taça,e assim que ela o agarrou coloquei-a para baixo.Ai reparei que já tinha um
sorriso na cara,e não daqueles que às vezes ela me dava (um sorriso um pouco
contido),mas sim um grande sorriso.
Carolina-Como
é que tu ganhaste isto?
Não só ela
parecia estar interessada na minha “história” quanto à pequena taça,como o
Simão também me ouvia.E como tal assim que terminei a historia quanto à taça,o
a Simão fez me a mesma pergunta mas quanto à medalha que ainda tinha ao peito.
A minha mãe
e a Rita ouviam-me também,sendo que a meio das “histórias” a minha mãe foi à
até à cozinha buscar um pequeno lanche,que ao trazer para a mesa da sala,só foi
comido quando já tinha terminado às minhas histórias ,pois até então os miúdos
tinham estado entretidos.
A tarde em
casa da minha mãe tinham corrido bem,não maravilhosamente..mas bem.Reparei que
a Rita e a minha mãe mal falaram,apenas tiveram aquela breve conversa quando lá
chegámos, apenas dirigiam a palavra uma à outra quando necessário.Não queria
que se tornassem melhores amigas,mas pelo menos que se dessem bem,mas tal como
vi a Rita bem que tentava só que a minha mãe não facilitava o trabalho.
Fui a levar
a casa com os miúdos,e como tinham tido um tarde em cheio,assim que chegaram a
casa a Rita disse para eles se irem sentar na sala enquanto ia fazer o jantar,e
como eles estavam estafados nem discordaram.
Rúben-O que
achaste?
Rita-De
quê?-ela lá estava perto do fogão,enquanto eu estava encostado ao balcão com os
braços cruzados.
Rúben-O que
achaste desta ida à casa da minha mãe?
Rita-Ah..-ela
demorou alguns segundos a respondes,e só depois de me olhar é que finalmente
falou.-É a primeira vez que a vi logo..
Rúben-Não
achas que correu bem?
Rita-Não é
que não tenha corrido bem,mas tu viste como foi…-reparei que ela nem queria
falar no assunto.
Rúben-Reparei
que vocês mal falaram isto sim.
Rita-Rúben.-olhou-me.-Eu
não conheço a tua mãe, é um pouco difícil estar a por conversa a toda a
hora,especialmente quando era notório que.-via a desviar o olhar e a continuar
com o que estava a fazer.Esperei alguns segundos mas ela não falou mesmo mais
nada.
Rúben-Que…-ela
olhou-me.
Rita-Nada
Rúben.
Rúben-Rita
diz lá.-ela só me olhou.-Rita diz lá o que foi notório.
Rita-Oh
Rúben a tua mãe não vai com a minha cara.
Rúben-Ahh?!-não
esperei que ela dissesse tal coisa,apesar de se fosse realista ela estivesse a
dizer a verdade.
Rita-Rúben
por amor de Deus foi mais do que óbvio, mas deixa estar..É tua mãe e não quero
criar qualquer “problema”.
Rúben-Não,não,não.-aproximei-me
dela.-O que realmente achaste da minha mãe?
Rita-Rúben
não é o que achei,porque nem a conheço bem,mas a verdade é que ela não queria
longas conversas comigo.Só que como te disse não precisamos de falar disto,é
tua mãe, e nem a conheço assim tão bem.
Rúben-Ela
talvez esteja a ser assim porque não te conhece tão bem.
Rita-Ou
porque tenho dois filhos e ela não gosta da ideia.-vi que assim que terminou de
falar foi como se arrependesse ,e que deveria nem ter tido….o que não
concordava pois queria saber o que ela realmente achava.-Não era isto que
queria dizer.
Rúben-Não
há problema,porque quero mesmo que me digas o que achaste desta tarde,e digo já
que não acho que a minha mãe goste menos de ti por teres dois filhos.
Rita-Rúben
eu não acho que devemos discutir isto.
Rúben-Não
quero discutir, só que a minha mãe não te conhece bem deve ser por isto que se
comportou como comportou.
Rita-Sinceramente
não é a minha opinião,mas não vou deixar de me portar da mesma forma,nem com
menos ou mais educação quando a vir pela próxima, só que vi na cara dela que
preferia que estivesse com uma rapariga que não tivesse filhos que nem são
teus.
Rúben-Vais
ver que quando a conheceres melhor, vais deixar de achar isto..A minha mãe não
seria injusta ao ponto de gostar menos
de ti por causa da Carolina e do Simão.-ouvi o meu telemóvel tocar,e
tanto ela como eu olhámos para o meu bolso.Retirei-o e atendi ali mesmo.
(Rita)
Depois
daquela “agradável” tarde em casa da mãe do Rúben voltei para casa,porque tinha
de fazer o jantar.
Não tinha
ficado aborrecida com o facto de ela não me ter adorado..talvez o Rúben tivesse
razão e com o tempo as coisas mudariam.
Enquanto
fazia o jantar o telemóvel do Rúben atendeu,reparei algum tempo depois que
estava a falar com a mãe e quando desligou,olhava-me com um sorriso.
Rita-Passa-se
alguma coisa?
Rúben-Era a
minha mãe.
Rita-Pois
eu reparei,mas o que ela te disse ?
Rúben-Olha
este fim de semana quer organizar um churrasco lá em sua casa e advinha quem é
que convidou.
Rita-Tu?
Rúben-Também,mas
ela também quer que vá os miúdos.
Rita-A tua
mãe telefonou e convidou-me a mim e aos miúdos para um churrasco em sua
casa?-tenho de confessar que fiquei surpreendida pelo convite.
Rúben-Sim,sim.Afinal
não me parece que não tenho gostado dos miúdos nem de ti.
Rita-Humm,talvez
seja isto..E quando é este churrasco?
Rúben-Sábado
à tarde.Venho te buscar a vamos todos juntos.
Rita-Ok
fica combinado.-sorri-lhe.
Não queria
mostrar um falso entusiasmo, mas a verdade era que “temia” um pouco este
churrasco já que achava que ia apenas repetir o que aconteceu hoje em casa da
mãe do Rúben..mas mesmo assim não o mostrei e aceitei ir ao churrasco.
XXX
Os miúdos
de dia para dia pareciam que cresciam cada vez mais,e não só de tamanha como de
mentalidade,tal como diziam “já não são bebés”.Isto se reflectia em tudo!Parecia
que não os podiam acompanhar,e estar de olho neles que começavam logo a ficar
aborrecidos e a dizer que não era preciso porque não eram bebés,mas como também
se tornava cada vez mais difícil ter um ambiente “civilizado” à mesa.Ou não
gostavam,ou já não queriam mais,ou aquilo é para bebés..Graças a Deus tinha o
Rúben comigo,que enquanto eu respirava fundo falava com eles e lá eles
comiam.Só que para além destas “conversas” algo que ele fazia também era umas “transformações” nos pratos..tornava-os
criativos ao ponto de os miúdos comerem sem sequer refilaram,o me que ajuda
especialmente à hora da lanche.
Hoje teria
um dia mesmo muito preenchido.Logo pela manhã tive de deixar os miúdos em casa
da Sónia e fui para o Caixa,onde passei toda a manhã;como o Rúben treinou logo
pela manhã esperou por mim e saímos juntos na hora de almoço.Ter trabalhado
toda a manhã não tinha preparado nada para o nosso almoço,e assim fomos os
quatro almoçar fora,o que era muito bem visto pelos miúdos,que nem refilaram.
Chegámos a
casa e como hoje seria o churrasco em casa da Anabela,tinha de preparar algo
para levar..o que estando eu morta de cansaço,encontrava-me sem qualquer ideia
do que fazer.
Rúben- Passa-se
algo?-ele entrou na cozinha e encontrou-me de braços na cintura a olhar para os
armário,sem saber que fazer.
Rita-Não
sei que fazer para levar para a casa da tua mãe…-ele sorriu.
Rúben-Não
precisas de levar nada.
Rita-Era o que mais faltava,vou lá só para comer
não?!Tenho de levar fazer alguma coisa,só que não sei o quê….Posso fazer um
bolo,não?-ele olhava-me com um sorriso pois no meio daquele meu “desespero”,ele
não achava necessário me dar ao trabalho.-Já sei vou fazer uma torta de
morango,é isto mesmo.-Abri o frigorífico já com um plano em mente,e tirei a
caixa de morangos.
Rúben-Vais
querer ajuda?
Rita-Não para
a torta não,podias era só preparar um leve lanche para os miúdos,já que tiveram
a comer aquelas porcarias todas ao almoço.
Rúben-Tipo?
Disse-lhe
que deveria cortar alguma fruta para eles,o que ele não demorou a fazer
enquanto eu me pus a preparar a torta que tinha decidido levar a casa da
Anabela.Quanto olhei para o lado vi ele perto do prato,a olhá-lo com muita
atenção e então vi que estava ele outra vez com as suas inovações.Com mais
curiosidade do que outra coisa lá me aproximei.
Rita-Que
estás a fazer Rúben Amorim?-ele olhou-me e parou com a sua “obra de arte”.
Rúben-O
lanche para os miúdos.
Rita-Sabes
que vão fica habituados a estes teus pratinhos todos pipis.-ele sorriu.
Rúben-É só
para eles comerem melhor.
Rita-Pois,pois.Só
não os quero mal habituados.
Ele lá
continuou com aquilo e eu fui terminar a sobremesa para levar a casa da
Anabela.Com esta já pronto coloquei-a um pouco no frigorífico,e como tal fui
vestir os miúdos.Ao chegar à sala vi que o prato que tinha sido colocado a
fruta já estava limpinho,parecia que afinal o Rúben tinha razão e aquilo sempre
resultava.
Eles
vestiram-se sem grande ajuda minha ,pois
sempre que me chegava perto deles diziam que conseguiam fazer aquilo
sozinhos,mas a verdade era que havia ali umas coisinhas que precisavam mesmo da
minha ajuda.
Já com nós
os quatro prontos,peguei na sobremesa que tinha feito e fomos até à casa da
Anabela.
A chegar a
casa da minha mãe encontrei já grande parte da minha família.Apresentei-os à
Rita e aos miúdos e como ainda era muito cedo para começar o churrasco apenas
ficamos pelo jardim.A Rita foi até ao interior da casa da minha mãe,para
colocar a sobremesa no frigorífico e quando voltou vi que tinha uma cara um
pouco…aborrecida,digamos.
Sentou-se
ao meu lado,sem falar,apenas com os olhos presos nos miúdos.
Rúben-O que
foi Rita?
Rita-Não se
passa nada.-nem me olhou enquanto falava,e depois de terminar respirou fundo.
Rúben-Anda
conta lá.
Rita-Rúben
não é preciso falar disto.
Rúben-Mas o
que foi?-ouvi atrás alguns olhei e vi que a minha mãe passava,e foi como um
“clique” a achei que tinha encontrada o porquê de ela estar assim.-Foi com a
minha mãe?
Terá a
Senhora Anabela feito alguma coisa?
Irá a Rita
ficar chateada?
E agora fico sem saber o que se passou????
ResponderExcluirQuero o próximo!!!
Bjs
:o isto não se acaba assim.
ResponderExcluirO próximo por favor.
Bjokinhas
:O concondo com a maria. nao se acaba assim! o que aconteceu? acho que a D. Anabela nao foi la muito simpatica. é uma pressentimento...
ResponderExcluirvenha o proximo!
beso
ana santos
Fiquei curiosa para saber o que se passou para a Rita ter ficado assim!!
ResponderExcluirNext...
Tenho a sensação que a D.Anabela gostou dos miúdos mas que ainda não gosta assim tanto da Rita.
ResponderExcluirEsperemos que isso mude, mas quero saber o que aconteceu para a Rita estar assim.
Beijinhos