(Rita)
Ao lá
chegar encontrei a recepcionista,perguntei se o Mauro estava por perto,ela
disse que o iria chamar.Esperei um pouco e depois lá o vi a aproximar.
Mauro-Olá,Rita...
Rita-Olá.-sorriu-lhe.
Mauro-O
Rúben não está aqui.
Rita-Sim eu
sei,eu queria era falar com a tua mãe.Ela está aqui no spa?
Mauro-Sim
está.Está no escritório.
Ele
acompanhou-me até ao seu escritório,bateu à porta e ouvi a voz da Anabela a dar
permissão para ele entrar.
Mauro-Não
estou sozinho,a Rita está aqui.
Anabela-A
Rita?-ao entrar vi que tinha parado o que fazia e olhou em direcção da porta.
Mauro-Sim.
Rita-Boa
tarde Anabela.
Anabela-Precisa
de alguma coisa?
Mauro-Bem
se precisarem de mim estou aqui fora.-falou isto e saiu.
Rita-Sim,queria
falar consigo.
Anabela-Ai
sim?-fui me aproximando em direcção da secretária.-E sobre o quê?
Rita-Quero
lhe convidar para ir lá a casa no sábado .Eu e o Rúben vamos lá fazer um
churrasco e queremos que também vá.-vi que ficou surpreendida .
Anabela-Porque
não veio o meu filho me convidar?
Rita-Porque
lhe disse que tratava de vir falar consigo, e também não interessa quem lhe convide ,
pois a casa é de nós os dois.E queremos que vá.
Anabela-O
meu filho não me falou em nada disto…
Rita-Não
lhe disse nada, porque decidimos que íamos fazer um churrasco,
ontem.Pode lhe telefonar Anabela,mas ele vai lhe dizer o mesmo que eu.
Anabela-E
será apenas eu em …vossa casa?-reparei que a palavra “vossa” custou um pouco a
ser dita mas lá a disse.
Rita-Não,os
meus pais também iram . E o Rúben vai convidar os seus amigos mais próximos e da
minha parte vai a Sónia e o seu marido.
Anabela-Eu
ainda não sei se posso.-vi que ela não queria mesmo dar o braço a torcer ,e se
havia coisa que eu me recusava a ter era um “não” da sua parte..E como
tal,mesmo sem a sua permissão, puxei uma cadeira e sentei.
Rita-Anabela
eu não lhe vou obrigar a ir ao churrasco, sabe onde moro ,fiz lhe o convite e
sinceramente queria que fosse…mas isto cabe-lhe a si decidir.É desnecessário
esta “guerra”, acabei de iniciar uma nova na minha relação com o Rúben e não
vamos de precisar de qualquer problema.
Anabela-Agora
a minha relação com o meu filho é um problema para si?-olhou-me ofendida.
Rita-O que
quis dizer foi que não quero problemas consigo,quero aproveitar cada momento
que tenho com a minha família.-levantei-me.-Já sabe que está convidada,sábado
em minha casa,apareça quando quiser.
Dei meia
volta ,nem esperei uma resposta e sai.Até mesmo porque dado que a Anabela não
tinha achado qualquer piada à minha visita.Ao sair, falei com o Mauro, para
também lhe convidar.
XXX
A Sónia
tinha me ajudado a fazer uma lista para o churrasco,a ir às compras e hoje
tinha vindo cá para casa bem cedinho para me ajudar.
Rita |
Carolina |
Simão |
Rita-Quando
vem o Roberto?-disse quando lhe ajudava a pegar nuns sacos de coisas para o churrasco.
Sónia-Ele
vem daqui a pouco,só que sabes como são os homens para estas coisas..se poder
chegar em cima da hora até agradece.
Levámos os
sacos até à cozinha.Os miúdos que nos “apanharam” quando passávamos pela sala
“colaram-se” a nós e queriam era ajudar-nos.
Fomos até
lá fora,e endireitamos a mesa pus uma pequena toalha.Limpei tudo o que era
necessári .Os miúdos, iam colocando os
copos, guardanapos,talheres,e pratos,mas claro com a Sónia a supervisionar pois
não queria que não acontecesse nada.
O Rúben
chegou do treino e assim sempre havia outro adulto para estar com os miúdos.É
que eu e a Sónia queríamos começar a preparar o churrasco mas como eles tinham
de almoçar e depois estiveram sempre por perto,só tivemos oportunidade de o
fazer quando o Rúben ficou com eles.
Coloquei
sobre a minha mesa,uns tabuleiros, uma taça com várias frutas,uma faca e uma
tábua para as cortar.Entretanto a Sónia do outro lado da mesa,da cozinha,ia
tratando a carne para o churrasco.
Sónia-A mãe
do Rúben voltou a dizer alguma coisa?
Rita-A mim
não me disse mais nada,e ao Rúben também.
Sónia-Então
não sabes se a senhora vai aparece?
Rita-Basicamente,não.
Sónia-E de
resto,quem vem?
Rita-O
Rúben quis convidar uns amigos lá do Caixa,o irmão,os meus pais,o pai dele e
vocês.
Sónia-Amigos
do Rúben?!Ui pena não estar solteira.-falou rindo.
Rita-Tem
mas é juízo.
Sónia-Se
forem como o Rúben é difícil ter
juízo.-continuou a rir-se.
Rita-Não
queres te calar mesmo?
Sónia-Sabes
ele deixa-me assim..-ela sabia que eu não achava piada a estas coisas,e do que
diz respeito a “ciúmes” e provações não consegui ficar calada.
Rita-Eu posso te acalmar se quiseres!-falei a pegar num dos palitos que ia usar para
fazer espetadas com fruta.
Rúben-Então
mor?-senti o toque dos seus lábios na minha bochecha e a sua mão sobre a
minha,a que segurava o palito.-Para que é isto?-olhei para a Sónia e depois
para o Rúben.
Rita-É a Sónia que gosta muito de brincar com o que
não deve.
Rúben-Com o
que não deve…-olhou-me.
Sónia-É
mais com o que não tem.
Rita-Acabou
,ok?!-tocaram à campainha.-Olha mesmo a propósito.Podes ir?-disse ao Rúben ,que
“roubou” um dos morangos.
Rúben-A
esta hora deve ser os teus pais.
Rita-E
então?
Rúben-E
quanto menos tempo estiver com o teu pai.-ouvi o riso da Sónia.
Rita-Oh
Rúben por favor vai lá.
Ele voltou
a tirar mais uma peça de fruta e com um ar de quem estava a fazer um favor saiu
da cozinha.Afinal ele tinha razão e eram mesmo os meus pais.A minha mãe trazia
uma sobremesa nas suas mãos,e ao seu lado vinha o meu pai.
Eles
cumprimentaram-nos.
Mãe-Trouxe
isto filha.-peguei na tarte que ela trazia e coloquei-a dentro do frigorífico
enquanto lhe agradecia o gesto.-Os meninos?
Rita-Estão
no quarto.
Rúben-Bem
eu vou até ao jardim…por tudo em ordem com o grelhador.-ele saiu e logo de
seguida a minha mãe falou.
Mãe-Não
vais com o Rúben?
Pai-Ele
deve saber o que faz não?-olhou-me.
Rita-Claro
que sabe,é mais para lhe fazer companhia pai.
Pai-Ele não
tem dez anos.Vou é ver os meus netos.
Mãe-O teu
pai não tem remédio.-disse depois de ele sair.
Rita-Ele
qualquer dia vai ver que isto é uma parvoíce.
Sónia-São
os dos teimosos....com o tempo vão se começar a dar
melhor.
Mãe-Espero
bem que sim.-sorriu.-Bem há alguma coisa que possa fazer?-voltaram a tocar à
campainha.
Rita-A mãe
pode acabar de cortar esta melancia que já venho.
Fui abrir a
porta,enquanto a minha mãe tomava conta do meu “posto” na cozinha.Era os amigos
do Rúben.Cumprimentei-os e disse-lhes que o Rúben estava lá fora.Traziam uma
garrafa de vinho que levaram até ao jardim,pois já estavam pronto para começar
o churrasco.
Iam
chegando o resto dos convidados,e os miúdos acompanhados do meu pai e da minha
mãe foram até ao jardim.Ao chegar o pai do Rúben apresentei-o logo de seguida
aos meus pais.Para meu descanso não houve qualquer “constrangimento” e a
conversa fluiu .
Eu e a
Sónia levamos tudo o que preparamos até cá fora.
Afinal já cá estavam todos…ou
melhor estavam todos os que me sempre achei que viriam.A Anabela ainda não
tinha aparecido.O Rúben não parecia estar muito pensativo quanto ao
assunto,mas eu não sabia se deveria esperar por ela.
Quando vi
que tinha a oportunidade chamei pelo o Mauro.
Rita-Sabes
se a tua mãe vem?
Mauro-Não,não sei.Ela não te disse se viria ou não?-vi que esperava que por esta altura a Anabela já me tivesse avisado se iria ou não.
Rita-Não…mas não
faz mal.
Ele voltou
para perto deles e eu fui um copo de vinho para mim.Ao fazê-lo ouvi a
campainha.Deixei o copo ficar sobre a mesa. E fui abrir a porta.
Rita-Olá.-falei
depois de abrir a porta e ver a Anabela.
Anabela-Olá
Rita,posso?
Rita-Claro,entre.-desviei-me
e ela passou.
Anabela-Não
tive tempo para lhe preparar nada,por isto trouxe isto.-tinha um daqueles bolos
que compramos nos hipermercados na mão esquerda.
Rita-Não
era preciso,mas agradeço.
Anabela-O
meu filho?
Rita-Está
no jardim.
Ela, com
quem já conhecesse os cantos à casa,foi até ao jardim e eu colocar o bolo
noutro prato e levei lo até ao exterior.Ao chegar ao jardim pedi à Anabela que
me acompanhasse e fui apresenta-la aos meus pais.
O meu pai e
o pai do Rúben parecia que se conheciam à anos, falavam enquanto iam comendo
alguns aperitivos,já a minha mãe até então ouvia a conversa e sorria.
Ao chegar a
Anabela,vi no seu rosto como se ela fosse a sua “salvação”.Deixei-as quando vi
que a minha mãe pôs conversa com a Anabela e acompanhou-a até à mesa dos
aperitivos.
Sónia-Ui
afinal a sogrinha veio.
Rita-Credo!-estavam
tão focada na minha mãe e na Anabela que quando a Sónia falou apanhei um grande
susto.
Sónia-Isto
é tudo efeito da sogrinha.
Rita-Não, é
porque tu apareces aqui sem eu dar conta.
Sónia-Pois,pois.A
tua mãe parece que lhe está a dar a volta.
Rita-Eu não
preciso que a minha mãe lhe dê a volta,mas só que mostre que não sou uma
qualquer.
Deixei-as
falar enquanto pude,mas a verdade é que aquilo parecia tão bom que até comecei a duvidar….Aproximei-me lentamente,para ver o tema da conversa ,e tenho de
confessar que as minhas suspeitas estavam certíssimas!
O que
estarão as “sogras” a falar?
Irá a Rita
ficar feliz?
Ai... que suspeitam são essas??? Quero ler mais!!!
ResponderExcluirQuero o desfecho deste churrasco loool
Bjs