terça-feira, 17 de setembro de 2013

Capitulo 51-"O teu pai não tem remédio"






(Rita)

Ao lá chegar encontrei a recepcionista,perguntei se o Mauro estava por perto,ela disse que o iria chamar.Esperei um pouco e depois lá o vi a aproximar.

Mauro-Olá,Rita...

Rita-Olá.-sorriu-lhe.

Mauro-O Rúben não está aqui.

Rita-Sim eu sei,eu queria era falar com a tua mãe.Ela está aqui no spa?

Mauro-Sim está.Está no escritório.

Ele acompanhou-me até ao seu escritório,bateu à porta e ouvi a voz da Anabela a dar permissão para ele entrar.

Mauro-Não estou sozinho,a Rita está aqui.

Anabela-A Rita?-ao entrar vi que tinha parado o que fazia e olhou em direcção da porta.

Mauro-Sim.

Rita-Boa tarde Anabela.

Anabela-Precisa de alguma coisa?

Mauro-Bem se precisarem de mim estou aqui fora.-falou isto e saiu.

Rita-Sim,queria falar consigo.

Anabela-Ai sim?-fui me aproximando em direcção da secretária.-E sobre o quê?

Rita-Quero lhe convidar para ir lá a casa no sábado .Eu e o Rúben vamos lá fazer um churrasco e queremos que também vá.-vi que ficou surpreendida .

Anabela-Porque não veio o meu filho me convidar?

Rita-Porque lhe disse que tratava de vir falar consigo, e também não interessa quem lhe convide , pois a casa é de nós os dois.E queremos que vá.

Anabela-O meu filho não me falou em nada disto…

Rita-Não lhe disse nada, porque decidimos que íamos fazer um churrasco, ontem.Pode lhe telefonar Anabela,mas ele vai lhe dizer o mesmo que eu.

Anabela-E será apenas eu em …vossa casa?-reparei que a palavra “vossa” custou um pouco a ser dita mas lá a disse.

Rita-Não,os meus pais também iram . E o Rúben vai convidar os seus amigos mais próximos e da minha parte vai a Sónia e o seu marido.

Anabela-Eu ainda não sei se posso.-vi que ela não queria mesmo dar o braço a torcer ,e se havia coisa que eu me recusava a ter era um “não” da sua parte..E como tal,mesmo sem a sua permissão, puxei uma cadeira e sentei.

Rita-Anabela eu não lhe vou obrigar a ir ao churrasco, sabe onde moro ,fiz lhe o convite e sinceramente queria que fosse…mas isto cabe-lhe a si decidir.É desnecessário esta “guerra”, acabei de iniciar uma nova na minha relação com o Rúben e não vamos de precisar de qualquer problema.

Anabela-Agora a minha relação com o meu filho é um problema para si?-olhou-me ofendida.

Rita-O que quis dizer foi que não quero problemas consigo,quero aproveitar cada momento que tenho com a minha família.-levantei-me.-Já sabe que está convidada,sábado em minha casa,apareça quando quiser.

Dei meia volta ,nem esperei uma resposta e sai.Até mesmo porque dado que a Anabela não tinha achado qualquer piada à minha visita.Ao sair, falei com o Mauro, para também lhe convidar.

XXX

A Sónia tinha me ajudado a fazer uma lista para o churrasco,a ir às compras e hoje tinha vindo cá para casa bem cedinho para me ajudar.

Rita


Carolina
Simão

Rita-Quando vem o Roberto?-disse quando lhe ajudava a pegar nuns sacos de coisas  para o churrasco.

Sónia-Ele vem daqui a pouco,só que sabes como são os homens para estas coisas..se poder chegar em cima da hora até agradece.

Levámos os sacos até à cozinha.Os miúdos que nos “apanharam” quando passávamos pela sala “colaram-se” a nós e queriam era ajudar-nos.

Fomos até lá fora,e endireitamos a mesa pus uma pequena toalha.Limpei tudo o que era necessári .Os miúdos, iam colocando os copos, guardanapos,talheres,e pratos,mas claro com a Sónia a supervisionar pois não queria que não  acontecesse nada.


O Rúben chegou do treino e assim sempre havia outro adulto para estar com os miúdos.É que eu e a Sónia queríamos começar a preparar o churrasco mas como eles tinham de almoçar e depois estiveram sempre por perto,só tivemos oportunidade de o fazer quando o Rúben ficou com eles.

Coloquei sobre a minha mesa,uns tabuleiros, uma taça com várias frutas,uma faca e uma tábua para as cortar.Entretanto a Sónia do outro lado da mesa,da cozinha,ia tratando a carne para o churrasco.

Sónia-A mãe do Rúben voltou a dizer alguma coisa?

Rita-A mim não me disse mais nada,e ao Rúben também.

Sónia-Então não sabes se a senhora vai aparece?

Rita-Basicamente,não.

Sónia-E de resto,quem vem?

Rita-O Rúben quis convidar uns amigos lá do Caixa,o irmão,os meus pais,o pai dele e vocês.

Sónia-Amigos do Rúben?!Ui pena não estar solteira.-falou rindo.

Rita-Tem mas é juízo.

Sónia-Se forem como o Rúben é difícil ter juízo.-continuou a rir-se.

Rita-Não queres te calar mesmo?

Sónia-Sabes ele deixa-me assim..-ela sabia que eu não achava piada a estas coisas,e do que diz respeito a “ciúmes” e provações não consegui ficar calada.

Rita-Eu posso te acalmar se quiseres!-falei a pegar num dos palitos que ia usar para fazer espetadas com fruta.

Rúben-Então mor?-senti o toque dos seus lábios na minha bochecha e a sua mão sobre a minha,a que segurava o palito.-Para que é isto?-olhei para a Sónia e depois para o Rúben.

Rita-É  a Sónia que gosta muito de brincar com o que não deve.

Rúben-Com o que não deve…-olhou-me.

Sónia-É mais com o que não tem.

Rita-Acabou ,ok?!-tocaram à campainha.-Olha mesmo a propósito.Podes ir?-disse ao Rúben ,que “roubou” um dos morangos.

Rúben-A esta hora deve ser os teus pais.

Rita-E então?

Rúben-E quanto menos tempo estiver com o teu pai.-ouvi o riso da Sónia.

Rita-Oh Rúben por favor vai lá.

Ele voltou a tirar mais uma peça de fruta e com um ar de quem estava a fazer um favor saiu da cozinha.Afinal ele tinha razão e eram mesmo os meus pais.A minha mãe trazia uma sobremesa nas suas mãos,e ao seu lado vinha o meu pai.

Eles cumprimentaram-nos.

Mãe-Trouxe isto filha.-peguei na tarte que ela trazia e coloquei-a dentro do frigorífico enquanto lhe agradecia o gesto.-Os meninos?

Rita-Estão no quarto.

Rúben-Bem eu vou até ao jardim…por tudo em ordem com o grelhador.-ele saiu e logo de seguida a minha mãe falou.

Mãe-Não vais com o Rúben?

Pai-Ele deve saber o que faz não?-olhou-me.

Rita-Claro que sabe,é mais para lhe fazer companhia pai.

Pai-Ele não tem dez anos.Vou é ver os meus netos.

Mãe-O teu pai não tem remédio.-disse depois de ele sair.

Rita-Ele qualquer dia vai ver que isto é uma parvoíce.

Sónia-São os dos teimosos....com o tempo vão se começar a dar melhor.

Mãe-Espero bem que sim.-sorriu.-Bem há alguma coisa que possa fazer?-voltaram a tocar à campainha.

Rita-A mãe pode acabar de cortar esta melancia que já venho.

Fui abrir a porta,enquanto a minha mãe tomava conta do meu “posto” na cozinha.Era os amigos do Rúben.Cumprimentei-os e disse-lhes que o Rúben estava lá fora.Traziam uma garrafa de vinho que levaram até ao jardim,pois já estavam pronto para começar o churrasco.

Iam chegando o resto dos convidados,e os miúdos acompanhados do meu pai e da minha mãe foram até ao jardim.Ao chegar o pai do Rúben apresentei-o logo de seguida aos meus pais.Para meu descanso não houve qualquer “constrangimento” e a conversa fluiu .

Eu e a Sónia levamos tudo o que preparamos até cá fora.




























































Afinal já cá estavam todos…ou melhor estavam todos os que me sempre achei que viriam.A Anabela ainda não tinha aparecido.O Rúben não parecia estar muito pensativo quanto ao assunto,mas eu não sabia se deveria esperar por ela.
Quando vi que tinha a oportunidade chamei pelo o Mauro.

Rita-Sabes se a tua mãe vem?

Mauro-Não,não sei.Ela não te disse se viria ou não?-vi que esperava que por esta altura a Anabela já me tivesse avisado se iria ou não.

Rita-Não…mas não faz mal.

Ele voltou para perto deles e eu fui um copo de vinho para mim.Ao fazê-lo ouvi a campainha.Deixei o copo ficar sobre a mesa. E fui abrir a porta.

Rita-Olá.-falei depois de abrir a porta e ver a Anabela.

Anabela-Olá Rita,posso?

Rita-Claro,entre.-desviei-me e ela passou.

Anabela-Não tive tempo para lhe preparar nada,por isto trouxe isto.-tinha um daqueles bolos que compramos nos hipermercados na mão esquerda.

Rita-Não era preciso,mas agradeço.

Anabela-O meu filho?

Rita-Está no jardim.

Ela, com quem já conhecesse os cantos à casa,foi até ao jardim e eu colocar o bolo noutro prato e levei lo até ao exterior.Ao chegar ao jardim pedi à Anabela que me acompanhasse e fui apresenta-la aos meus pais.

O meu pai e o pai do Rúben parecia que se conheciam à anos, falavam enquanto iam comendo alguns aperitivos,já a minha mãe até então ouvia a conversa e sorria.

Ao chegar a Anabela,vi no seu rosto como se ela fosse a sua “salvação”.Deixei-as quando vi que a minha mãe pôs conversa com a Anabela e acompanhou-a até à mesa dos aperitivos.

Sónia-Ui afinal a sogrinha veio.

Rita-Credo!-estavam tão focada na minha mãe e na Anabela que quando a Sónia falou apanhei um grande susto.

Sónia-Isto é tudo efeito da sogrinha.

Rita-Não, é porque tu apareces aqui sem eu dar conta.

Sónia-Pois,pois.A tua mãe parece que lhe está a dar a volta.

Rita-Eu não preciso que a minha mãe lhe dê a volta,mas só que mostre que não sou uma qualquer.

Deixei-as falar enquanto pude,mas a verdade é que aquilo parecia tão bom que até comecei  a duvidar….Aproximei-me lentamente,para ver o tema da conversa ,e tenho de confessar que as minhas suspeitas estavam certíssimas!

O que estarão as “sogras” a falar?


Irá a Rita ficar feliz?

Um comentário:

  1. Ai... que suspeitam são essas??? Quero ler mais!!!

    Quero o desfecho deste churrasco loool

    Bjs

    ResponderExcluir