(Rita)
Rita-Como já tens
o teu cantinho lá em casa achei que fazia sentido teres também a chave lá de casa.
Rúben-A
chave?-reparei que tinha ficado surpreendido.
Rita-Sim.-sorri-lhe.-Ou
não a queres?
Rúben-Não,não é
isto.É só que não esperava que ma desses .
Rita-Eu confio em
ti Rúben.-ao voltar a sentar-me,coloquei a minha mão sobre a sua.-E estou
completamente confortável a tomar este passo, acho que tu também o deverias ficar.Afinal já estamos
juntos à algum tempo,os miúdos estão mais do que habituados a conviver contigo
e como já disse ,até já tens algumas das tuas coisas lá em casa.
Rúben-Mas queres
a chave cá de casa também?
Rita-Claro que
não,dou-te a minha porque quis mais nada.Alias se quiseres podes ter mais do
que chave…
Rúben-Ai
posso?-ele deu-me um sorriso que reparei logo que tinha entendido aquilo de
outra forma…acabando por me fazer sorrir também.
Rita-Podes.-não
lhe disse o contrário pois tinha alguma piada,este seu “erro”.
Rúben-Neste
caso.-ele num movimento rápido colocou-me no seu colo ,e fiquei sobre a mesa.
Rita-Rúben.-ele
olhou-me.-o que quis dizer foi que podias levar tudo o que é teu lá para casa.
Rúben-Tudo o que
é meu?
Rita-Tu hoje não
estás mesmo nos teus dias?!Podes te mudar lá para casa.-ele pensou no assunto
durante uns rápidos segundos e depois olhou-me.
Rúben-Achas que
os miúdos iam se importar?
Rita-Claro que
não.Tu vais lá todos os dias,ficas lá a dormir,jantas com connosco , tomas
conta deles…não há qualquer razão para se importarem.-coloquei os meus braços
em volta do seu pescoço, e aproximei os nossos lábios.-Só preciso de saber se
tu te importas .-sorri-lhe.
Rúben-Eu não me
importo nada.-ele sorriu,e logo depois juntou os nossos lábios por breves
segundos.
Rita-Optimo,assim
vais estar por perto mais vezes.-falei com os nossos lábios praticamente
colados,ele sorriu,e logo depois voltei a juntá-los.
Sai de cima da
mesa,com a sua ajuda e depois terminámos de jantar.Como o Rúben tinha roupa
suficiente em minha casa,nem precisei de esperar que ele fizesse uma pequena
mala.Apenas nos vestimos,e fomos buscar os miúdos voltando de seguida para a
minha casa.
Como os miúdos já
vinham no carro a dormir não lhes dizemos nada sobre o Rúben se mudar cá para
casa,ficaria para o dia seguinte.
XXX
Com o pequeno na
mesa,e os miúdos vestidos ao ver o Rúben chegar à cozinha,levantei-me e
falei-lhe ao ouvido que agora seria uma boa altura para lhes contar.O Rúben
concordou,sentamos-nos e falei.
Rita-Meninos a
mãe tem uma coisa para vos dizer.-eles comiam os cereais e não pareciam estar
interessados,mas mesmo assim continuei.-O Rúben vem viver connosco.
Simão-Fixe.-olhou
para o Rúben e depois para mim com um grande sorriso.O Rúben,com um
sorriso,passou-lhe a mão pelo cabelo.
Carolina-Onde ele
vai dormir?
Rita-Vai dormir
com a mãe.-o Rúben olhou-me como se soubesse que vinha problema.
Carolina-Mas se a
mãe e o Rúben estive.
Rúben-Não vai
haver bebés Carolina.-o Rúben interrompeu-a, para por alguma ordem.-Eu e a tua
mãe só queremos estar mais tempo juntos ,está bem?E eu já passo muito tempo com
vocês por isto não precisas ficar assim.
Simão-É,vai ser
fixe.-o Simão era ,sem dúvida, quem tinha ficado mais entusiasmado co esta
ideia.
A Carolina olhou
para o Simão e por o ver tão entusiasmado acabou por não falar mais no assunto.
Tomámos o pequeno
almoço e de seguida pedi aos miúdos para irem buscar as suas mochilas.
Carolina |
Simão |
Rita |
Rúben-Achas que
comece hoje já a trazer as minhas coisas para aqui?
Rita-Sim,claro.
O Rúben ia manter
o seu apartamento logo,a única coisa que devia trazer aqui para casa era a sua
roupa e claro algo que tivesse algum valor especial.
Fomos todos no
meu carro,deixei primeiro os miúdos com a Sónia e de seguida fui até ao Caixa.
A chegar à hora de
almoço,peguei nas minhas chaves e fui buscar a minha mãe e o meu pai pois tinha
combinado com eles almoçarmos para por a conversa em dia.
Mãe-Como tens
estado,Rita?-a minha mãe queria mesmo saber como eu estava,já o meu pai ia
olhando em volta,como se não tivesse grande interesse.E estivesse ali apenas
por estar.
Rita-Bem,muito
bem.
Mãe-E os meninos?
Rita-Também.
Pai-Não vais lhes
inscrever no infantário?-olhei para o meu lado,sendo que estranhei ouvir a voz
do meu pai.
Rita-Sim,
vou.Agora neste ano escolar.
Pai-Hum…E o
George,quando chega?
Rita-Ainda não me
disse,mas deve ser no próximo mês,ou assim.
Mãe-Já sabes que
tens de lhe levar a jantar lá em casa.-todas as vezes que o George cá vem a
minha mãe gosta de fazer um pequeno jantar lá em casa.É que mesmo sendo para
muitos a relação do George com a minha família “estranha”,nos mantínhamos estas
“tradições”.
Rita-Claro,mãe.Até
mesmo porque ele sempre que cá vem não espera outra coisa.
Pai-E o trabalho?
Rita-Vai bem,o
habitual.-fizemos uma breve pausa na conversa para fazermos os nossos pedidos,
e quando o empregado se afastou achei que seria a oportunidade perfeita para
lhes contar sobre a mudança do Rúben lá para casa.-Tenho algo para vos
contar.-sorri.-O Rúben vai ir viver lá para casa.
Pai-Como?
Mãe-A sério
filha?-o meu pai teve a reação do tipo “o quê?!”, e a minha mãe ficou
extremamente feliz…ou seja as reações foram opostas.
Rita-Sim,sim.Ele
já tem a chave e tudo.
Pai-Podes me
explicar isto melhor,se faz favor Rita!
Mãe-Por amor de
Deus.-tocou na mão do meu pai.-Fala baixo,e acalma-te homem.
Pai-Eu estou
calmo.-olhou-me.-Só quero é saber muito bem isto de ele se mudar lá para casa.
Rita-Pai eu e o
Rúben já somos dois adultos,e como já estamos juntos à algum tempo,acho que
estamos prontos para tomar este passo.
Pai-Prontos para
tomar este passo?!-repetiu o que eu tinha dito quase como a gozo.-Tu tens dois
filhos não podes por um homem,que não é o pai deles,lá a viver como se nada
fosse.
Rita-Eu e o Rúben
não nos conhecemos ontem,estamos juntos à quase um ano,os miúdos gostam imenso
dele,e nem se opuseram quanto a ele ir viver lá para casa,não há qualquer
problema.
Pai-Nos dias de
hoje nenhuma relação é para sempre,e depois se tu e o Rúben se afastam por a mínima
coisa quem vai acabar por sofrer é os miúdos.
Rita-Por favor
pai,os miúdos estão muito bem,tal como eu e o Rúben.E acredite que não dava tal
passo senão tivesse a certeza que não me ia arrepender no futuro.
Pai-Se tens tanta
certeza na tua relação com o Rúben porque não há um casamento?-eu tinha
escolhido ter os miúdos desta forma e os meus pais tinham me apoiado, mas se
havia coisa que eles não tinham esquecido era do que ainda é considerado
“tradicional”…E mesmo tendo eu “saltado” estas “etapas” eles sempre ansiavam
por elas.
Rita-Pai por
favor…
Mãe-Nisto tenho
de concordar com o teu pai.-como é obvio a minha mãe tinha de se ir por no lado
do meu pai,já que concordava completamente com ele.-Se achas que o Rúben é a
pessoa certa,o mais correto é oficializar.
Rita-Mas qual
oficializar?!Eu e o Rúben estamos mesmo muito bem,com ou sem uns papeis sem
qualquer significado.
Pai-Para nós tem
muito significado,para os teus filhos e deveria ter também para ti.
Rita-O pai e a
mãe que metam uma coisa na cabeça,eu e o Rúben estamos muito bem como
estamos.Podemos um dia até nos casarmos,quem sabe…mas por agora não o quero,e o Rúben também não
demonstra o querer.Por isto vamos ficar assim,como estamos.-voltou a cair um
“silencio” sobre a nossa mesa,pois o empregado veio trazer as nossas bebidas e
as entradas.Ele afastou-se e voltei a
encarar o olhar dos meus pais.
Pai-Sabes que eu te apoio eu qualquer
decisão,só te peço para teres sempre em atenção os teus filhos.
Rita-É obvio que
tenho sempre em atenção os miúdo.- interrompi-o.
Pai-Então não
digo mais nada.-o meu pai pegou nos talheres,como se aquilo simbolizasse que
fosse mudar de assunto e aquilo do casamento estivesse “morto e enterrado”.
Mãe-Se ele vai
mudar para a tua casa quer dizer que vocês já pensam em ter filhos?-eu
olhei-a,mas quem também o fez foi o meu pai..mas de forma .
Rita-Mãe eu e o
Rúben não falamos nisto.
Mãe-Mas porquê?
Pai-Porque ela
tem dois filhos já.-olhou-me.-Tu sabes muito bem que quando decidiste que isto
ter os miúdos sem ter o pai presente,que isto de teres mais filhos não é assim
tao fácil.
Rita-A única
razão para eu não ter filhos,é porque eu e o Rúben não temos falado
nisto…porque eu gosto imenso de crianças e também o Rúben.E tal como o
casamento se alguma vez for algo que
queremos, vamos ter filhos.
Pai-Tu lá sabes o
que deves fazer,eu só quero que os miúdos fiquem bem.
Rita-Esta é ,e
será sempre uma preocupação minha ,pai.
Os meus pais
pareciam estar mais convencidos,mas mesmo assim de vez em quando mostravam
estar um pouco “preocupados” quanto a isto de o Rúben se mudar lá para casa.
Mas eu queria mesmo dar este passo com o Rúben,e a
prova que o que estava a fazer era certo foi que os miúdos não demonstraram
estar “contra”, e até a Carolina pareceu ficar entusiasmada.
(Rúben)
A Rita disse-me
que iria almoçar com os pais,e como ontem tínhamos decidido que eu iria lá para
casa hoje tive de ir buscar mais umas coisas a minha casa.Como ia manter o meu
apartamento,ia levar só a minha roupa e mais algumas coisas.
Depois do almoço
fui ao meu quarto, ia tirando a minha roupa do roupeiro e colocava dentro de
umas mochilas.
Ao encher as
malas com as roupas ia colocando-as perto da porta,numa das vezes que lá fui
por uma das malas ouvi tocarem à campainha.Abri a porta e vi que a minha mãe me
vinha fazer uma visita.
Anabela-Para que
é estas malas filho?-falou depois de me cumprimentar.
Olhei para as
malas e só de pensar que teria de contar à minha mãe as “noticias” fiquei quase
sem palavras….
Irá o Rúben
contar à sua mãe que se irá mudar para a casa da Rita?
E se sim,como irá
ela reagir?
Uiiii agora é que a porca torce o rabo lol que é como quem diz problemas à vista... quero muito ler a reação da mãe do Ruben :P
ResponderExcluirMais!!!!
Bjs
Olá!
ResponderExcluirBem, as vezes da a impressao que a Rita ainda é a menina do papá! E o que dá mesmo a impressao e que para o pai da Rita perfeito era o George voltar, casar-se com a Rita e formarem a familia perfeita. Mas pronto talvez seja eu que estou a ver coisas onde nao existem!
Mas esta ultima parte deixou-me curiosa... Sera que o Ruben vai enfrentar a mamã? Hum espero para ver ;)
Beso
Ana Santos