quinta-feira, 18 de julho de 2013

Capitulo 39- "Desculpe mas continuo a achar que eles deveriam ter um pai presente…"





(Rita)

A visita surpresa da mãe do Rúben não tinha sido lá muito bem vista por mim…e por uma razão apenas…a senhora não gostava de mim logo por mais que fizesse, ela  não me ia ver com bons olhos por isto, apenas serviu para vir cá ver cada detalhe da minha casa.

Para me deixar ainda “melhor” aparece com aquela proposta de ir com os meus filhos ao jogo de futebol. 

Ela sabia que já lhes tinha dito que não iriamos ao jogo, mas mesmo assim apareceu no meu quarto, já depois de ter falado com os miúdos, para irem todos ao jogo. Como é obvio eu tentava me controlar para não “explodir” ali ,nem à frente dele, nem dos meus filhos…e por isto pedi que saíssem.

Rita-Rúben a tua mãe não vai com os meus filhos a lado nenhum.

Rúben-Rita..

Rita-Rita nada!-tentava controlar o meu tom de voz, porque conhecendo a mãezinha do Rúben como conhecia era bem capaz de agora estar à espera de ouvir aquilo que tanto queria.-Eu já tinha dito que não íamos a jogo nenhum, porque ela veio com esta ideia?!

Rúben-Porque viu que os miúdos queriam ir ao jogo.

Rita-Pois, pois .O que eu sei é que eles não vão!

Rúben-Até parece que a minha mãe não sabe tomar conta de crianças ,ela educou-me a mim e ao meu irmão.

Rita-Exatamente , ela tratou dos seus filhos, eu trato dos meus! E se não quero, tem é de respeitar.

Rúben-Os miúdos já estavam todos entusiasmados por irem.-olhei-o.-Vais  agora dizer que não…e a minha mãe.

Rita-Por favor Rúben!-lembrei-me que não estávamos sozinhos e voltei a baixar o tom. -A tua mãe só está a fazer isto porque lhe dá jeito ,e eu  já te disse que não quero que eles vão com ela ao jogo!Mas deixa estar…arrumo só esta tua roupa e vamos.- continuei a arrumar a roupa.

Rúben-Também vais?

Rita-Sim vou ,era o que faltava ir a tua mãe com os meus filhos ao teu jogo.

Ele não me falou mais nada ,apenas me ajudou a arrumar a roupa que tinha trazido. Quando o saco já estava vazio, dei meia volta e fui me vestir.

Não é que não tivesse paciência para ir a um jogo do Rúben, mas ir com a mãe do Rúben era simplesmente terrivel! Vesti-me sem qualquer vontade de o fazer e quando sai da casa de banho tinha o Rúben sentado na minha cama.

[foto 1]

Rúben-Vesti os miúdos, acho que estão prontos…-reparei que ele queria ajudar, e a verdade era que tinha de colocar os “pés no chão” e ver que ele não o fazia de propósito. Afinal era a mãe dele que insistia a não gostar de mim.- Quando estiveres. -ia sair do quarto mas puxei-o pelo o braço fazendo virar, ficando de frente para mim.
Rita-Desculpa, mas a tua mãe tira me do sério.
Rúben-Rita eu bem que tento mas ela pôs aquela ideia na cabeça….mas vais ver que com o tempo ela muda. -coloquei os meus braços em volta do seu pescoço.
Rita-Espero que sim, mas ela quando começa com as suas coisas fico sem saber que lhe dizer..
Rúben-Não respondas da forma como ela quer ,e aí ela nota que és diferente .-aproximou os nossos lábios.
Rita-Vou tentar.- tocou com os seus lábios nos meus.
Anabela-Rúben ,temos de ir filho!-abri a porta, sem sequer bater e encontrou-me a mim e ao Rúben aos beijos ,e foi bem visível que não era algo que quisesse ver.- Afinal vens connosco Rita?
Rita-Sim vou. -controlei a minha vontade de a mandar dar uma volta, e respondi-lhe da forma mais educada possível.
Anabela-Então neste caso, deixem-se disto e vamos.
A senhora Anabela fez questão de esperar perto da porta que eu e o Rúben saíssemos para fazer o mesmo.
Simão

Carolina
Os miúdos nem notava nesta “tensão” que pairava no ar e queriam era ir até à Luz. O pior desta noite seria estar sozinha com a mãe do Rúben ,e quando isto aconteceu o mais esperado tornou-se a realidade…silencio total.

Apenas os miúdos, que sentados ao meu lado, iam falando sobre aquele ou outro jogador.O jogo decorria na sua normalidade ,e nós continuávamos da mesma forma .O que até nos ia entretendo, mas ao chegar ao intervalo estávamos com o mesmo “problema”.

Anabela-Então Rita. -ouvia dizer o meu nome. E até tive medo do que vinha dali.- Vive naquela casa há muito tempo?

Rita-Sim desde que eles nasceram .-apontei para a Carolina e para o Simão que comiam ,o lanche que eu tinha trazido.

Anabela-Ai sim?!Pensei que tinha ido para lá recentemente..-falou tão baixinho, como para si própria mas como é claro teve atenção de o fazer num tom para o ouvir. -Os seus pais vivem perto da sua casa?

Rita-Sim,não fica muito longe.

Anabela-Tem irmãos?

Rita-Não ,sou filha única, mas tenho uma amiga, a Sónia que é como minha irmã..aliás é ela que fica com os miúdos enquanto estou a trabalhar.

Anabela-Porque não os coloca num infantário?

Rita-Irei o fazer, mas no fim de este ano escolar.

Anabela-Estar com outras crianças não lhes iria fazer mal nenhum.- se havia coisa que eu não suportava ,era que me “ensinassem” como educar os meus filhos, podia não ser uma mãe perfeita mas preferia aprender com os meu erros do que ter outra pessoa, seja lá quem ela fosse, a dizer o que acham ser melhor para os meus filhos. Respirei fundo e lá ouvi o que a senhora tinha para dizer….-Assim vão aprender várias coisas ,é fundamental para eles, acho que deveria os colocar num infantário.

Rita-Não querendo ser mal educada Anabela, irei o fazer quando achar que o deva fazer. E como já tomei a minha decisão. -sorri-lhe.

Anabela-Você é que sabe. -olhou para a frente, mas segundos depois voltou a olhar-me  e vi que tinha em mente outro tema de conversa. -Sei que não a conheço assim tão bem Rita,e não leve a mal fazer tal pergunta, mas com todo o respeito onde está o pai da Carolina e do Simão?-eu não queria acreditar que ela tinha feito tal pergunta…quer dizer primeiro aquilo do infantário e agora esta…eu olhei para a frente ,e relembrei o  que falei com o Rúben no quarto ,olhei para o relvado por breves segundos e ao vê-lo respirei fundo e voltei a olhar para a Anabela.

Rita-Com todo o respeito Anabela, este não é um assunto que goste de falar. Os meus filhos sabem onde está o seu pai e isto para mim é o que interessa. Mas como não tenho qualquer vergonha da escolha que fiz ,posso lhe dizer que o pai deles nunca foi meu companheiro, escolhi ter os meus filhos através de inseminação artificial. -ela ficou de “boquiaberta” mas mesmo assim continuei. -Eles sabem ,e tem contacto com o pai, tal como eu .E posso ainda dizer que apesar de não estar presente o pai deles sabe muito bem onde os encontrar e sempre que necessário está com eles.

Anabela-Isto de forma alguma vai ser algo positivo para os miúdos.

Rita-Aí é que se engana ,os meus filhos são pequenos é verdade ,mas sempre souberam que o pai não iria estar presente vinte e quatro horas por dia, mas isto nunca os fez menos ou mais felizes, tal como muitas outras crianças que passam pelo o mesmo.

Anabela-Desculpe mas continuo a achar que eles deveriam ter um pai presente…

Rita-É a sua opinião, eu tenho a minha e é com ela que educo os meus filhos.

O jogo começou e como o Simão e a Carolina tinham estado até agora a comer deixei aquela conversa, na minha opinião parva ,com a mãe do Rúben e fui tratar de os arranjar. A Carolina saltou para o meu colo, enquanto o Simão apenas se encostou a mim.

(Rúben)

A minha cabeça tinha estado todo o tempo no jogo, mas sempre que olhava para os camarotes e via a minha mãe a menos de meia metro da Rita ,dava tudo por ser uma mosca e saber o que aquelas duas falavam.

A tarde não tinha sido nada agradável, já que a minha mãe não queria facilitar a coisa entre ela e a Rita, e a 
Rita que não gostava lá muito daquilo que a minha mãe dizia sem pensar duas vezes.

Cheguei perto delas e depois de cumprimentar a Rita ela logo me pediu para ir embora.

Rúben-Já?

Rita-Sim, Rúben. Os miúdos já estão cheios de sono e estou cansada.

O seu tom de voz mostrava que ali se tinha passado alguma coisa, e quando finalmente reparei no olhar que a minha mãe tinha confirmei as minhas suspeitas…Despedi-me da minha mãe, com ela a pedir que amanha fosse a ver, pois precisava de falar comigo. Disse-lhe que o faria no dia seguinte e fui ter com a Rita que parecia querer chegar a casa o mais rápido possível.

Rúben-Rita passou-se alguma coisa?-perguntei quando já estávamos os dois na cama, e com os miúdos deitados.

Rita- Passou-se…e como é obvio foi com a tua querida mãezinha.

Rúben-O que foi desta vez?


Rita-Quis saber mais do que devia, foi o que foi.

Rúben-Ah?

Rita-É isto mesmo. Primeiro pôs se a dizer que devia por os miúdos num infantário,que era o melhor para eles, conviver com outras criança..como me fosse ensinar como educar os meus filhos, e depois veio me perguntar onde estava o pai da Carolina e do Simão.

Rúben-O quê?-não queria acreditar que a minha mãe tinha perguntado tal coisa ,mas dado a curiosidade que ela tem quanto à Rita era de esperar.

Rita-Foi isto mesmo que ouviste, perguntou-me onde estava o pai dos miúdos.

Rúben-E o que respondeste ?

Rita-A verdade. Que eles estão com  o pai quando é preciso apenas, e como é obvio que recorri a inseminação artificial.

Rúben-E ela?

Rita-Ela disse que um pai presente faz a diferença na vida de um filho,e mais não sei o quê..mas também depois não falou mais nada.

Rúben-Ela calou-se?-conhecia a minha mãe e depois daquilo que a Rita lhe tinha dito achava que ela não comentar mais o assunto por livre vontade era quase impossível.

Rita-Ok, pronto eu disse-lhe algo que fez com que ela não falasse mais nada….

Rúben-Então foi por isto…-lembrei-me de quando ela disse para ir ter com ela,pois precisávamos de falar.

Rita-Isto o quê?

Rúben-Não é nada.

Rita-Rúben diz.

Rúben-É só que,a minha mãe pediu para falar com ela com urgência.Mas deve estar a exagerar.

Rita-Deve ir a querer te contar tudo,mas como é obvio à maneira dela!-encostei os meus lábios aos seus,ela ficou um pouco sem saber o porquê do que tinha feito, mas sinceramente já estava um pouco farta desta coisa toda entre a minha mãe e a Rita e esta era a melhor forma de a calar.


XXX

Ontem tinha feito a Rita não poder aproveitar a sua folga, e isto tinha me deixado a sentir um pouco culpado e por isto hoje ia tentar ajudar-lhe a tornar o dia de hoje melhor.

Disse –lhe, depois do pequeno almoço que poderia ir descansada até ao Caixa, que eu deixaria os miúdos em casa da Sónia. Ela achou estranha a minha sugestão, mas depois de insistir um pouco, e de usar “estou de folga” como desculpa lá me safei.

Simão
Carolina

Rita



Ela saiu,e como já tinha arrumado, tudo peguei nas mochilas dos miúdos e saímos.

Para dar inicio a este meu dia,fui tratar do primeiro “mimo”. Eles vieram comigo a uma florista, e como é obvio puseram-se logo com perguntas.

Carolina-O que estamos aqui a fazer?

Rúben-Vim comprar umas coisas para a vossa mãe.

Simão-Mas a mãe não faz anos hoje..

Rúben-Eu sei,mas quero lhe comprar flores.

Carolina-Vais comprar só para ela?-vi que ela olhava para as flores,com os olhinhos daquele que quase suplicam.

Rúben-Achas que deva comprar para mais alguém?

Carolina-Quem vai comprar é tu.-ela não queria parecer muito interessada,mas mesmo depois de eu já ter escolhido as flores ela ainda olhava para aquelas rosa,enquanto o puto levava as flores que tinha escolhido para a sua mãe.

Rúben-Acho que vou levar mais uma.-peguei numa rosa que estava dentro de um recipiente,que tinha sido até agora admirado pela Carolina.Era umas rosas já bastante abertas com um rosa mais “leve”.

Carolina-Para quem?-perguntou logo.

Rúben-Para quem é que achas que é?-abaixei-me perto dela com a rosa na mão,para onde ela olhava.

Carolina-Não sei…

Rúben-Se eu te dizer que é para uma princesa sabes quem é?

Carolina-Há muitas princesas…-gargalhei ao notar que ela não entendeu que me estava a referir a ela,pois pensou que me referia às princesas dos seus contos.

Rúben-Eu estou a falar da princesa que está agora a falar comigo.-ela olhou-me toda envergonhada,como se quisesse ficar já com a rosa mas tivesse vergonha de a pegar.-Queres?


Carolina-Sim.-sorriu e pegou na rosa.

rosas escolhidas pela Carolina.
Fui ao balcão pagar as flores,e depois já com os putos comigo fui até ao carro.Ela todo o caminho não deixou o seu peluche da princesa,e a rosa na outra mão.

Despedi-me deles em casa da Sónia,e depois segui para o Caixa…hoje não era de esperar que lá aparecesse mas queria surpreender a Rita logo teria de lá ir.

Como vai a Rita reagir à surpresa do Rúben?

E o que fará ele mais neste dia “especial”?

4 comentários:

  1. Cheguei! Atualizei-me finalmente xD
    Cruzes, esta D. Anabela é so amor e simpatia! xD Tenho pena da Rita. Oh neste capitulo adorei a parte em que o Ruben deu a rosa à Carolina. Ficou tao mas tao fofo *-*
    Quero o proximo!!!

    Beso
    Ana Santos

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  2. Olá
    Adorei o capitulo, a mãe do Ruben bem que podia dar uma "folga" á Rita, é que a mulher é mesmo chata!!
    Adorei também a parte em que o Ruben dá a rosa á princesinha, foi mutio fofo +.+
    Quero mais :)

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  3. Fantástico quero mais.bjs

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  4. Shiii a isto se chama uma sogra do diabo... estou solidária com a Rita sei bem o que é aturar uma sogra destas loool

    Agora quero mais... irá o Ruben conseguir agradar à Rita loool
    E a conversa que a Anabela quer ter com o filho como irá correr...
    Beijocas

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