(Rita)
A visita surpresa
da mãe do Rúben não tinha sido lá muito bem vista por mim…e por uma razão
apenas…a senhora não gostava de mim logo por mais que fizesse, ela não me ia ver com bons olhos por isto, apenas
serviu para vir cá ver cada detalhe da minha casa.
Para me deixar
ainda “melhor” aparece com aquela proposta de ir com os meus filhos ao jogo de
futebol.
Ela sabia que já lhes tinha dito que não iriamos ao jogo, mas mesmo
assim apareceu no meu quarto, já depois de ter falado com os miúdos, para irem
todos ao jogo. Como é obvio eu tentava me controlar para não “explodir” ali
,nem à frente dele, nem dos meus filhos…e por isto pedi que saíssem.
Rita-Rúben a tua
mãe não vai com os meus filhos a lado nenhum.
Rúben-Rita..
Rita-Rita
nada!-tentava controlar o meu tom de voz, porque conhecendo a mãezinha do Rúben
como conhecia era bem capaz de agora estar à espera de ouvir aquilo que tanto
queria.-Eu já tinha dito que não íamos a jogo nenhum, porque ela veio com esta
ideia?!
Rúben-Porque viu
que os miúdos queriam ir ao jogo.
Rita-Pois, pois
.O que eu sei é que eles não vão!
Rúben-Até parece
que a minha mãe não sabe tomar conta de crianças ,ela educou-me a mim e ao meu
irmão.
Rita-Exatamente ,
ela tratou dos seus filhos, eu trato dos meus! E se não quero, tem é de respeitar.
Rúben-Os miúdos
já estavam todos entusiasmados por irem.-olhei-o.-Vais agora dizer que não…e a minha mãe.
Rita-Por favor
Rúben!-lembrei-me que não estávamos sozinhos e voltei a baixar o tom. -A tua
mãe só está a fazer isto porque lhe dá jeito ,e eu já te disse que não quero que eles vão com
ela ao jogo!Mas deixa estar…arrumo só esta tua roupa e vamos.- continuei a
arrumar a roupa.
Rúben-Também
vais?
Rita-Sim vou ,era
o que faltava ir a tua mãe com os meus filhos ao teu jogo.
Ele não me falou
mais nada ,apenas me ajudou a arrumar a roupa que tinha trazido. Quando o saco
já estava vazio, dei meia volta e fui me vestir.
Não é que não
tivesse paciência para ir a um jogo do Rúben, mas ir com a mãe do Rúben era
simplesmente terrivel! Vesti-me sem qualquer vontade de o fazer e quando sai da
casa de banho tinha o Rúben sentado na minha cama.
Simão |
Carolina |
Os miúdos nem
notava nesta “tensão” que pairava no ar e queriam era ir até à Luz. O pior
desta noite seria estar sozinha com a mãe do Rúben ,e quando isto aconteceu o
mais esperado tornou-se a realidade…silencio total.
Apenas os miúdos,
que sentados ao meu lado, iam falando sobre aquele ou outro jogador.O jogo
decorria na sua normalidade ,e nós continuávamos da mesma forma .O que até nos
ia entretendo, mas ao chegar ao intervalo estávamos com o mesmo “problema”.
Anabela-Então
Rita. -ouvia dizer o meu nome. E até tive medo do que vinha dali.- Vive naquela
casa há muito tempo?
Rita-Sim desde
que eles nasceram .-apontei para a Carolina e para o Simão que comiam ,o lanche
que eu tinha trazido.
Anabela-Ai
sim?!Pensei que tinha ido para lá recentemente..-falou tão baixinho, como para
si própria mas como é claro teve atenção de o fazer num tom para o ouvir. -Os
seus pais vivem perto da sua casa?
Rita-Sim,não fica
muito longe.
Anabela-Tem
irmãos?
Rita-Não ,sou
filha única, mas tenho uma amiga, a Sónia que é como minha irmã..aliás é ela
que fica com os miúdos enquanto estou a trabalhar.
Anabela-Porque
não os coloca num infantário?
Rita-Irei o
fazer, mas no fim de este ano escolar.
Anabela-Estar com
outras crianças não lhes iria fazer mal nenhum.- se havia coisa que eu não
suportava ,era que me “ensinassem” como educar os meus filhos, podia não ser
uma mãe perfeita mas preferia aprender com os meu erros do que ter outra
pessoa, seja lá quem ela fosse, a dizer o que acham ser melhor para os meus
filhos. Respirei fundo e lá ouvi o que a senhora tinha para dizer….-Assim vão
aprender várias coisas ,é fundamental para eles, acho que deveria os colocar
num infantário.
Rita-Não querendo
ser mal educada Anabela, irei o fazer quando achar que o deva fazer. E como já
tomei a minha decisão. -sorri-lhe.
Anabela-Você é
que sabe. -olhou para a frente, mas segundos depois voltou a olhar-me e vi que tinha em mente outro tema de conversa.
-Sei que não a conheço assim tão bem Rita,e não leve a mal fazer tal pergunta,
mas com todo o respeito onde está o pai da Carolina e do Simão?-eu não queria
acreditar que ela tinha feito tal pergunta…quer dizer primeiro aquilo do
infantário e agora esta…eu olhei para a frente ,e relembrei o que falei com o Rúben no quarto ,olhei para o
relvado por breves segundos e ao vê-lo respirei fundo e voltei a olhar para a
Anabela.
Rita-Com todo o
respeito Anabela, este não é um assunto que goste de falar. Os meus filhos
sabem onde está o seu pai e isto para mim é o que interessa. Mas como não tenho
qualquer vergonha da escolha que fiz ,posso lhe dizer que o pai deles nunca foi
meu companheiro, escolhi ter os meus filhos através de inseminação artificial.
-ela ficou de “boquiaberta” mas mesmo assim continuei. -Eles sabem ,e tem
contacto com o pai, tal como eu .E posso ainda dizer que apesar de não estar
presente o pai deles sabe muito bem onde os encontrar e sempre que necessário
está com eles.
Anabela-Isto de forma
alguma vai ser algo positivo para os miúdos.
Rita-Aí é que se
engana ,os meus filhos são pequenos é verdade ,mas sempre souberam que o pai
não iria estar presente vinte e quatro horas por dia, mas isto nunca os fez
menos ou mais felizes, tal como muitas outras crianças que passam pelo o mesmo.
Anabela-Desculpe
mas continuo a achar que eles deveriam ter um pai presente…
Rita-É a sua
opinião, eu tenho a minha e é com ela que educo os meus filhos.
O jogo começou e
como o Simão e a Carolina tinham estado até agora a comer deixei aquela
conversa, na minha opinião parva ,com a mãe do Rúben e fui tratar de os
arranjar. A Carolina saltou para o meu colo, enquanto o Simão apenas se
encostou a mim.
(Rúben)
A minha cabeça
tinha estado todo o tempo no jogo, mas sempre que olhava para os camarotes e
via a minha mãe a menos de meia metro da Rita ,dava tudo por ser uma mosca e
saber o que aquelas duas falavam.
A tarde não tinha
sido nada agradável, já que a minha mãe não queria facilitar a coisa entre ela
e a Rita, e a
Rita que não gostava lá muito daquilo que a minha mãe dizia sem
pensar duas vezes.
Cheguei perto
delas e depois de cumprimentar a Rita ela logo me pediu para ir embora.
Rúben-Já?
Rita-Sim, Rúben.
Os miúdos já estão cheios de sono e estou cansada.
O seu tom de voz
mostrava que ali se tinha passado alguma coisa, e quando finalmente reparei no
olhar que a minha mãe tinha confirmei as minhas suspeitas…Despedi-me da minha
mãe, com ela a pedir que amanha fosse a ver, pois precisava de falar comigo.
Disse-lhe que o faria no dia seguinte e fui ter com a Rita que parecia querer
chegar a casa o mais rápido possível.
Rúben-Rita
passou-se alguma coisa?-perguntei quando já estávamos os dois na cama, e com os
miúdos deitados.
Rita- Passou-se…e
como é obvio foi com a tua querida mãezinha.
Rúben-O que foi
desta vez?
Rita-Quis saber
mais do que devia, foi o que foi.
Rúben-Ah?
Rita-É isto
mesmo. Primeiro pôs se a dizer que devia por os miúdos num infantário,que era o
melhor para eles, conviver com outras criança..como me fosse ensinar como
educar os meus filhos, e depois veio me perguntar onde estava o pai da Carolina
e do Simão.
Rúben-O quê?-não
queria acreditar que a minha mãe tinha perguntado tal coisa ,mas dado a
curiosidade que ela tem quanto à Rita era de esperar.
Rita-Foi isto
mesmo que ouviste, perguntou-me onde estava o pai dos miúdos.
Rúben-E o que
respondeste ?
Rita-A verdade.
Que eles estão com o pai quando é
preciso apenas, e como é obvio que recorri a inseminação artificial.
Rúben-E ela?
Rita-Ela disse
que um pai presente faz a diferença na vida de um filho,e mais não sei o
quê..mas também depois não falou mais nada.
Rúben-Ela
calou-se?-conhecia a minha mãe e depois daquilo que a Rita lhe tinha dito
achava que ela não comentar mais o assunto por livre vontade era quase
impossível.
Rita-Ok, pronto
eu disse-lhe algo que fez com que ela não falasse mais nada….
Rúben-Então foi
por isto…-lembrei-me de quando ela disse para ir ter com ela,pois precisávamos
de falar.
Rita-Isto o quê?
Rúben-Não é nada.
Rita-Rúben diz.
Rúben-É só que,a
minha mãe pediu para falar com ela com urgência.Mas deve estar a exagerar.
Rita-Deve ir a
querer te contar tudo,mas como é obvio à maneira dela!-encostei os meus lábios
aos seus,ela ficou um pouco sem saber o porquê do que tinha feito, mas
sinceramente já estava um pouco farta desta coisa toda entre a minha mãe e a
Rita e esta era a melhor forma de a calar.
XXX
Ontem tinha feito
a Rita não poder aproveitar a sua folga, e isto tinha me deixado a sentir um
pouco culpado e por isto hoje ia tentar ajudar-lhe a tornar o dia de hoje
melhor.
Disse –lhe,
depois do pequeno almoço que poderia ir descansada até ao Caixa, que eu
deixaria os miúdos em casa da Sónia. Ela achou estranha a minha sugestão, mas
depois de insistir um pouco, e de usar “estou de folga” como desculpa lá me
safei.
Simão |
Carolina |
Rita |
Ela saiu,e como
já tinha arrumado, tudo peguei nas mochilas dos miúdos e saímos.
Para dar inicio a
este meu dia,fui tratar do primeiro “mimo”. Eles vieram comigo a uma florista,
e como é obvio puseram-se logo com perguntas.
Carolina-O que
estamos aqui a fazer?
Rúben-Vim comprar
umas coisas para a vossa mãe.
Simão-Mas a mãe
não faz anos hoje..
Rúben-Eu sei,mas
quero lhe comprar flores.
Carolina-Vais
comprar só para ela?-vi que ela olhava para as flores,com os olhinhos daquele
que quase suplicam.
Rúben-Achas que
deva comprar para mais alguém?
Carolina-Quem vai
comprar é tu.-ela não queria parecer muito interessada,mas mesmo depois de eu
já ter escolhido as flores ela ainda olhava para aquelas rosa,enquanto o puto
levava as flores que tinha escolhido para a sua mãe.
Rúben-Acho que
vou levar mais uma.-peguei numa rosa que estava dentro de um recipiente,que
tinha sido até agora admirado pela Carolina.Era umas rosas já bastante abertas
com um rosa mais “leve”.
Carolina-Para
quem?-perguntou logo.
Rúben-Para quem é
que achas que é?-abaixei-me perto dela com a rosa na mão,para onde ela olhava.
Carolina-Não sei…
Rúben-Se eu te
dizer que é para uma princesa sabes quem é?
Carolina-Há
muitas princesas…-gargalhei ao notar que ela não entendeu que me estava a
referir a ela,pois pensou que me referia às princesas dos seus contos.
Rúben-Eu estou a
falar da princesa que está agora a falar comigo.-ela olhou-me toda
envergonhada,como se quisesse ficar já com a rosa mas tivesse vergonha de a
pegar.-Queres?
Carolina-Sim.-sorriu
e pegou na rosa.
rosas escolhidas pela Carolina. |
Fui ao balcão
pagar as flores,e depois já com os putos comigo fui até ao carro.Ela todo o
caminho não deixou o seu peluche da princesa,e a rosa na outra mão.
Despedi-me deles
em casa da Sónia,e depois segui para o Caixa…hoje não era de esperar que lá
aparecesse mas queria surpreender a Rita logo teria de lá ir.
Como vai a Rita
reagir à surpresa do Rúben?
E o que fará ele
mais neste dia “especial”?
Cheguei! Atualizei-me finalmente xD
ResponderExcluirCruzes, esta D. Anabela é so amor e simpatia! xD Tenho pena da Rita. Oh neste capitulo adorei a parte em que o Ruben deu a rosa à Carolina. Ficou tao mas tao fofo *-*
Quero o proximo!!!
Beso
Ana Santos
Olá
ResponderExcluirAdorei o capitulo, a mãe do Ruben bem que podia dar uma "folga" á Rita, é que a mulher é mesmo chata!!
Adorei também a parte em que o Ruben dá a rosa á princesinha, foi mutio fofo +.+
Quero mais :)
Fantástico quero mais.bjs
ResponderExcluirShiii a isto se chama uma sogra do diabo... estou solidária com a Rita sei bem o que é aturar uma sogra destas loool
ResponderExcluirAgora quero mais... irá o Ruben conseguir agradar à Rita loool
E a conversa que a Anabela quer ter com o filho como irá correr...
Beijocas