(Rita)
Rita-Porque
é contigo que quero estar,és tu quem eu amo.E o George,tal como sabes muito
bem,é só um amigo.Tu sempre soubeste que a minha relação com o George era
desta maneira..Ele de vez em quando vem cá visitar os miúdos,mas isto não
significa que só porque ele aceitou passar pelo o processo de ter filhos por
inseminação artificial comigo que eu tenha ser sua namorada ou mulher.Sou sua amiga e pronto,mais nada.Ele sabe disto ,todos os nossos
familiares e amigos sabem ,e tu tens finalmente de entender que eu não
quero nada com ele.Nada mesmo.
Rúben-Ele
pelo os vistos quando cá vem não sai de cá de casa.
Rita-Ele
quer estar com os miúdos.-interrompi-o.-Lá por estar por estar longos meses fora
não quer dizer que quando venha cá a Portugal não queira estar com eles.Sei que
podes pensar que ele é um pai sem qualquer responsabilidades e nem se importa
com os miúdo,por estar tanto tempo fora,mas quando cá está compensa estes tempo
fora,e não o estou a desculpar.Só que aqui não estou a pensar em mim,mas sim
nos miúdos. Vejo que eles quando estão com ele, estão bem,e que já estão
habituados a o George esteja a maior parte do tempo fora.Principalmente agora
que te temos a ti.Se antes eles sentiam falta de uma figura paternal nos
aniversários,Natal ou até mesmo quando iam ao parque e viam outros pais com os
seus filhos, agora já não.E isto é porque te temos a ti.Somos uma família
amor.-como notei que ele já estava mais calmo,aproximei-me.Sai da cama e
coloquei de pé em sua frente.
Rúben-Achas
mesmo que os miúdos acham o mesmo?
Rita-Claro,nem
precisas de perguntar tal coisa.
Rúben-Pois,mas
é ao George que eles de pai.
Rita-Rúben
tu próprio sabes que eles podem usar esta palavra,mas já te mostraram que te
consideram o pai deles.-viu o baixar o
olhar.-Mas agora vamos é descansar ,que estou cansada e tu também vais de manha
ao ginásio.
Não queria
que ele achasse que lá pelo os miúdos não lhe chamarem de pai que eles não o
vissem desta forma.Só que nem davam conta que para o Rúben esta palavra tinha
um grande impacto.Sabia que tinha feito muito para se juntar à nossa
família,com a “aprovação” de todos,especialmente da Carolina que foi a mais
difícil a conseguir.Mas se havia coisa que tinha a certeza era que lá por não o
chamarem de pai,que não lhe davam este papel.
XXX
(Rúben)
Ontem tinha voltado para casa mais cedo,porque mesmo não estando sozinho aquelas palavras que tinham sido ditas antes de eu sair de casa não me saiam da cabeça.Ao voltar dei de caras com o fotografozinho que pôs-se logo a andar,já que também andava ali à bastante tempo.
A Rita queria terminar a nossa conversa.Sabia que não era mentira o que ela tinha dito no que diz respeito aos miúdos me verem como seu pai.Mas é óbvio não adorava ouvir eles a chamarem esta palavra a outro homem,mesmo sendo este o pai biológico deles.
Levantei-me
e disse à Rita que ia tratar do pequeno almoço,enquanto ela tomava banho.Sai do
quarto e ouvi também a porta do quarto do Simão a abrir,olhei para o lado e vi
o puto parado a olhar-me.
Rúben-Boa
dia puto,queres vir me ajudar a preparar o pequeno almoço?-ele acenou com a
cabeça,sorriu e veio na minha direcção.
Perguntei-lhe
o que queria comer,e ele disse que queria uma sandes e um copo de leite.
Rúben-Toma.-coloquei o que me tinha pedido na sua frente.E virei-me para ir fazer mais tostas.
Simão-Rúben vais embora?
Rúben-O quê?-virei-me e voltei a olhar para o Simão.
Simão-Vais
embora?-depois de ele falar,aproximei-me e sentei-me ao seu lado.
Rúben-Porque achas que vou embora?
Simão-Tu ontem não jantaste com agente,e quando fui para a cama não tavas aqui em casa…e a mãe tava triste,vocês brigaram?
Rúben-Não puto.-levantei-me,fiquei de joelhos perto dele.-Eu e a tua mãe falamos só,e eu não vou sair
aqui de casa.
Simão-Não vais mesmo,pois não?
Rúben-Não,não.-terminei
de falar e ele sorriu,colocando também os seus braços em volta do meu pescoço.
Simão-Eu e a Carolina não queremos que vás embora…-olhei-o.
Rúben-Ai não?-sorri ao ver a sua preocupação.
Simão-Não,não queremos ficar sem o nosso pai.-pegou na sandes e deu uma dentada.
Rúben-O que
disseste puto?
Simão-Não
queremos ficar só com a mãe,queremos que tu também fiques mais agente.
Carolina-Também quero comer.-olhei para o lado e vi que a Carolina também já tinha acordado.
Rúben-Vou já preparar o teu pequeno almoço.-peguei nela ao colo e sentei-a noutra cadeira.
Ouvir aquilo da boca do Simão tinha sido sem dúvida a melhor maneira de começar este dia.Preparei o resto do pequeno almoço ,sentei-me para também comer.A Rita chegou e disse que não estava com muita fome .
Rita-Eu vou
lá.-achei estranho termos visitas logo pela manha,e quando vi quem era achei
ainda mais estranho.
Alberto-Bom dia.
Os miúdos foram cumprimentar o avô e depois acabaram de tomar o pequeno almoço.
Rita-O pai
quer tomar o pequeno almoço connosco?
Alberto-Não,já comi em casa.Vim aqui porque a tua mãe me pediu.
Rita-Porquê?
Alberto-O
George já chegou certo?
Rita-Sim,chegou ontem.
Alberto-Então diz lhe que hoje à noite vai jantar lá em casa.
Rúben-Em sua casa?-não pude deixar de falar,talvez por estar surpreendido.
Alberto-Sim,a minha mulher costuma fazer sempre um jantar lá em casa quando o George vem cá a Portugal.
Rita-E eu vou lhe dizer.Fique descansado.
Alberto-Está bem,então sete horas lá em casa,e nada de atrasos.
O pai da Rita veio mesmo cá a casa só para passar a mensagem da mãe da Rita e logo foi embora.
Rúben-Até parece que é a rainha de Inglaterra que chegou.-falei quando a Rita voltou à cozinha depois de levar o pai até à porta.
Rita-Rúben!-olhou em direcção dos miúdos.
Rúben-Já cá
não está quem falou.
Carolina-Tu gostas do nosso pai, Rúben?-olhei para a Rita,que me deu aquele olhar do tipo “ eu avisei”.
Rúben-Claro,claro.-fui sarcástico mas com apenas cinco anos de idade os miúdos não dizerem mais nada.
A Rita estava de férias o que deveria ser sinonimo de nós os quatro aproveitarmos o Verão mas como o senhor modelinho apareceu e a Rita lhe convidou para lanchar ficamos por casa.
(Rita)
Agora já com dias de Verão não era o cenário perfeito ficar por casa,mas o George já não vinha a Lisboa à algum tempo por isto nem eu,nem ele achávamos que devia sair com os miúdos sozinho.
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Rita |
Então ficaríamos por casa…o Rúben foi até à piscina,e os miúdos assim que o virão lá nem pensaram duas vezes e pediram logo para irem ter com ele, estreando também os presentes que lhes tínhamos comprado à algumas semanas atrás.
George-Eles dão-se mesmo muito bem com ele.-estava a limpar a mesa da cozinha e o George,olhava pelos vidros para o jardim vendo os miúdos na piscina com o Rúben.
Rita-Sim,é.Também podes ir até lá fora se quiseres.
George-Não deixa estar,fico aqui a fazer-te companhia.
Rita-Está
bem.-sorri-lhe.-Hoje o meu pai passou por cá,quer te convidar para ires lá a
casa jantar hoje connosco.
George-Hoje
em casa dos teus pais?
Rita-Sim,sim.Podes
?
George-Posso,posso.-sorriu.
Rita-Bem,eu
vou arrumar esta esfregona e vou me deitar um pouco que estou com algum
sono,fica à vontade.
George-Eu vou aproveitar e vou visitar um amigo meu que já não o vejo à uns tempos,depois apareço lá em casa dos teus pais.
Rita-Está bem.-despedi-me dele e fui me deitar que estava com imenso sono.
(Rúben)
Não podemos
sair para ir até à praia,mas a piscina foi mais do que suficiente para passar
uma boa tarde de Verão com os miúdos. O modelinho acabou por ir embora ,talvez
por ter falta de atenção, e ficámos apenas nós quatro.
Usei o
chuveiro do jardim e depois fui buscar umas toalhas a casa.Reparei que a Rita
estava a dormir e deixei-a ficar.Ao passar pela sala,reparei que se queríamos
estar os quatro prontos às sete horas em casa do senhor Alberto era melhor
começar a mexer os cordelinhos.
Já secos,foram até ao quarto e ajudei-os a escolher a roupa e a vesti-los.Disse-lhes para irem até à sala e para ficarem quietos até estarmos prontos para sair.Levaram alguns brinquedos e foram fazer o que lhes disse.
Já secos,foram até ao quarto e ajudei-os a escolher a roupa e a vesti-los.Disse-lhes para irem até à sala e para ficarem quietos até estarmos prontos para sair.Levaram alguns brinquedos e foram fazer o que lhes disse.
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Simão |
Rita-Tens
razão.-sentou-se na cama.-Os miúdos?
Rúben-Estão na sala já prontos.
Rita-Está bem,então vamos nos vestir.
Vi que ainda estava com algum sono,mas lá se levantou e se foi vestir..e eu fiz o mesmo,já que não estávamos para chatear o senhor Alberto.
Rúben-É verdade,onde anda o explorador?
Rita-Rúben
podes parar se faz favor com esta coisa de dares apelidos ao George.-gargalhei.
Rúben-É
mais forte do que eu.
Rita-Eu
acho que tens é ciúmes.
Rúben-Eu?Ciumes?!Daquele
exploradorzinho?Por favor Rita,não me rebaixes aquele nível.-ela sorriu.
Rita-Sim,sim.Mas
podes ficar descansado nunca teve ,nem nunca vai ter sorte.
Rúben-Isto
também eu sei,ele tem é de pegar lá nas suas malinhas e por se andar.Mas agora
responde lá ao que te perguntei.
Rita-Ele
disse que ia ver um amigo e depois ia até às casa dos meus pais.
Rúben-Humm
está bem.
Não falei
mais nada sobre o gajo já que se o fizesse a Rita ia logo começar a dizer que
estava para ali a chamar nomes e
não me queria chatear.
Chegámos a
casa dos pais da Rita a horas,e ele também já lá estava.
O jantar foi o que eu esperaria,os pais na Rita com um interrogatório ao explorador sobre os seus últimos locais visitados e nós os quatros de expectadores.
O jantar foi o que eu esperaria,os pais na Rita com um interrogatório ao explorador sobre os seus últimos locais visitados e nós os quatros de expectadores.
No fim do jantar já estava mais do que pronto para ir para nossa casa quando a Rita me diz que o George ia também até lá.
Rúben-Mas
tu convidaste o para ficar lá a dormir?
Rita-Achas?!Não
,ele é que diz que precisa de falar comigo sobre algo sério.
Rúben-Algo sério?
Rita-Sim,não sei o que é,mas vamos andando.
Rúben-Está bem.
Fomos até a casa e a curiosidade para o que o gajo tinha para dizer era grande.Afinal já era tarde e ainda por dizer que era um assunto sério deixou-nos sem saber o que viria dali.
Fui deitar
os miúdos e como o George e a Rita estavam a falar da sala,fiquei no quarto com
a Carolina até porque esta me pediu para tal.
Quando ela adormeceu,sai do quarto.Ouvi a porta a fechar,deveria ser o explorador que tinha saído,segui até à sala e encontrei a Rita no que pareceu ser um leve choro.
Rúben-Amor estás bem?-aproximei-me dela.-O que foi que aquele filho da mãe te fez?-sentei-me ao seu lado e ela limpava as lágrimas.
O que terá dito o George?
Como serão
os próximos tempos?